Por Doris Pinheiro
Eu pedi músicas a alguns homens que eu sei que gostam das mulheres de suas vidas e gostam das mulheres, entendem que somos seres humanos tão completos (ou incompletos) quanto eles e que ajudam na luta por igualdade, contra a violência e todas as coisas que a gente tá cansada de saber, mas não cansa de defender. Pedi a eles músicas emblemáticas na cabeça deles, para montar esta playlist que eu quero que todo mundo curta durante o final de semana. Então lá vai:
O jornalista Carlos Borges mandou de cara “Olhos nos Olhos”, de Chico Buarque, que para ele é uma música icônica que mostra o olhar feminino diante da separação e mostra a altivez da mulher. “É a primeira vez que numa letra de música brasileira uma mulher se coloca nesta posição”, diz ele.
E apresenta duas versões de “Mulher”, que é um clássico de Sadi Cabral em parceria com o genial Custódio Mesquita. Ai está, na voz de Nara Leão
Aqui numa versão linda de Emílio Santiago
O cantor e compositor Alexandre Leão mandou “Pagu”, de Rita Lee e Zélia Duncan, segundo ele ”puro suco de empoderamento feminino”.
A segunda é dele próprio e de Daniel Mã, uma gracinha total, com um gostinho elegante de Bahia… “O que é que Ela Quer”.
O DJ Roger N Roll também escolheu uma música bem bacana. “Tá na Mulher”, de Carlinhos Brown
Cantor, compositor, instrumentista, diretor musical, Luciano Salvador Bahia disse que pensou em “Maria, Maria”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, porque para ele é uma espécie de hino da mulher brasileira.
E em “Todas Elas Juntas Num Só Ser”, de Carlos Renó e Lenine. porque mistura as mulheres homenageadas na MPB numa música só.
O cantor Carlos Barros escolheu “Uma Nova Mulher”, interpretada por Simone, que coloca a mulher “nesse lugar do feminino mais tradicional e ao mesmo tempo irrompendo a partir dessa força fêmea, no sentido de “natureza” e ressignificando na cultura”, afirma ele.
E ele também vai de IZA, em “Dona de Mim”. Para ele a canção interpretada por Iza “traz um aporte mais contemporâneo é em cruzamento com o dado raça. A mulher preta se colocando no lugar de protagonismo.”
O sanfoneiro Gel Barbosa Sanfoneiro mandou logo “Mulher”, de Erasmo Carlos, pra não ter dúvida…
E para acabar de encantar nossos corações… “Rosa”, de Pixinguinha e Otávio de Souza. Com Orlando Silva
E com Marisa Monte
Pedi uma samba ao super sambista Pedrão Abib e ele me deu “Beleza que é Você Mulher”, de Benito di Paula. Sensacional…
E que quero colocar aqui duas músicas que me foram dedicadas por homens importantes da minha vida, tipo amor mesmo…Guardo no coração
Coisa Feita, de João Bosco
E… a segunda e definitiva, que tem gente que acha machista, mas eu não acho, é “Mulheres”, de Martinho da Vila. E com esta, eu encerro esta playlist.