Apesar do coração ser símbolo do amor, o cérebro está mais fortemente ligado ao sentimento, mas mesmo assim é possível notar efeitos no coração, afirma o médico cardiologista Dr. Roberto Yano
Quando se fala em amor, o coração quase sempre aparece como protagonista seja em músicas, filmes ou nas tradicionais declarações no Dia dos Namorados. Mas, afinal, existe mesmo alguma relação entre esse órgão e o sentimento de amor?
De acordo com o cardiologista Dr. Roberto Yano , o coração sente, sim, os reflexos das emoções, mas não é ele quem produz o sentimento em si, função é que o cérebro comanda.
“O cérebro é o principal responsável pela parte sentimental, mas o coração responde a esses estímulos emocionais através de alterações fisiológicas, como a liberação de hormônios que regulam a pressão arterial, a frequência cardíaca e controlada o estresse”.
“Ou seja, o coração não está ligado à ‘criação’ do sentimento, esse processo é dirigido pelo cérebro, mas a parte emocional causa impactos em todo o corpo, no sistema nervoso, imune e também circulatório”, explica.
Os efeitos do amor no coração
O médico ressalta que, durante momentos de bem-estar e paixão, hormônios como dopamina e serotonina são liberados no organismo e ajudam a manter o sistema cardiovascular mais equilibrado, além de proporcionar as sensações típicas das chamadas ‘borboletas no estômago’.
Mas por outro lado, o desequilíbrio emocional pode ser prejudicial à saúde do coração. Emoções intensas, como estresse ou ansiedade, causam uma descarga muito forte de adrenalina, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca.
“Se uma pessoa já tem alguma cardiopatia, esse excesso de estímulo pode, em casos extremos, desencadear até um infarto”, alerta o Dr. Roberto Yano.
Sobre o Dr. Roberto Yano
Dr. Roberto Yano é médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que trazem a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.