Nos últimos anos, muito tem se discutido sobre a relação entre a fertilidade e a alimentação. O que ingerimos, pode ter um grande impacto na capacidade reprodutiva tanto das mulheres, como dos homens. Se um casal está tentando engravidar, ou planeja ter filhos no futuro, é importante entender que a dieta pode ser um fator determinante para a realização deste sonho.
Especialmente se observarmos os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estimam que a infertilidade já atinja entre 8 e 12% dos casais em idade fértil, o que representa de 50 a 80 milhões de pessoas. Há diversos fatores que podem adiar uma gravidez. Problemas de saúde, alterações hormonais, alcoolismo, estresse, tabagismo, peso, idade e, inclusive a alimentação inadequada.
“O que você come se relaciona diretamente com a sua fertilidade. Estudos apontam que existem nutrientes e alimentos capazes de potencializar a fecundidade. Mesmo não existindo uma dieta milagrosa, esse cuidado com a alimentação deveria ser mais levado a sério”, explica a Dra. Isa Rocha, médica do IVI Salvador.
Por isso, escolher bem o que colocar no prato, pode contribuir para aumentar a fertilidade. Para ajudar quem quer engravidar, pesquisadores da Harvard Medical School criaram a “dieta da fertilidade”. Ela consiste em uma reeducação alimentar e exercícios com foco em aumentar as chances de concepção. O objetivo é promover um estilo de vida mais saudável. Afinal, bons hábitos devem ser aliados à jornada dos casais que buscam realizar o sonho de ter um filho.
Uma alimentação saudável pode influenciar diretamente no bom funcionamento do organismo. Alguns ingredientes específicos ajudam o sistema reprodutivo. Nesse sentido, o zinco, ômega 3, vitaminas B12 e E, ácido fólico, licopeno e ferro ajudam a preparar o corpo, pois melhoram a produção de hormônios, glóbulos vermelhos, possuem ação antioxidante e ainda equilibram as funções dos óvulos. A ingestão deles contribui, ainda, para a diminuição da fadiga, controle do sono e melhora do humor.
Alimentos que ajudam a engravidar
Uma dieta ideal tem de 3 a 5 porções de frutas (caqui, melancia, tomate, pitanga, morango e goiaba) e hortaliças diariamente. Assim como vegetais verdes escuros e leguminosos, couve, agrião, azeitonas. Os carboidratos devem ser substituídos pelos integrais. Pães, massas e bolos devem ser consumidos na forma integral. Para obter a quantidade de ferro adequada, a dieta recomenda focar em alimentos vegetais (damascos, espinafre, aspargos e coco) ricos no nutriente, assim como muitos feijões e algumas nozes.
Para evitar o aumento de peso, que interfere nas chances de engravidar, prefira alimentos grelhados e evite frituras em excesso. Uma gordura saudável que está liberada é o azeite de oliva. Ele é benéfico para as funções cardiovasculares e reprodutivas. As carnes (opções magras) e os ovos são fontes de proteínas benéficas para a saúde. Vale ressaltar ainda que o consumo frequente de peixes (salmão, atum, sardinhas, anchovas) melhora os níveis de colesterol HDL, consequentemente, pode aumentar as taxas de fertilidade feminina, devido às propriedades nutricionais. A mulher deve consumir grãos inteiros. Gérmen de trigo, linhaça, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas, semente de abóbora, macadâmia), grãos integrais (lentilha, nozes, castanhas e grão de bico), óleos vegetais e grão de soja.
Quanto mais laticínios integrais na dieta de uma mulher, menor a probabilidade de ela ter problemas para engravidar. Portanto, a dieta para engravidar recomenda que toda mulher tentante consuma uma porção de leite integral, sorvete ou iogurte por dia. E fique atenta também às bebidas. Prefira sempre beber água para matar a sede.
Os alimentos que reduzem as chances de engravidar
O consumo de carboidratos refinados, como a farinha branca e o açúcar, usados na fabricação de arroz, pães, massas e bolos, é prejudicial à saúde em geral e à fertilidade. Esse tipo de alimento afeta o metabolismo, contribuindo para o aumento de peso. Para quem quer engravidar, é um verdadeiro vilão. No organismo, eles aumentam a produção dos hormônios insulina e estrogênio, que causam distúrbios na fertilidade e podem gerar problemas na ovulação.
Industrializados e congelados (hambúrguer, batata, pizzas e tortas) são ricos em sódio e possuem baixo índice de vitaminas, antioxidantes e minerais. Também é preciso evitar sal em excesso para que não haja retenção de líquido e toxinas acumuladas. O café não é proibido na dieta, mas deve ser consumido com cautela. Pão, macarrão e bolachas de farinha de trigo, conhecidos como carboidratos refinados, também requerem moderação por conta do fitoesterol – um tipo de hormônio vegetal que pode interferir no estrógeno, hormônio feminino da ovulação.
Sobre o IVI – RMANJ
IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica na Espanha especializada inteiramente em reprodução humana. Desde então, ajudou no nascimento de mais de 250.000 crianças, graças à aplicação das mais recentes tecnologias em Reprodução Assistida. No início de 2017, a IVI fundiu-se com a RMANJ, tornando-se o maior grupo de Reprodução Assistida do mundo. Atualmente são em torno de 80 clínicas em 9 países e 7 centros de pesquisa em todo o mundo, sendo líder em Medicina Reprodutiva. Em 2024, a unidade IVI Salvador completará 14 anos. https://ivi.net.br/http://www.ivirma.com/
—