Glicose e pressão arterial elevadas, além de outros fatores de risco aumentam a probabilidade de desenvolver a doença
A retinopatia diabética é uma das principais complicações do diabetes, afetando diretamente a visão e podendo levar à cegueira se não tratada adequadamente. A condição ocorre quando altos níveis de açúcar no sangue danificam os vasos sanguíneos da retina, o que pode resultar em perda parcial ou total da visão. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 25% das pessoas com diabetes desenvolvem retinopatia diabética em algum momento da vida. A forma mais grave, a retinopatia proliferativa, afeta aproximadamente um em cada 20 diabéticos.
Neste mês marcado pela conscientização ao Dia Mundial do Diabetes, Simone Vieira dos Santos, oftalmologista da Eye Clinic, centro oftalmológico de referência em São Paulo, alerta para a prevenção e o tratamento precoce para evitar o agravamento da doença. “A detecção inicial contribui para evitar complicações graves. Para isso, os exames regulares, o controle do diabetes e o acompanhamento contínuo são imprescindíveis para minimizar os riscos e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes”, afirma.
O acompanhamento médico regular é uma das principais recomendações para os pacientes diabéticos. Mesmo que não apresentem sintomas visuais, é essencial que realizem consultas periódicas com um oftalmologista. “O grande problema da retinopatia diabética é que, no início, ela pode ser assintomática. Quando os sinais começam a aparecer, muitas vezes a condição já está em estágio avançado”, alerta a especialista.
Em relação aos tratamentos, atualmente, são indicados a fotocoagulação a laser e injeções intraoculares que, de acordo com especialistas, têm mostrado excelentes resultados na estabilização da retinopatia diabética. Em casos mais avançados, há indicações de cirurgias vitrectomia que são realizadas para evitar a perda definitiva da visão.