Nutricionista da UNICID explica o passo a passo com a escolha do estabelecimento e os cuidados com alimentos que podem gerar intoxicação

Muitas famílias recorrem a restaurantes e demais serviços de alimentação para garantir a mesa das festas de fim de ano. Nesse sentido, como é possível se atentar para as questões de segurança alimentar ao realizar um pedido?  

De acordo com a nutricionista da Clínica-escola de Nutrição da Universidade Cidade de S. Paulo – UNICID, Bianca Oliveira, ao realizar um pedido de alimentos para festas de fim de ano, é fundamental tomar alguns cuidados para garantir que a segurança alimentar seja mantida. 

“Primeiramente, avalie bem a escolha do estabelecimento. Não hesite em fazer perguntas sobre os processos adotados para garantir a segurança e qualidade dos pratos, procure referências de outros clientes e avaliações online para verificar a qualidade dos produtos oferecidos”, explica.  

Uma estratégia que pode ser utilizada segundo a especialista, é verificar se o estabelecimento possui certificações de segurança alimentar, como o selo de boas práticas de manipulação de alimentos (Selo BPF). Outro ponto é a embalagem e o transporte das comidas. 

“A embalagem deve garantir a conservação de temperatura e evitar a contaminação cruzada. Alguns alimentos são mais sensíveis e exigem um cuidado maior no controle de temperatura como carnes, pratos com maionese, saladas e sobremesas. Ao receber o alimento, verifique se o veículo de transporte possui refrigeração suficiente para manter o acondicionamento da embalagem. Certifique-se de que não haja sinais de deterioração como mudanças na cor, cheiro ou textura”, aconselha. 

Alimentos que podem gerar intoxicação alimentar 

Além dos cuidados com o estabelecimento e transporte, não se pode esquecer dos pratos tradicionais capazes de gerar intoxicação alimentar, durante as ceias de Natal e Ano Novo.  

“Pratos que exigem um maior tempo de preparo como as carnes, se não forem bem cozidas ou armazenadas de forma adequada, podem se tornar um ambiente propício para proliferação de bactérias”, afirma Oliveira.  

Outro alimento que é muito consumido nesse período é a salada de maionese. A presença de ovos crus ou malcozidos na maionese caseira, pode levar a contaminação da preparação.  

“Prefira utilizar a maionese industrializada, que é feita com ovos pasteurizados. Além disso, mantenha as saladas refrigeradas e consuma-as o mais rápido possível após a preparação”, explica a especialista.  

Os queijos e embutidos também são muito consumidos nessa época do ano, portanto, o recomendado é armazenar esses alimentos sob refrigeração e consumi-los rapidamente. Além disso, é importante evitar deixar os queijos e embutidos fora da geladeira por mais de 2 horas. O aconselhável é colocá-los na mesa quando estiver próximo da hora de consumir.  

Em relação as frutas, elas também são alimentos que podem ser contaminados com facilidade, principalmente depois de cortadas e se deixadas fora da refrigeração.  

“Lave adequadamente todas as frutas com solução clorada antes de cortá-las. Mantenha na geladeira e leve à mesa quando estiver próximo da hora de consumir, uma opção interessante é colocar pequenas porções na mesa e ir repondo conforme a necessidade. Desta forma, é possível evitar que as frutas fiquem expostas por muito tempo sem que ninguém as consuma.”  

Por fim, Oliveira finaliza dizendo que muitas sobremesas natalinas são preparadas com ovos, leite e seus derivados, ou seja, esses alimentos são perecíveis e mais susceptíveis a contaminação. Por esse motivo, as preparações precisam ser mantidas refrigeradas até o momento do consumo. 

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