O espaço cênico criado por Meirelles mantém o caráter contemporâneo de sua dramaturgia, explorando níveis, perspectivas e possibilidades de palco. Instalação onde o público se dilui e se distribui na obra. Uma cena viva, intimista e provocadora
Fabiano, um dramaturgo em crise criativa tem um encontro inusitado com a sua memória, encarnada na personagem marcante de uma professora de Literatura, Leda, que o conduz de volta à escola onde descobriu a paixão pelo teatro, nos anos 1980. À espera de um trem em uma estação europeia, ele vai projetando o passado através de lembranças juvenis, estudantis, recriando e revivendo cenas de sua história, recobrando uma consciência quem sabe apenas fictícia, ou não. A metalinguagem atravessa a narrativa, trazendo a metáfora teatral – com seus elementos, discurso e linguagem – para esse que é o eixo do espetáculo “O trem que nos leva”, peça do premiado dramaturgo Paulo Henrique Alcântara, que nessa montagem de estreia tem a encenação de Marcio Meirelles.
A trama se passa numa escola, onde professores e alunos debatem sobre teatro, cinema, personagens, papeis, dilemas e questões que, no enredo, podem soar como representações artísticas, mas que também podemos ler como analogias sociais e políticas. Sendo assim, entre essas fronteiras, o pano de fundo da Ditadura Militar no Brasil. No limiar entre a Arte, a Cultura e a Educação, um ambiente apaixonado e nostálgico revela no ar um desejo de transgressão e rebeldia. Entre a dramaturgia do autor e a dramaturgia universal, referências e citações de grandes ícones do teatro nacional e mundial. Nessa viagem sensível pelos trilhos da memória, Fabiano redescobre sua fonte criativa. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do espaço ou através do site SYMPLA (LINK): https://www.sympla.com.br/evento/o-trem-que-nos-leva/3048376?referrer=www.google.com

Mesmo utilizando móveis de um cenário realista, o espaço cênico criado por Meirelles mantém o caráter contemporâneo de sua dramaturgia; explorando níveis, perspectivas e possibilidades de palco. Instalação onde o público se dilui e se distribui na obra. Uma cena viva, intimista e provocadora. A música original composta por Ramon Gonçalves expressa um tom de uma saudade e de um passado em suspensão. De lembranças difusas, em que fragmentos de imagens revisitadas dessa memória formam mosaicos de uma história que pode ser a de Fabiano, ou não.
O vídeo, marca estética forte nas obras de Meirelles, se instala na cena, não apenas imprimindo sua ambiência cenográfica e visual, mas, sim, expandindo a compreensão e a construção dramatúrgica.
O elenco formado por Edu Coutinho, Hyago Matos, Lucio Tranchesi, Veridiana Andrade, Vivianne Laert, Wanderley Meira transita como uma dança por essas muitas personagens e poéticas, passeando por essas histórias e cenas com a experiência e a propriedade de quem já vestiu muitas dessas personalidades em suas trajetórias artísticas.
Para ficar atualizado e bem informado sobre todos os eventos e projetos, acesse o instagram @teatrovilvelha e o site www.teatrovilavelha.com.br e acompanhe as novidades da programação.
Este projeto Minotauro em Movimento – Um trem para Marselha foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano IV com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretária Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.
O Teatro Vila Velha é mantido com recursos do Fundo de Cultura da Bahia, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do Edital de Apoio a Ações Continuadas de Instituições Culturais.
SERVIÇO:
Espetáculo “O trem que nos leva”
Dias: 04 a 21 de setembro (de quinta a domingo).Sessões extras todos os sábados às 16h*Em virtude do feriado da Independência, dia 07/09 (domingo) não haverá sessão.
Horário: 19h
Local: Espaço Cultural da Barroquinha – Rua do Couro, s/ n – Barroquinha, Salvador – BA.
