Mais dois clássicos de Louis Malle chegam à Sesc Digital: “O Sopro do Coração” e “Adeus, Meninos”
Não Perca! desta semana destaca o documentarista e contador de histórias Eduardo Coutinho, nos 10 anos de sua morte
Curso on-line e gratuito em fevereiro:
O trabalho das montadoras na história do cinema: de cortadoras a autoras
Confira os filmes que saem do streaming do Sesc no mês de fevereiro
sescsp.org.br/cinesesc ou sescsp.org.br/cinemaemcasa
A partir de 15 de fevereiro, a plataforma soma à sua estante de clássicos, mais três títulos franceses. ADEUS, MENINOS e O SOPRO DO CORAÇÃO de Louis Malle (que passa a ter cinco títulos disponíveis na Sesc Digital) e UM AMOR DE SWANN, de Volker Schlöndorff. Os três, retratos críticos da alta sociedade.
Do Brasil, entra o título FÉ E FÚRIA, do mineiro Marcos Pimentel, documentário que investiga a dicotomia religião e poder em comunidades e subúrbios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.
Em Não Perca! desta semana, EDUARDO COUTINHO, 7 DE OUTUBRO, de Carlos Nader, é a sugestão. Ao longo de seus 71 minutos, Nader coloca Coutinho, um dos maiores entrevistadores do cinema brasileiro, na frente da câmera. Ali, com seu inseparável cigarro acesso, Coutinho passa a ser o tema da conversa. O filme, uma coprodução selo Sesc, celebra o programa pioneiro da instituição Trabalho Social com Idosos, que existe desde 2003. Eduardo Coutinho tinha 80 anos quando deu a entrevista, em 2013, e faleceu logo depois, em fevereiro de 2014.
Atenção aos títulos que saem da plataforma ao longo de fevereiro. “O Último Filme”, sai dia 16. No dia 21, os títulos que deixam a plataforma são “Em Trânsito”, “A Lua Nasceu”, “Bom Trabalho”, “O Fascismo de Todos os Dias”, ‘Meio Irmão” e “Da Terra dos Índios aos Índios Sem Terra”. “Brainwashed”, em 23 e “Diana Vreeland: O Olhar Tem que Viajar”, no dia 28.
Em fevereiro tem mais um curso gratuito e on-line sobre cinema, no site do Sesc.
O trabalho das montadoras na história do cinema: de cortadoras a autoras
Vamos trilhar uma viagem no tempo para entender os espaços conquistados pelas montadoras que re-escreveram seu papel como co-autoras nas obras. Faremos um paralelo entre a história e processos práticos de montagem. Essa história parte do início do século XX, onde as mulheres eram “cortadoras” de película e tinham seu trabalho crítico apagado pela autoria dos diretores, como a soviética Elizaveta Svilova. Passando pelo Found Footage, que emancipou diretoras-montadoras como Germaine Dulac e Abigail Child, vanguardistas cada uma ao seu tempo, que se apropriaram dos meios de produção e do material bruto, para fazer um cinema que questionava a hegemonia masculina, chegando até o cinema contemporâneo e as diversas vozes femininas como Thelma Schoonmaker, Cristina Amaral, Vânia Debs e Jordana Berg. Para citar só alguns nomes de mulheres inspiradoras e que compõem essa rede cada vez maior de mulheres montadoras.
