Nefrologista explica quais as terapias podem ser utilizadas no tratamento da doença renal crônica além da hemodiálise convencional
O diagnóstico de doença renal crônica (DRC) afeta profundamente a dinâmica e qualidade de vida dos pacientes, e tem várias causas e fatores de risco. A pessoa portadora da DRC perde de maneira definitiva a função renal e necessita de algum método substitutivo, entre as opções terapêuticas estão disponíveis: a diálise peritoneal, hemodiálise e a hemodiafiltração, também conhecida como HDF.
Presente como alternativa terapêutica há um pouco mais de duas décadas, a hemodiafiltração é uma modalidade que combina duas formas de filtragem: a difusão e a convecção. A HDF utiliza um filtro (dialisador) através de uma máquina capaz de remover toxinas existentes no organismo em um volume maior do que a hemodiálise convencional.
“Essa terapia se destaca por conseguir retirar substâncias e o excesso de líquido para fora da corrente sanguínea de maneira eficaz e em maior quantidade, proporcionando também conforto e menos complicações ao paciente”, destaca Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal.
Em outro tratamento disponível, a diálise peritoneal, em que consiste a mesma finalidade da hemodiálise que todos nós conhecemos, ela se destaca por ser um processo que ao invés de ser realizado em uma clínica e com ajuda da equipe de enfermagem, a responsabilidade é atribuída ao paciente, familiar ou cuidador. Assim, ela pode ser realizada em casa, conferindo mais dinamismo e flexibilidade à rotina do paciente.
“Nesta terapia, um cateter flexível é colocado no abdômen do paciente, pelo qual é realizada a infusão da solução de diálise peritoneal, necessária ao processo de filtração do sangue”, explica Zawadzki. “Esse líquido entra em contato com o peritônio – membrana que reveste os órgãos abdominais – e permanece nessa cavidade para que ocorra a troca entre a solução e o sangue, e assim acontece a drenagem, juntamente com as toxinas que estavam acumuladas”, complementa.
Nesse procedimento, tanto a infusão quando a drenagem da solução peritoneal pode ser realizada manualmente, pelo paciente ou pessoa treinada para a função ou por uma máquina cicladora. Um período de treinamento antes do início da terapia é essencial para que a diálise peritoneal seja de maneira segura e eficaz.
A terapia de diálise peritoneal possui suas vantagens e garante menos efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e cólicas, assim como menos restrições nutricionais. Ela também não utiliza agulhas e requer menos deslocamento a clínica de diálise.
É válido ressaltar que todo o tratamento deve ser acompanhado por um médico nefrologista e com uma rotina de exames que avaliam o estado clínico do paciente e suas necessidades que podem variar de acordo com a atual condição da sua função renal.
O paciente deve conversar com seu nefrologista para tirar todas as dúvidas sobre essas terapias, e considerá-la como uma excelente opção de tratamento, principalmente para aqueles que aguardam por um transplante renal.
Sobre a DaVita Tratamento Renal
A DaVita é um dos maiores provedores de serviços renais dos EUA e tem ações negociadas na bolsa de Nova Iorque. No mundo, a empresa está presente em 12 países. A companhia chegou ao Brasil em 2015. A companhia conta com mais de 7 mil funcionários e 800 médicos no país.
Através de 96 clínicas, 06 operações de agudo e 02 centros de acesso vascular, o grupo atende 20 mil pacientes, realizando mais de 3 milhões de tratamentos, 350 mil procedimentos de diálise intra-hospitalar bem como a implementação de milhares de acesso vasculares que são a base para a melhoria profunda de qualidade de vida de seus pacientes.
Além da atual presença em todas as regiões do País nos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal, a DaVita Tratamento Renal presta atendimento intra-hospitalar em mais de 370 hospitais em todo o país.