Reumatologista oferece orientações para aliviar os desconfortos causados pela condição
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica, autoimune, crônica e progressiva, que tem uma prevalência duas vezes maior em mulheres do que em homens, que afeta especialmente as articulações periféricas e pode resultar em deformidades permanentes.
Originada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais que desencadeiam respostas autoimunes e inflamação nas articulações, a artrite reumatoide possui como um dos principais fatores de risco o tabagismo. Os primeiros sintomas normalmente surgem entre os 30 e 40 anos, com uma tendência a se intensificar com o avançar da idade, e incluem dor, inchaço e calor em várias articulações, especialmente nos punhos, acompanhados por uma rigidez prolongada, principalmente pela manhã ao acordar.
O TRATAMENTO
Segundo a Dra. Cláudia Costa, reumatologista na Novaclin em Salvador, embora a artrite reumatoide seja crônica e sem cura, é possível controlá-la eficazmente. “Atualmente, os tratamentos podem modificar a gravidade da doença, sendo possível controlar a maioria dos casos. Quanto mais cedo diagnosticada e tratada, melhor é o controle e mais promissor o prognóstico.” Apesar dos avanços nos tratamentos medicamentosos, estes variam de acordo com o estágio, atividade e gravidade da doença, sendo mais agressivos em casos mais intensos.
“O tratamento baseia-se em medicamentos que modificam o curso da doença, muitos deles com efeitos imunossupressores. Mais recentemente, os agentes imunobiológicos se tornaram parte das opções terapêuticas, alterando significativamente a evolução da doença e controle adequado. Educação sobre a condição, tanto para pacientes quanto para familiares, além de terapias físicas (fisioterapia, terapia ocupacional), são componentes essenciais do tratamento”, explica a Dra. Cláudia.
A progressão da doença pode resultar na deterioração da cartilagem articular e no desenvolvimento de deformidades, limitando a capacidade do paciente de realizar atividades diárias. Portanto, é crucial buscar um reumatologista ao notar os primeiros sintomas, permitindo um tratamento específico e personalizado para cada caso.