Com Rapha Spencer
Estudou Radialismo e TV na UFPE com especialização de dois anos em montagem cinematográfica pelo Centro de Estudos Cinematográficos da Catalunya (Barcelona-Espanha). Atua como montadora desde 2007. Montou o documentário Nació (Dir: Homer Etminani) selecionado para o 24˚ IDFA – Festival Internacional de Documentário de Amsterdã. Na ficção montou a série Fim do Mundo (Dir: Hilton Lacerda e Lírio Ferreira) exibida em 2016 pelo Canal Brasil. Em 2017 o documentário Aurora 1964 (Dir: Diego Di Niglio) estreou na 31˚ Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 2022 o documentário O Bem Virá (Dir: Uilma Queiroz) venceu a competição Latino-Americana da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema. Também colaborou em diversos conteúdos para tv, entre eles: O documentário musical Erlon Chaves, Maestro do Veneno (Dir: Alessandro Gamo) para o Canal Curta; a série documental Ouro Velho, Mundo Novo (Dir: Claudio Assis e Lírio Ferreira) para o Canal Brasil e episódios da série Nosso Ofício (Dir: Tuca Siqueira) para o canal Futura. Recentemente, co-montou o programa de culinária Uma Senhora Panela para o GNT. Além de períodos como funcionária em empresas conhecidas do mercado audiovisual brasileiro como a REC Produtores (PE), Domestika – BR e Agência Africa.
O trabalho das montadoras na história do cinema: de cortadoras a autoras
4 encontros / Classificação 16 anos
Dias: 20, 22, 27 e 29 de fevereiro de 2024, das 19h às 22h
Inscrições: 15 a 19 de fevereiro de 2024
Vagas: 60
Inscrições: Clique aqui
ADEUS, MENINOS
Dir.: Louis Malle | França, Itália | 1987 | 93 min | Ficção | 14 anos
Durante a Segunda Guerra, na França ocupada pelos nazistas, uma escola católica esconde alunos judeus. O garoto Julien vê com desconfiança a chegada do novo colega Jean, mas logo se torna seu amigo. Disponível até 31/07/24
Imagens: adeus, meninos
O SOPRO DO CORAÇÃO
Dir.: Louis Malle | França, Itália | 1971 | 118 min | Ficção | 14 anos
Laurent é um adolescente de família burguesa que vive a fase da revolta e das primeiras experiências sexuais. Ele contrai um problema no coração e vai se tratar em uma clínica, acompanhado de sua mãe, por quem tem verdadeira adoração. Disponível até 31/07/24
Imagens: o sopro do coração
UM AMOR DE SWANN
Dir.: Volker Schlöndorff | França | 1984 | 110 min | Ficção | 16 anos
O culto aristocrata Charles Swann se apaixona pela cortesã Odette de Crecy. É o início de uma relação obsessiva que escandaliza a sociedade parisiense. Disponível até 31/07/24
Imagens: um amor de swann
FÉ E FÚRIA
Dir.: Marcos Pimentel | Brasil | 2019 | 104 min | Documentário | 14 anos
Uma investigação sobre “traficantes evangélicos” e o quanto a mistura entre religião e poder provoca conflitos entre moradores e gera intolerância às religiões de matriz africanas em comunidades e subúrbios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte. Disponível até 15/04/24
Imagens: fé e fúria
EDUARDO COUTINHO, 7 DE OUTUBRO
Dir.: Carlos Nader | Brasil | 2013 | 71 min | Documentário | Livre
Uma entrevista, uma tarde, uma locação, um único personagem. Partindo das ‘prisões que libertam’ no documentário coutiniano, é a vez de inverter o jogo e ver o maior entrevistador do cinema brasileiro em frente às câmeras. Eduardo Coutinho, 7 de Outubro é um documentário que coloca o cineasta diante de sua própria equipe.
Para assistir ao filme: Sesc Digital
+ CINEMA #EMCASACOMSESC
Lançada pelo CineSesc em junho de 2020, a série CINEMA #EMCASACOMSESC já exibiu gratuitamente mais de mil títulos, entre longas e curtas-metragens, nacionais e estrangeiros, recebeu mostras e festivais e levou mais de 15 milhões de espectadores à plataforma Sesc Digital.
+ SESC DIGITAL
A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. No ar desde 2020, a plataforma Sesc Digital apresenta gratuitamente ao público conteúdos de diversas linguagens artísticas, como teatro, música, literatura, dança, artes visuais, entre outras. Com curadoria do CineSesc, a programação de cinema oferece ao público, filmes premiados, clássicos e contemporâneos, ficções e documentários, produções brasileiras e de várias partes do mundo. Saiba mais em Sesc Digital.