Nos dias 16 e 17 de dezembro, Salvador recebe a 7ª edição do Festival Radioca. E, antes de apresentar um total de 10 shows, cinco a cada dia, na Fábrica Cultural, no bairro da Ribeira, o evento promove o “Encontro de Festivais de Música da Bahia”, na manhã do dia 16, a partir das 9h, na Casa Rosa, no Rio Vermelho. O público fica convidado para o debate que provocará reflexões em torno da questão: como e em que rumos seguiremos produzindo festivais diante dos novos moldes do mercado da música?
Mediado pela produtora cultural e curadora Ana Morena e por Vince de Mira, diretor da Associação de Festivais Independentes (Abrafin), o encontro pretende reunir representantes de diversos eventos baianos em atividade, com tamanhos variados e com um fundamento em comum: o teor independente, desvinculado de grandes corporações e do mercado mainstream. A ideia é discutir a importância e o papel destes festivais para o ecossistema musical e também para a economia do estado.
Na pauta, estarão as políticas públicas dos poderes municipais, estaduais e federais, incluindo a ausência de políticas específicas; a relação com marcas, empresas e patrocinadores; a colaboração mútua; a contribuição com a cena musical baiana; além da relação com o calendário de festas e eventos programados e produzidos pelo poder público. A proposta é também contribuir para consolidar o papel da Abrafin, bem como provocar a criação de circuitos que facilitem a circulação de artistas do estado e de fora.
O 7º Festival Radioca tem produção da Tropicasa Produções e patrocínio de Devassa e do Governo do Estado da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.
CONTEXTO – Nos anos 1990, o Brasil assistiu ao surgimento de festivais independentes em várias partes do país. Eles se estabeleceram, cresceram e contribuíram para viabilizar um cenário musical de menos visibilidade midiática, mas que sempre prezou por qualidade e diversidade. Com o tempo se consolidaram, tornando-se um dos eixos de sustentação dessa nova produção musical, de cenas locais e das regiões onde são realizados.
Nos anos 2000, esse cenário de festivais deu um salto em qualidade e quantidade com a criação e fortalecimento de políticas públicas muitas vezes destinadas exclusivamente para eles. A Bahia seguiu esse caminho com a criação de diversos festivais, mas eles ainda acontecem de forma isolada, sem estabelecer um circuito ou diálogo. O “Encontro de Festivais de Música da Bahia” é mais um passo para potencializar essas forças, estreitar relações, facilitar o diálogo e trocas, empoderar ações e demandas conjuntas.
SOBRE ANA MORENA – Produtora cultural, curadora e musicista. Sócia e idealizadora do DoSol Combo Cultural, que tem 22 anos de trabalho ininterrupto com música e cultura do país e envolve selo, estúdio, produtora de vídeo e vários projetos como o Festival DoSol, DoSol Instrumental, Pôr do Som e Incubadora DoSol. É fundadora e baixista das bandas Camarones Orquestra Guitarrística, Fortunato e os Jovens de Ontem, Equilibristas do Mundo Torto e, em 2023, foi convidada para compor a Orquestra Greiosa, banda que encabeça um dos principais projetos de Carnaval do Rio Grande do Norte.
SOBRE VINCE DE MIRA – Fundou a Maquinário Produções em 2006. Com a empresa, desenvolve projetos transversais com a finalidade de desenvolver os eixos de formação e difusão no setor musical. Assim, concebeu os projetos IFEM (Incubadora de Festivais e Mostras Musicais) e o Intercenas Musicais. A tecnologia desenvolvida para rotas de circulação, através dos projetos, foi premiada pelo Ministério da Cultura Prêmio Economia Criativa 2013 na categoria “Modelos de Gestão e Empreendimentos Inovadores”. É curador e diretor do Zona Mundi: Circuito Eletrônico de Som e Imagem e do Lado BA: Panorama de Música e Mercado da Bahia. Foi sócio-curador do Commons Studio Bar (2013-2020), espaço com foco em atividades culturais e entretenimento. Em 2021, colocou no ar o sistema www.circuitomodular.com.br, que conecta palcos, criando rotas e notificando artistas cadastrados para que possam desenvolver suas turnês. Foi consultor de negócios para música do projeto Salvador, Capital Afro, da Prefeitura de Salvador. Em 2023, assumiu a diretoria de cultura do Gabinete Português de Leitura da Bahia e faz consultoria de programação e técnica para diversos espaços e projetos culturais.
ENCONTRO DE FESTIVAIS DE MÚSICA DA BAHIA
Quando: 16 de dezembro de 2023 (sábado), 9h
Onde: Casa Rosa (Praça Colombo, nº 106 – Rio Vermelho – Salvador, Bahia)
Quanto: Gratuito
7º FESTIVAL RADIOCA
Quando: 16 e 17 de dezembro de 2023 (sábado e domingo), a partir das 14h30
Onde: Fábrica Cultural (Largo da Ribeira, nº 33 – Ribeira – Salvador/Bahia)
Atrações na ordem de apresentação
Sábado: Outras Vozes (BA) + Dr. Drumah (BA) + Juliana Linhares (RN) + Mahmundi (RJ) + Pato Fu (MG)
Domingo: Aguidavi do Jêje (BA) + Luneta Mágica (AM) + Mãeana (RJ) + Mestre Ambrósio (PE) + Chico César (PB) com participações especiais de Mestre Damasceno (PA) e Vanessa Melo (BA) +
Quanto:
3º LOTE:
1 dia (sábado ou domingo): R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Passaporte para os dois dias: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia)
Vendas: Ingressolive (www.ingressolive.com/7festivalradioca)
Classificação indicativa: 18 anos
Site: https://festival.radioca.com.br
Acesse todos os canais do Radioca: https://linktr.ee/radioca