Benefícios variam da liberação de endorfina, socialização até a independência, explica Cassia Xavier, especialista e coordenadora do curso de fisioterapia da Faculdade Santa Marcelina
A prática regular de exercícios físicos, frequentemente promovida pelos fisioterapeutas, libera endorfinas, que são neurotransmissores associados à sensação de felicidade e alívio do estresse. Além disso, o aumento da mobilidade e da força física proporciona aos idosos uma maior sensação de independência e controle sobre suas vidas.
“Os programas fisioterapêuticos também incentivam a socialização, quando as atividades são em grupo, o que ajuda a combater a solidão e a depressão. A interação com profissionais de saúde e outros pacientes cria um ambiente de apoio e motivação. Ainda, a fisioterapia pode ajudar a melhorar a autoestima dos idosos, à medida que alcançam objetivos de reabilitação e observam progressos em suas capacidades físicas e mais vitalidade”, informa Cassia Xavier, Mestre em Ciências da Saúde e coordenadora do curso de fisioterapia da Faculdade Santa Marcelina.
A especialista elencou algumas práticas fisioterapêuticas que são recomendadas para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral dos idosos.
Exercícios de força e carga: aumentam a massa muscular e a resistência, ajudando na realização de atividades diárias. O idoso pode fazer essa atividade em uma academia, mas sempre com a supervisão de um fisioterapeuta ou educador físico;
Treinamento de equilíbrio: exercícios de propriocepção e força, ou até mesmo Pilates e Yoga, são eficazes para melhorar a estabilidade e prevenir quedas;
Alongamentos: promovem a flexibilidade e reduzem a rigidez articular, facilitando o movimento, como pentear os cabelos e calçar meias e sapatos;
Atividades aeróbicas: caminhadas e exercícios de baixo impacto ajudam a melhorar a capacidade cardiovascular e a saúde mental, principalmente quando feito em grupo;
Terapias manuais: técnicas como massagem ou mobilização articular aliviam a dor e melhoram a circulação. Aqui, procure um profissional especializado, pois como há risco de osteoporose não conhecida pelo idoso, as mobilizações articulares devem ser bem planejadas e cautelosas;
Educação em saúde: informar os idosos sobre a importância da atividade física e autocuidado é essencial para a adesão ao tratamento. Quanto antes se iniciar a prática regular de atividade física, melhor será sua reserva muscular;
Reabilitação funcional: focar em exercícios que simulem atividades do dia a dia, as chamadas atividades de vida diária, ajuda a aumentar a autonomia e, com isso, melhora a saúde mental, porque traz a sensação de independência;
Programas de grupo: promover atividades em grupo fortalece a socialização, reduzindo a solidão e melhorando a saúde emocional. Além disso, é um incentivo e provoca um engajamento por ser um compromisso com os colegas;
“Todas essas práticas precisam ser planejadas de acordo com a realidade e condições de cada idoso, contribuindo significativamente para o envelhecimento saudável e ativo”, finaliza a professora.