A mãe natureza é interessantíssima pois privilegia determinados lugares nesse planeta com o que ela tem de melhor, certamente com a intenção de construir micro paraísos. Este é o caso da Ilha de Itaparica que possui tantos atributos que a fazem tão amada, não só pelos seus nativos, como também por inúmeras pessoas que a visitam e que a escolheram como sua residência.
É o seu solo que fornece frutas e verduras de primeira qualidade, é a sua água mineral, o seu mar morno e tranquilo, o seu clima de um eterno verão e, o que é mais importante, o erotismo que paira no ar, contagiando até mesmo os que a visitam. O apetite sexual de seus moradores é insaciável. As mulheres são tão quentes que parecem que possuem um mini forno de micro ondas entre as pernas. Elas rebolam as suas bundas grandes com tanta sensualidade que parecem xingar os que param para contemplá-las.
Quanto aos machos, sejam homens e/ou animais, são portadores de um cio sem limites. É comum encontrar-se na praia um ou mais jegues, com a imensa “estrovenga” de fora a correr atrás das jegas e, quando as alcançam, montam nelas e enfiam-lhes toda aquela “chibata”. Elas abrem as pernas e urram de prazer. Os homens também são assim, não nas mesmas proporções métricas, mas no mesmo apetite voraz
Esses são os temas mais comentados por nosso grupo de amigos na praia reunidos. Não só, os nativos que como eu tiveram a sorte de serem educados por parentes na capital e para a Ilha vão sempre nas férias e grandes feriados, como também os colegas de escola e de bairro que, entusiasmados pelos nossos relatos, convencem os seus pais a alugarem casa para veraneio.
Nesse início de manhã ensolarada, esperávamos a maré baixar para jogarmos o nosso famoso “baba de praia”, bem suave, quando só é falta se a fratura for exposta, eis que se aproxima o amigo Queiroz, que para justificar o nome, vinha acompanhado de três tremendas gatosas.
– Olha! Lá vem o Queiroz trazendo mulher pra nós. Disse um.
– Olá pessoal – saudou o Queiroz – apresento aqui umas italianas que estão lá em casa.
– Buon giorno. – adiantei-me a todos com a intenção de preparar o bote.
– Oh1 Parla italiano? – perguntou-me o protótipo de Gina Lolobrigida pois os seus peitos não deixavam nada a dever à famosa atriz.
– Si, si, parlo un po. – respondi sem tirar os olhos do decote.
Queiroz então explicou que as italianas gostariam de fazer um passeio de barco e também uma pescaria. Concordei imediatamente, pois uma oportunidade dessas não cai todos os dias do céu, principalmente da Itália. Marquei para o final da tarde, alegando que a maré não estava propícia e que os peixes não apareceriam agora. Essas são as desculpas dadas a quem não entende, quando existem outras intenções ocultas. A verdadeira intenção era deixar a noite cair, em pleno mar, com uma irresistível lua cheia.
Expliquei para elas em italiano, apontando para o saveiro na amarração. – É quello li, chiamato BELDROEGAS, disse eu, omitindo as minhas intenções, é claro. Em seguida despediram-se bastante felizes.
Quando eu olhei para a amarração, tive a impressão de que Beldroegas sorria maliciosamente já prevendo o que estava por vir. Minha mãe me acusa de personificar esse saveiro. Não é bem assim, mas eu sei que ele compartilha comigo de todas essas travessuras porque ele é quem bem sabe que a mulher que embarca no Beldroegas vai usufruir de tudo o que há de bom nessa famosa Bahia de Todos os Prazeres.
Após o almoço dirigi-me para a praia e nadei até a amarração para buscar o Beldroegas. Icei a âncora e comecei a varejar até sentir que o fundo do barco tinha encostado na areia. Joguei a âncora e desembarquei para esperar os meus convidados. A ansiedade era grande mas, não demorou muito e eis que surge o Queiroz acompanhado das três italianas, trajando minúsculos biquinis que deixavam à mostra as formas e curvas ideais do verdadeiro corpo feminino
Pensei: “Estão prontas para uma pescaria ou para serem pescadas?”
A mais velha, aparentando uns 25 anos, foi a que apelidei de Gina Lolobrigida, parecia mais séria e menos festiva, além dos seios volumosos, tinha umas coxas musculosas e ombros largos, deixando bem claro que era uma praticante de natação. Os quadris não eram tão volumosos como os das mulheres baianas, mas, apesar de estarem bem cobertos, percebia-se que eram rijos.
