Especialista reforça que as práticas são uma oportunidade para aumentar a proatividade e inovar a rotina
De acordo com o censo de 2022, o Brasil registrou um total de 22,2 milhões de idosos, destacando a significativa parcela da população que está entrando na fase da maturidade. Diante desse cenário demográfico em constante mudança, surge a necessidade de compreender e abordar questões relacionadas à saúde e ao bem-estar dessa parcela da sociedade.
Dentro desse contexto, a importância das atividades físicas ganha destaque, não apenas como um meio de promover a saúde física, mas também como uma estratégia vital para melhorar a saúde mental e a qualidade de vida dos idosos. Assim, a integração de programas de exercícios adaptados às necessidades individuais torna-se crucial para garantir um envelhecimento saudável e ativo.
Como começar?
“A avaliação individualizada da condição física e de saúde de cada pessoa é fundamental para determinar quais atividades físicas são mais adequadas durante a maturidade”, reforça Jessica Ramalho, Diretora de Operações (COO) e cofundadora da Acuidar, rede de cuidadores especializados. “Considerando as variações de habilidades, limitações e condições médicas, é essencial realizar uma avaliação completa para identificar quais tipos de exercícios proporcionarão os maiores benefícios e garantirão a segurança do indivíduo”, completa.
A fisioterapeuta ressalta que também é importante reconhecer se a pessoa necessita de assistência de um cuidador durante o processo de engajamento em atividades físicas, seja para fornecer apoio emocional, auxiliar na execução dos exercícios ou garantir a segurança durante a prática.
Ao reconhecer a necessidade de um profissional de assistência, o processo de planejamento das atividades físicas se torna mais abrangente e inclusivo. “Os cuidadores desempenham um papel vital ao oferecer suporte emocional e prático, garantindo que as atividades sejam realizadas de forma segura e eficaz. Além disso, eles podem auxiliar na motivação e no estabelecimento de metas realistas, contribuindo para um engajamento mais significativo e duradouro nas atividades físicas”, explica Jessica.
Quais são as práticas mais indicadas?
Existem diversas práticas que são especialmente indicadas para pessoas com mais idade, levando em consideração suas necessidades e limitações. Entre elas, destacam-se exercícios aeróbicos de baixo impacto, como caminhadas, natação e ciclismo, que promovem a saúde cardiovascular e a resistência muscular sem sobrecarregar as articulações. Atividades de fortalecimento muscular, como musculação leve e pilates, também são alternativas viáveis, uma vez que ajudam a manter a massa muscular e a prevenir a perda de densidade óssea, comuns nessa fase da vida.
Junto às práticas tradicionais, atividades que promovem o equilíbrio e a flexibilidade, como yoga e tai chi chuan, são altamente recomendadas para reduzir o risco de quedas e melhorar a coordenação motora. É importante ressaltar que a variedade e a moderação são fundamentais ao escolher as práticas mais indicadas, visando o equilíbrio na rotina.
Existem restrições?
“Apesar das indicações, a busca por um estilo de vida ativo e saudável transcende qualquer barreira etária. Não há uma idade definida para começar a explorar novas atividades físicas ou desafiar os próprios limites”, afirma Ramalho. A Diretora esclarece que o importante é adotar uma abordagem consciente, praticando com moderação e sob a orientação adequada. Nesse sentido, é fundamental entender que cada pessoa tem seu próprio ritmo e capacidades individuais, e a chave para uma prática bem-sucedida está em encontrar atividades que tragam prazer e benefícios à saúde, adaptadas às necessidades de cada fase da vida.