Com 84,8% dos inscritos para o Enem de fora de São Paulo, a cidade deve receber número recorde de estudantes em de outras regiões neste ano.
O período de início da tão sonhada vida universitária pode trazer certo estresse para aqueles que passaram em Universidades longe da cidade natal. vestibular e conquistar a tão planejada, e idealizada, vida universitária.
Pensando que 84,8% dos inscritos do Enem do ano passado são de fora de São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil deve ser uma das mais escolhidas por jovens que pretendem iniciar uma nova jornada, tanto acadêmica, quanto profissional, em uma nova cidade. Além de abrigar a maior universidade da América Latina, a Universidade de São Paulo (USP), a cidade reúne as principais universidades particulares brasileiras e conglomerados empresariais, sendo conhecida como a capital econômica do país, que oferece as maiores oportunidades para quem deseja entrar e se destacar no mercado de trabalho.
“A mudança para a maior metrópole do país pode ser desafiadora, principalmente quando chega o momento de decidir onde morar. Aqueles que são convocados nas últimas chamadas dos vestibulares ficam com menos tempo para analisar e escolher a melhor opção de moradia. São muitos quesitos que devem ser avaliados pelos pais, responsáveis e alunos”, afirma Juliana Matzenbacher, Diretora de Operações da Share Student Living, empresa especializada em residenciais para estudantes e jovens profissionais.
A executiva lista os cinco principais itens que devem ser observados e avaliados antes da grande decisão:
1. Custo: Além do valor do aluguel, é necessário considerar outros gastos fundamentais como luz, água, internet, mobília e eventuais reformas que sejam necessárias. Alguns condomínios incluem as contas básicas no valor do aluguel, facilitando o dia a dia de quem ainda não tem experiência com a organização doméstica.
2. Localização: São Paulo é muito grande e, apesar de oferecer uma rede de transporte público que atende praticamente todas as regiões, é importante morar minimamente próximo do local de estudos, principalmente para não perder muito tempo em trânsito e diminuir custos. Isso influencia a qualidade de vida do estudante, já que os deslocamentos longos na cidade podem custar um precioso tempo, além de impactar a saúde física e mental, afetando diretamente o desempenho nos estudos.
3. Mobilidade: A rede de transporte público em São Paulo é bem ampla, mas é sempre bom verificar quais linhas de ônibus passam nos pontos mais próximos à residência e se há estação de trem e metrô. Alguns condomínios mais modernos oferecem até bicicletas comuns e elétricas para que o morador possa se locomover com conforto e sustentabilidade.
4. Segurança: é o fator de decisão mais relevante para os estudantes que vão mudar de cidade e, principalmente, para seus pais e responsáveis, que se preocupam com a primeira experiência do jovem na metrópole. É de extrema importância analisar quais aparatos de segurança o condomínio ou a casa compartilhada oferecem, como câmeras internas, externas e portaria 24 horas, bem como a manutenção oferecida e infraestrutura para evitar acidentes domésticos, desabamentos e incêndios, que impactam diretamente a segurança física e patrimonial dos moradores.
5. Burocracia: principalmente para quem precisa se mudar com urgência, a burocracia pode ser um problema. Algumas empresas solicitam mais garantias que outras, além de dificultarem o processo de contratação, mas há as que oferecem contratação 100% digital, com o mínimo de garantia e até visita virtual para quem não puder comparecer ao local antes da mudança.
Seguindo essas premissas, preparamos um Guia de Moradia com os principais estilos de moradia que São Paulo oferece para os estudantes comparando seus serviços e comodidades:
Residencial estudantil (público)
Algumas universidades disponibilizam moradia para uma parcela de estudantes que estejam em vulnerabilidade social ou que tenham tirado notas máximas nos vestibulares, como a Universidade de São Paulo, que faz a seleção por meio doPAPFE. Apesar de muitas universidades públicas oferecerem uma opção de moradia gratuita para uma parcela de estudantes, as vagas são extremamente limitadas e não atendem a todas as necessidades dos residentes, com estruturas mais simples e que não contemplam serviços importantes para o dia a dia como o acesso à internet.
Residencial estudantil (privado)
Seguindo a tendência dos colivings, São Paulo recebeu nos últimos anos empreendimentos focados em moradias individuais ou compartilhadas para estudantes. O formato é parecido com o coliving, porém com toda estrutura e gestão pensada na comunidade de estudantes e jovens profissionais que vivem o mesmo momento de vida e precisam de apoio durante o início de sua jornada em uma nova cidade. A Share Student Living, por exemplo, segue o modelo dos residenciais que já existem há bastante tempo na Europa e Estados Unidos e possui parceria internacional com a Greystar, uma das maiores operadoras globais de residenciais. Essa opção contempla apartamentos mobiliados e áreas coletivas como sala de estudos, coworking, cozinha compartilhada, sala de jogos, lavanderia, bicicletário, academia 24h e wi-fi disponível em todo o prédio. Além disso, promove a gestão dessa comunidade, valorizando a convivência e o compartilhamento com diferentes perfis de estudantes, para que o residente se sinta acolhido, troque experiências e desperte habilidades interpessoais que ele não vai necessariamente aprender na faculdade. Cerca de 15% dos moradores são estrangeiros, o que permite a ampliação do intercâmbio cultural. Essa opção apenas não é indicada para aqueles que preferem viver com pouca interação social, já que promove a integração frequente com outros estudantes.