As outras duas, aparentavam estarem na faixa etária de 17 a 19 anos, vinham saltitantes e risonhas e traziam unicamente os minúsculos biquinis que trajavam e que muito pouco cobriam para gáudio dos admiradores do que a natureza tem mais grandioso a oferecer em termos de visual: as sensuais formas do corpo feminino.
Embarcamos todos e, enquanto meus convidados se acomodavam nos bancos do barco, eu coloquei a cana do leme e pedi a Queiroz para segurá-la enquanto eu içava a vela. Como eu esperava, ouviu-se um coro de exclamação de surpresa ao verem a vela enfunada ostentando o desenho de uma lindo buldogue.
Beldroegas singrava veloz e firme as águas mansas da baía. Eu, sentado na popa, manobrando o leme, observava a felicidade estampada de maneiras diferentes no rosto dessa pequena tripulação. A mais madura, que eu apelidei de “Gina”, estava sentada no bico da proa com as pernas para fora do barco, olhava para o horizonte distante como se estivesse a sonhar. As mais jovens, sentadas em um banco, não paravam de falar e rir. Queiroz estava absorto, preparando os anzóis para a pescaria que para mim não despertava mais nenhum interesse nessas alturas dos acontecimentos.
Eis que chegamos na altura do pesqueiro que eu costumava pescar com os amigos. Soltei a amarra da vela e baixei-a. Joguei a âncora e disse que ali pescaríamos bons peixes, distribuindo as linhas de fundo já preparadas por Queiroz com iscas presas nos anzóis.
Todos se espalharam pelos constados do barco e jogaram as suas linhas ao mar. Queiroz ensinou as duas jovens alegres como fazer para fisgar um peixe que vinha comer a isca. Foi um sucesso, pois a cada fisgada, era um alarido que espantava todo o cardume que frequentava aquele pesqueiro.
Eu me sentei no bico da proa junto à “Gina” e lhe entreguei uma linha para que também pescasse. Mas, para nós dois o que menos interessava era uma pescaria pois estávamos a alimentar os peixes sem nenhum interesse em fisga-los. Estávamos mais interessados em conversar e assim eu tive oportunidade de exercitar o meu italiano, me fazendo entender e entendendo perfeitamente o que ela falava.
Vários assuntos foram tratados, pessoais, sobre a Itália, sobre a minha Ilha, etc. Foi aí que eu percebi que aquele interesse libidinoso que tive ao conhece-la não estava se manifestando no momento. Estava surgindo sim, uma vontade incontrolável de abraça-la e de enchê-la de carinhos, mas com ternura e não como a satisfação de um instinto sexual.
Olhando fixamente para ela, percebi que comungava dos meus desejos, então levantei-me e passei para o outro lado ficando bem junto, pois o bico da proa nos separava. Quando fiz isso dei uma olhada no que se passava no barco. Queiroz dormia deitado em um banco e as meninas se agarravam e se beijavam furiosamente. As mãos se perdiam por dentro da parte de baixo do biquini e os corpos de ambas estremeciam de prazer.
Pensei: “Estão certas. É para isto que estamos aqui”.
Sentei-me ao lado de “Gina”, abraçando-a com firmeza e com paixão. Os seus braços também enlaçaram o meu corpo. Beijava seu rosto, seu pescoço, sua boca mas, quando me dirigia para os seios ela esquivava-se delicadamente como a me alertar que era zona proibida. Interessante, agora isso, com “Gina” não me irritava e eu aceitava sem protestar. Em outras ocasiões eu reivindicava o lema do meu barco “ou dá ou desce”.
Assim ficamos totalmente desinteressados em pescaria. Abraçados bem apertados, em silêncio contemplávamos o horizonte e o mar calmo e azul. Às vezes eu a enchia de beijos e, em um desses movimentos, olhei sorrateiramente para trás e vi que agora as duas já tinham tirado a parte de baixo do biquini e, deitadas no banco praticavam o mais ardente 69 que eu já vi. Era nariz, boca e língua que se movimentavam com frenesi entre as pernas da outra, mergulhados em movimentos violentos na vagina. Os corpos se debatiam com furor em cima do banco do barco e só não caiam porque a que estava por cima segurava-se.
“Como eu gostaria de participar daquela briga”. Pensei.
Mas, continuei como e onde estava. Sentia-me bem com o que estava acontecendo. Era um sentimento novo e confortante. Não queria que fosse interrompido. Mas, tal não aconteceu. Queiroz despertou assustado, levantando-se do banco. As meninas quando o viram despertar, atiraram-se no fundo do barco e rapidamente se vestiram.
