O longa acompanha o processo eleitoral de 2022 que culminou no 8 de janeiro
“No céu da Pátria nesse instante”, novo filme de Sandra Kogut, recebeu o Candango de Melhor Montagem (Renata Baldi e Sandra Kogut) e o Prêmio Especial do Júri no 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O filme acompanha uma série de personagens de vários pontos do espectro político ao longo do ano. A intenção é retratar como essas figuras, que fazem parte de maneiras diferentes do processo político, mas sem estar geralmente no centro das atenções, observam e lidam com as tensões, dificuldades, angústias e ansiedades daquele ano eleitoral. Sandra agradeceu ao Festival pela oportunidade e pelos Prêmios: “a sessão do nosso filme no Cine Brasília no domingo passado foi uma experiência tão especial e tão catártica, que eu com certeza vou levar esse momento comigo pro resto da vida. Nunca tinha vivido algo assim. Foi lindo e foi emocionante viver esse momento tão poderoso – e vê-lo ser proporcionado pelo cinema. Como vocês podem imaginar esse foi um filme muito difícil de fazer. Todos os filmes sempre são, claro, mas este foi um pouco mais – porque era um filme tão urgente quanto impossível. Foi preciso inventar um jeito de fazer, um jeito de tentar olhar para aquele momento através das ferramentas do cinema, e foi preciso seguir reinventando esse jeito ao longo de todo o processo.” A obra é produzida pela Ocean Films, Marola Filmes, Kiwi Produções, em co-produção com Globo News, Globo Filmes e Canal Brasil e tem distribuição da O2Play.“Agradeço à grande rede de pessoas que tornou isso possível e agradeço especialmente às personagens do filme, mulheres corajosas, determinadas e inspiradoras. Fiquei particularmente feliz e honrada em poder trazê-las para a tela aqui, onde também percebi que era a única diretora mulher de longas na competição oficial. As ameaças que pairaram sobre nós, sobre o filme, sobre todos aqui, sobre o que todos aqui representam, sobre os festivais de cinema também – enfim, essas ameaças não desapareceram. Os Festivais são espaços únicos para legitimar e – de uma certa maneira – permitir que filmes como esse existam.”
Sinopse
Rodado ao longo do ano de 2022, o filme acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, no dia 8 de janeiro de 2023. Através do olhar e da vivência de alguns personagens envolvidos no processo das eleições, mergulhamos num Brasil de tensão e expectativa, onde coexistem realidades paralelas, que têm dificuldade de se enxergar mutuamente. Um registro de um momento na história do país onde a democracia esteve seriamente em jogo. Ficha Técnica Roteiro: Sandra Kogut Direção: Sandra Kogut Fotografia: Léo Bittencourt Montagem: Renata Baldi, Sandra Kogut Som: Bruno Armelin Trilha sonora: O Grivo Produção Executiva: Desirée Portela Direção de Produção: Ligia Turl Produtores: João Roni, Sandra Kogut, Henrique Landulfo, Zahra Staub, Cristian MariniElenco: Adenilson Ferreira, Antonia Pellegrino, Edivan Santos, Estela Maria de Oliveira, Juliano Maderada, Milena Batista, Neli Belem, Osvaldo Pires, Rute Sardinha.
Sobre Sandra Kogut
Cineasta e documentarista, Sandra Kogut vem há anos utilizando diferentes mídias e formatos: ficções, documentários e instalações. Seus filmes receberam dezenas de prêmios internacionais e foram lançados em diversos países. Entre eles estão o documentário “Um Passaporte Húngaro” (França/Bélgica/Hungria/Brasil, 2003); “Mutum” – longa-metragem de ficção baseado em Guimarães Rosa – que teve estreia mundial no Festival de Cannes (2007) e recebeu mais de vinte prêmios internacionais, além de ser lançado comercialmente em mais de 20 países. Ambos os longas “Campo Grande” (Brasil/França, 2015) e “Três Verões” (Brasil/França, 2019) estrearam no Festival de Toronto e também correram o mundo, recebendo prêmios em Havana, Antalya, Málaga, Mar del Plata e muitos outros. Em 2021 Kogut idealizou e dirigiu o documentário “Voluntário ***1864” sobre os voluntários das vacinas contra a Covid, uma produção GloboNews/Globoplay.
Sobre a Ocean Films
Ocean Films é uma produtora brasileira com mais de 20 anos de experiência. Já colaborou com diversos canais e plataformas, como: Netflix, Globoplay, HBO, ESPN Brasil, TV Globo, Turner Broadcasting Latin America, RTP (Portugal), MTV (Índia), TV Cultura, Canal Brasil, entre outros.Seu primeiro longa-metragem, “Pequeno Segredo”, foi selecionado para representar o Brasil no Oscar de 2017 na categoria de Melhor Filme Internacional. Dentre suas produções de maior relevância estão a série de doc-reality “Por Um Respiro” (Globoplay), a série de ficção “Temporada de Verão” (Netflix), a qual criou e coproduziu, e a série documental “Transamazônica – Uma Estrada Para o Passado” (HBO), vencedora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2022, na categoria Melhor Série de Documentário. O longa-metragem documental “Amazônia, a Nova Minamata?” (dirigido por Jorge Bodanzky), uma coprodução com Globo Filmes e Globo News e produção associada da Video Filmes, teve sua pré-estreia na Mostra de São Paulo, em outubro de 2022. Em 2023 irá estrear o longa-metragem de ficção “The Penguin and The Fisherman”, protagonizado pelo astro francês Jean Reno, no qual a Ocean, através de seu produtor e sócio-fundador João Roni, está participando da produção.
Sobre Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil Globo Filmes, Globo News e Canal Brasil assinam juntos a coprodução de cerca de 50 documentários. São projetos artisticamente contundentes, diversos, atuais e que geram debates essenciais para a sociedade brasileira; linguagens e olhares que atravessam tempos e fronteiras. Os docs frutos dessa parceria já estiveram em centenas de festivais no Brasil e no mundo, como IDFA, Hot Docs, ganhando prêmios em Veneza e no É Tudo Verdade (ÉTV) – maior festival de documentários do Brasil, que habilita o filme para o Oscar. Alguns destaques: “Sinfonia de um homem comum”, de José Joffily (único brasileiro na mostra Frontlight do IDFA 2022, maior festival de docs do mundo, exibido no Hot Docs, Menção Honrosa do ÉTV 2022); “Menino 23”, de Belisário Franca (pré-lista do Oscar 2017); “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, de Bárbara Paz (Melhor Documentário sobre cinema da Venice Classics no Festival de Veneza 2019 e segundo documentário mais assistido no Canal Brasil em 2021); “Fevereiros”, de Marcio Debellian (maior bilheteria do cinema entre docs brasileiros em 2019, 1º lugar no ranking das TVs por assinatura na faixa de documentários da Globo News em 2021); “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor ÉTV 2020); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do ÉTV 2019); e “Mussum – Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira (documentário mais assistido do Canal Brasil no sinal ao vivo do Globoplay+Canais em 2021).