Por Marion Cunha Dias Ferreira
Uma opção de lazer das mais agradáveis, que oferece economia financeira, espaço físico, interação entre pessoas, práticas esportivas, atividades infantis e ainda podemos inserir o pet. Utilizamos o espaço como uma extensão da nossa casa e aí nos apropriamos dele com certa liberdade, entendendo que ali podemos “tudo”. Ops! Podemos?
Sim, posso fumar porque é ambiente aberto e a fumaça será dissipada, posso levar minha caixa de som porque os outros podem sentar afastados se o som incomodar; da mesma forma posso deixar meu pet correr livre na areia e posso, também, comer à vontade e descartar ali as sobras e embalagens que a natureza se encarregará de degradar. Ok? Não! Embora espaço aberto, que nos transmite liberdade, deve ser tratado como qualquer outro que exija cuidados, limites, bom senso e até mesmo privações, para que meu direito não se sobreponha ao direito do outro, inclusive ao da natureza: de sobreviver.
As gerações atuais vêm sendo educadas pelas escolas – embora eu entenda que isto é uma tarefa prioritariamente doméstica – a cuidar do meio ambiente, já sendo apresentado a estas os problemas ambientais mundiais que estamos enfrentando, com projeções futuras nada animadoras. Dentre estes ensinamentos fala-se muito do descarte do “lixo” nos ambientes públicos e nos coloca como principais responsáveis e de fato somos, pela sujeira nas ruas. Vemos isso nas vias de trânsito, nas praças e parques e nos chamam a atenção as praias, mas por quê?
Quando descartamos “deseducadamente” nas ruas aquilo que para nós já é um inservível, sabemos que ocorrerá a coleta e varrição por parte do poder público municipal com frequência regular, não entrando aqui no mérito da qualidade desse serviço. Na praia também ocorrem estes serviços, inclusive com equipe especificamente treinada, no entanto, tem um fator aí que pode comprometer a eficiência do processo, que é a maré. Até a realização da coleta, os restos deixados na areia das praias pelos frequentadores podem ser carreados pelas ondas e levados para o mar, onde já é sabido de todos nós quem sofre diretamente as consequências da deposição desses materiais na água.
Então, vale a pena bater na tecla: leve seu saquinho para o descarte daquilo que sobrar do seu consumo na praia e, ao sair, disponha numa lixeira, pois assim como a onda leva, ela também devolve.