Com todas essas peripécias, nós não percebemos que o dia já tinha terminado e que uma lua bastante cheia dourava as águas do mar anunciando o início de uma linda noite de verão.
Resolvemos voltar. Embarquei a âncora. Posicionei o barco em direção à praia e icei a vela, iniciando um rápido retorno de uma pescaria que o menos que se fez foi pescar peixes. Comentei isso em italiano e todos entenderam a minha maliciosa colocação, rindo muito.
Ao chegar à praia, desembarcamos todos e me despedi, esnobando o meu italiano:
– Ci vediamo domani!
Todos riram e se foram. Subi no barco e comecei a varejar em direção à amarração. Em lá chegando joguei a âncora e sentei-me na proa pensativo. Estava tão absorto em meus pensamentos sobre o que tinha acontecido a pouco, que não percebi a chegada de alguém, que subindo pela popa, me agarrava por detrás. A minha reação imediata foi a de arremessar o provável agressor por cima do ombro dentro da água do mar. Mas, fui contido por um grito:
– Non, cosi no.
Contive o meu impulso quando percebi ser “Gina” que nadara até ao Beldroegas para fazer-me companhia. Parecia que eu estava vivendo um sonho: uma noite de lua cheia, o céu totalmente límpido e cheio de estrelas a brilharem e às vezes a correrem. O balanço suave do barco naquele mar tão calmo. Uma brisa leve balançando as folhas dos coqueiros. E nós dois ali, sentados na proa, abraçados, em silêncio, contemplando todo esse presente da natureza.
Depois de um longo tempo, eu peguei um colchonete que sempre está presente no barco e resolvemos deitar. Assim abraçados, claro que era inevitável a minha excitação ser percebida por “Gina”. Ela, sem se surpreender, como se tivesse retornado com essa intenção, arrancou-me o calção e, vendo o pênis bem ereto, sentou-se em mim, posicionando a sua vagina bem na extremidade do meu pênis, mas sem engoli-lo. Assim, de joelhos, ela esfregava o seu clitóris na glande do pênis e a maciez desses movimentos lhe dava um crescente e imenso prazer. Aí cessa o controle e o corpo entrega-se em busca do ápice. “Gina”, gemendo e tremendo, enfia a vagina naquele pênis que ansiava por penetrá-la. O movimento brusco faz com que o seu corpo sente-se sobre o meu e, com tudo lá dentro, ela goza aos gritos e molha copiosamente a mim e ao colchonete.
Ela então cansa e deita-se sobre mim como que desfalecida. Eu me controlei e não gozei porque não queria que aquela noite de prazer terminasse ali. Pacientemente esperei. Ela acorda e sente que tem algo duro dentro dela. Eu rolei os corpos no colchonete e me posicionei por cima dela. Quando eu tentei tirar o pênis para fazer uma pincelada, ela não consentiu e pediu para deixar lá dentro. Eu, estando por cima, comecei a realizar movimentos ascendentes e descendentes com os quadris e, quando eu percebi que ela ia gozar novamente, eu parei de me controlar e ejaculei tudo o que estava até então contido. Quando ela sente aquele líquido quente nas suas entranhas, ela pareceu que ia enlouquecer de prazer, porque os seus gritos e apertos que me dava eram tão fortes que pareciam me machucar.
Dormimos bastante e acordamos lá pela madrugada. A lua ainda brilhava intensamente, mas sentíamos frio, então resolvemos voltar para casa, mergulhando e nadando até à praia onde nos despedimos.
– Arrivederci. Domani ci vediamo.
Fui para casa dormir. Estava muito contente com o ocorrido porém sentia uma sensação de dever não totalmente cumprido. Como é de praxe, eu acordei cedo e fui caminhar pela praia. Os amigos foram chegando e com um ar malicioso perguntavam como foi a pescaria, se tínhamos pescado muito peixe.
Não prestei atenção às gozações porque estava absorto tentando decifrar a sensação de vazio que eu sentia. Foi quando em vi a “Gina” que caminhava em minha direção. Ela estava com a fisionomia de cansada e sonolenta.
Nós passeamos pela praia e conversamos sobre aquela noite e como tínhamos gostado. Foi então que percebi o que me incomodava. Era um sentimento novo que estava a experimentar e que me dava uma vontade incontida de viajar com ela para a Itália. Mas, como eu não deixo que jamais a emoção supere a razão, contive-me e guardei para mim esse segredo.
De repente ela me disse que se tivesse um filho botaria o nome de Beldroegas.