Ao identificar a possibilidade dos nascimentos antes das 37 semanas de gestação, exames ajudam a evitar internações desnecessária
As ocorrências de parto prematuro configuram uma preocupação mundial. Considerada a principal causa de morte de bebês no primeiro mês de vida, somente no Brasil, em 2023, de acordo com o Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos, do DataSUS, mais de 300 mil bebês nasceram antes do tempo ideal. E embora o país esteja entre as localidades latino-americanas que apresentam as maiores taxas desses acontecimentos, a chegada de soluções de testagem rápida, como as trazidas pela QIAGEN ao Brasil, pode ser uma alternativa eficaz e não invasiva para ajudar a reverter este cenário.
Com a vantagem de indicar a probabilidade desses episódios, testes como o PartoSure, identificam o risco de um nascimento entre 20 e 37 semanas de gestação. Esses exames são feitos a partir da coleta da secreção vaginal com um swab, ajudando a prever se a gestante entrará em trabalho de parto prematuro em um período de sete a 14 dias.
“Além dos diagnósticos mais comuns como a ultrassonografia e a cardiotocografia fetal, que avaliam os batimentos cardíacos e o bem-estar geral do bebê, os testes rápidos e de alta precisão detectam a chance da prematuridade. A identificação de risco atrelada aos cuidados necessários pode evitar uma série de internações e complicações desnecessárias”, explica Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN.
Oliveira ainda destaca que a descoberta do risco ajudará no direcionamento da equipe de obstetrícia em cuidados que possam reduzir os impactos do parto prematuro e sua probabilidade, incluindo orientações de dieta, repouso e demais rotinas presentes no dia a dia da gravidez.
“Os nascimentos prematuros podem acontecer em casos de mães saudáveis, pelos mais diferentes motivos, assim como em gestantes com alguma doença pré-existente ou desenvolvida ao longo dos meses, como infecções maternas, patologias do útero, hipertensão, diabetes gestacional e consumo de drogas. Mulheres que já tenham tido partos prematuros previamente e abortos espontâneos, também exigem atenção. Por isso, o mais indicado é fazer essas avaliações constantes, contando com tecnologias e soluções em exames que ajudem a fechar o diagnóstico”, complementa o executivo da QIAGEN.
Como funcionam os testes rápidos de prematuridade
Entre as soluções disponíveis no país, testes rápidos como o PartoSure identificam a presença de uma proteína específica do líquido amniótico de mulheres grávidas, fora da
cavidade uterina, e são feitos a partir da coleta da secreção vaginal com um swab. Com alto valor preditivo positivo, eles ajudam a prever se a gestante entrará em trabalho de parto prematuro em um período de sete a 14 dias. A partir desse diagnóstico rápido, ainda é possível evitar uma internação desnecessária, que acontece em 85% dos casos de sinais e sintomas de partos prematuros, assim como acelerar uma internação para um tratamento imediato para a gestante e o bebê.
Ao sinal dos primeiros sintomas de um parto prematuro, que podem acontecer simultaneamente ou de forma isolada – entre eles, dores na parte inferior das costas, contrações constantes, dores na parte inferior do abdômen, vazamento de fluído ou hemorragia vaginal, náuseas e vômitos – é preciso procurar ajuda médica para que seja feita uma avaliação do quadro geral da gestação, a fim de evitar complicações.
Segundo a Fiocruz, os problemas da prematuridade vão além da baixa de peso. Um prematuro carece de cuidados especiais na UTI, o que aumenta em três vezes o risco de morte e sequelas futuras para a sua vida adulta.