Desfile tradicional acontece no dia 15 de fevereiro, saindo da monarquia para uma Bahia mais afetiva e carnavalesca, revelando os “Dindos” e “Dindas” da edição de 2025
A alegria e irreverência vão tomar conta das ruas do Rio Vermelho no dia 15 de fevereiro, com concentração a partir das 16h30, na Quadra Esportiva da Rua da Paciência, o blocultura Palhaços do Rio Vermelho celebra os 15 anos com um ato simbólico no início do cortejo, para evocar o vírus da ludicidade na cidade e reverenciar a memória de Anselmo Serrat, educador e fundador da Escola de Circo Picolino. Serrat, que marcou gerações com sua dedicação ao Circo Picolino, será a inspiração para o desfile de 2025, reafirmando sua relevância e legado na história cultural da Bahia e do Brasil.
Os Palhaços do Rio Vermelho trazem a essência do Carnaval de rua onde a brincadeira, através da fantasia, permite que toda a família participe do desfile das manifestações culturais, que acompanham o grande cortejo. Em 2025, as alas serão compostas pelo Zambiapunga de Valença, SSA – Som Soteropolitano Ambulante, Bagunçaço dos Alagados, As Xicas, Pau de Fita e Burrinhas (Cia de Danças e Folguedos da Boca do Rio), Troupe Circense com pernaltas e malabares, Banda Marmelada (fanfarra), Capoeirada (Associação Siribeira do Conde), Os Enlatados de Madre de Deus, Ala das baianas, Ala do Circo, Ala da Belas Artes, Tudo X Transforma, além da participação da Palhafolia que vai dar o tom ao cortejo que seguirá até a Rua Fonte do Boi.
Dindos, Dindas e camisa colaborativa
Na sua 15ª edição, os Palhaços do Rio Vermelho deixam a “monarquia” e passam a celebrar os “Dindos e Dindas”, que serão revelados nas redes sociais. Cada ano, um artista plástico é convidado para ilustrar a camisa colaborativa, que tem venda revertida para o desfile. Artistas como Bel Borba (2015), Cau Gomez (2016), Ruy Santana (2017), Ray Vianna (2018), Guache Marques (2019), Elano Passos (2024). E em 2025 os traços de Hans Peter Gutmann estarão estampados nas camisas que já estão sendo vendidas por R$ 100,00 (cada), no Bar do Bahia (Rio Vermelho).
Estações Fixas
Este ano, o desfile contará com três estações fixas durante o percurso, uma com o grupo Toca Tambor, no estacionamento do Teatro Sesi, outra na Praça Colombo com o grupo de pandeiro O Pulso e A Pele e a última na Colônia Z1, com o grupo Frevância Elétrica.
Um Carnaval de resistência e alegria
O movimento, criado como uma alternativa popular e inclusiva, tornou-se um dos momentos mais aguardados do pré-Carnaval de Salvador. “É com grande satisfação que vejo o que antes era apenas um grupo de amigos resistindo à cultura do abadá e dos blocos com cordas se transformam em um grande palco de alegria e fantasia”, comenta Lúcia Menezes, cofundadora dos Palhaços do Rio Vermelho. “Ouvir do nosso público que somos o melhor dia de pré-carnaval é revigorante e nos enche de vontade de movimentar o nosso querido bairro do Rio Vermelho”, completa.
O local, em meio ao aroma do dendê, das lindas paisagens naturais, grandes patrimônios arquitetônicos, reduto de pescadores e da fé entre o catolicismo e a religião afro-brasileiro, – o bairro do Rio Vermelho carrega tradições que permeiam entre o lúdico e o religioso, traçando a sua identidade em cada rua, praça, becos e vielas que preserva a história e a formação de uma comunidade soteropolitana. O circuito passa por toda essa magia, com concentração na Rua da Paciência com destino à Rua Fonte do Boi. A estimativa de terminar é às 22h.