Em 2024 eu faço 40 anos de carreira na área de comunicação. Minha primeira contratação foi em primeiro de maio de 1984, na TV Itapoan, minha primeira escola, onde enfiei a cara, fiz quase tudo que apareceu pela frente, aprendi muito e fui muito feliz.
Eu sou a menina que parou na frente da TV preto e branco na sala da casa, pediu à mãe para não ir à escola, para poder assistir à chegada do homem à lua. Fui a única pessoa da casa a ficar lá de plantão e lembro que pensei: milhões de pessoas estão assistindo à mesma coisa que eu neste momento no mundo…Eu tinha sete anos.
Minha vida profissional tem como base uma experiência muito variada, rica e feliz em televisão, onde pude fazer de tudo – fui repórter, roteirista, apresentadora, redatora, editora, coordenadora de produção, criei programas e nisso a TV Educativa da Bahia foi o meu lugar.
Depois fiz rádio, que é simplesmente maravilhoso, e ao longo deste tempo todo tenho feito assessoria de imprensa, que eu adoro! Fui professora de jornalismo por 12 anos e devo aos meus alunos e alunas a possibilidade de renovação constante e muitos momentos cheios de carinho.
Aqui e alí trabalhei com sites, tive uma experiência exitosa no leiamaisba.com.br, onde implantei a Editoria de Cultura e fiz os podcasts Curta e Bom pra Saúde, além de descobrir que podia escrever crônicas. Agora é hora da carreira solo.
Eu sou a adolescente que numa crise de choro monumental, daquelas que só adolescentes conseguem ter, antes de decidir para o que iria fazer vestibular, ouviu da sua mãe: “porque você não faz jornalismo?” Muitos anos depois eu perguntei a ela a razão dela ter me proposto e ela disse: “para você tinha que ser uma coisa colorida”.
Sigo então nessa coisa colorida que para mim é fazer comunicação. O que eu quero é contribuir para a difusão de informação na área de cultura, em seu sentido mais amplo, dar espaço a quem tem o que dizer, colocar para pensar, ajudar a tornar o mundo um lugar melhor.
Sigo sendo a menina alegre e cabeça nas nuvens, neta de poeta, que escrevia bem, lia bem, desenhava bem, adorava moda, gostava de teatro, de dança, que atravessava a rua para ver batuque de candomblé e roda de capoeira e que teve a benção de viver numa casa em frente à Igreja de Santana e à Casinha dos Pescadores no Rio Vermelho.
O site dorispinheiro.com.br é meu mais novo território e mais uma vez penso: “posso me conectar com milhões de pessoas pelo mundo”.
Então, com a mais sincera hospitalidade baiana eu digo, pode chegar, minha casa está de portas abertas!