Quando ingerido de maneira exagerada, favorece o desenvolvimento de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares
Amargo, meio amargo, ao leite e branco. Ainda que o último seja controverso, já que não contém cacau, esses quatro tipos de chocolate representam um universo de tentações que só cresce. Para atender a um público cada vez mais específico e exigente, há chocolate sem lactose, vegano, diet, sem glúten, em versões doces, salgadas, apimentadas e em formatos infinitos. Mesmo que cada apresentação tenha uma certa vantagem ou desvantagem diante das demais, o que prevalece quando se trata de obter benefícios para a saúde com o consumo do chocolate é a moderação.
Diversos estudos por todo o mundo mostram que uma ingestão limitada do produto, principalmente chocolates mais amargos, podem melhorar a saúde do coração, diminuir o estresse e a ansiedade e até melhorar a sensibilidade à insulina de pacientes diabéticos. “Em grande parte, isto acontece devido à ação dos flavonoides, substâncias antioxidantes que estão em maior concentração no chocolate amargo devido ao seu alto teor de cacau”, explica Marcela Duarte, nutricionista do Hcor.
O exagero, por outro lado, só traz malefícios. “O consumo de chocolate em grandes quantidades por longos períodos causa diversas doenças crônicas e graves. Entre elas, obesidade, diabetes, hipertensão arterial e problemas cardiovasculares. Além disso, a pessoa também pode sofrer com acne, dermatite seborreica (caspa), gengivite, incômodos gastrointestinais e até alterações de humor”, revela.
Em datas especiais, como a Páscoa, é comum cometer excessos. “De maneira geral, pessoas que não tenham problema de saúde ou intolerância alimentar que restrinja o consumo não devem sofrer grandes impactos por um exagero pontual. Ainda assim, o recomendado para um adulto saudável é o consumo de, no máximo, 40 gramas de chocolate por dia, de preferência, amargo”, orienta.
Quem tem restrição também consegue aproveitar. “Neste caso, é importante consultar um médico e/ou nutricionista para obter orientação sobre o produto e a quantidade permitida. É preciso estar atento à lista de ingredientes e à tabela nutricional. Um chocolate diet, por exemplo, ainda que ele não tenha açúcar na composição, tem uma quantidade maior de gordura. Então uma pessoa diabética e com doença cardiovascular precisa ter cuidado com o consumo em longo prazo”, ressalta.
Escolha bem
- Chocolate amargo: rico em flavonoides e com alto teor de cacau. Considerado o mais saudável devido aos seus benefícios cardiovasculares e antioxidantes.
- Chocolate ao leite: possui menor teor de cacau e maior quantidade de açúcar e leite. Menos benéfico que o chocolate amargo, mas ainda pode ser consumido com moderação.
- Chocolate branco: não contém cacau sólido, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite. Menos saudável devido ao alto teor de açúcar e gordura.