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia)
Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do espaço ou através do site SYMPLA (LINK): https://www.sympla.com.br/evento/o-trem-que-nos-leva/3048376?referrer=www.google.com
Classificação Indicativa: LIVRE
FICHA TÉCNICA:
Texto – PAULO HENRIQUE ALCÂNTARA
Encenação – MARCIO MEIRELLES
Assistente de direção – SOPHIA COLLETI
ELENCO:
EDU COUTINHO
HYAGO MATOS
LUCIO TRANCHESI
VERIDIANA ANDRADE
VIVIANNE LAERT
WANDERLEY MEIRA
Direção de produção – SELMA SANTOS
Produção executiva – CLARISSA GONÇALVES E HELENA MARFUZ
Assistente de produção e administração – FLORA VIRGENS E
Assistente de produção executiva: BELLA AZEVEDO
Iluminação – IRMA VIDAL
Operação de luz – TAINÁ DE SOUZA
Música – RAMON GONÇALVES
Desenho e operação de som – THIAGO VINICIUS
Vídeo – RAFAEL GRILO
Direção de Movimento: BÁRBARA BARBARÁ
Cenário, maquiagem e figurino – MARCIO MEIRELLES
Assistente de figurino – HYAGO MATOS
Execução do figurino – ÁUREA NETA
Pintura do figurino – LUIZA BRIZÊ
Coordenação de comunicação: GABRIELA WENZEL
Assessoria de imprensa: ARLON SOUZA
Redes Sociais Minotauro: HYAGO MATOS
Redes Sociais Teatro Vila Velha: JEAN TEIXEIRA E MARLON CHAGAS
Fotografia e videos: ÍCARO SOARES
Realização: GRUPO DE TEATRO MINOTAURO
Parceria: TEATRO VILA VELHA

SOBRE O GRUPO MINOTAURO
O grupo de teatro Minotauro existe desde 2008, a partir da montagem da peça Álbum de família, de Nelson Rodrigues, com direção de Paulo Henrique Alcântara, tendo a atriz Vivianne Laert como protagonista. A partir desse espetáculo, que foi apresentado no teatro Vila Velha, Paulo e Vivianne inauguram uma parceria artística que deu origem ao grupo. Em 2016, eles se reencontram em outro trabalho, A lira dos vinte anos, segunda realização do grupo Minotauro, com texto de Paulo César Coutinho e direção de Paulo.
Essa montagem também estreou no Teatro Vila Velha. Em 2022, o grupo ganha força e afirma sua vontade de seguir criando, em uma sequência de produções. Em 2022 estreou Maldita seja, com texto de Paulo, direção de Hyago Matos e atuação de Vivianne Laert ao lado de Veridiana Andrade. A montagem permanece há 3 anos em cartaz, tendo sido indicada a quatro categorias no Prêmio Bahia Aplaude 2023 (atriz, atriz revelação, texto e espetáculo), valendo a Veridiana Andrade o prêmio na categoria revelação. Além disso, Maldita seja foi indicada em duas outras categorias no Prêmio Nacional Cenym de Teatro 2024, texto e atriz coadjuvante para Veridiana Andrade.
A partir da encenação de Maldita seja, a atriz Veridiana Andrade e o diretor e ator Hyago Matos juntam-se como integrantes do grupo de teatro Minotauro. Em 2024 o grupo estreou Os dias lindos de Celina Bonsucesso, com texto de Paulo e mais uma vez a direção de Hyago Matos, tendo no elenco Vivianne Laert, Veridiana Andrade e mais seis atrizes convidadas, entre elas a consagrada Chica Carelli e Kátia Leal. O espetáculo recebeu 3 indicações no Prêmio Bahia Aplaude 2024 (atriz, Kátia Leal), texto e espetáculo, sendo contemplado nas categorias atriz e texto. Agora, o grupo prepara a estreia de O trem que nos leva, sua próxima realização.
SOBRE PAULO HENRIQUE ALCÂNTARA
Paulo Henrique Alcântara é dramaturgo e professor da Escola de Teatro da UFBA. Estreou no teatro em 1992, como assistente de direção de Yumara Rodrigues na peça Leonce e Lena. Após um período de aprendizado como assistente de direção de nomes como Hebe Alves e Luiz Marfuz, estreou na direção em 1996, com a montagem Fala comigo doce como a chuva, de Tennessee Williams, tendo no elenco João Miguel e Evelyn Buchegger.
No ano seguinte, 1997, dirigiu um texto de Elísio Lopes, Acho que te amava, com Wagner Moura, Vladimir Brichta e Alethea Novaes. Em 1998 dirigiu seu primeiro texto, Lábios que beijei, com Nilda Spencer e Wilson Mello. Em 2001 foi a vez de encenar outra peça de sua autoria, Bolero, com Laila Garin em um dos papéis principais.
Em 2010 e 2017 levou à cena mais duas peças de sua autoria, ambas resultados de montagens de formatura de estudantes de interpretação. Em 2010, Partiste, com estudantes do extinto curso de teatro da Faculdade Social da Bahia, e em 2017, Sublime é a noite, com estudantes do curso de interpretação da Escola de Teatro da UFBA. Em 2020 lançou a coletânea Poéticas de Marcio Meirelles, organizada com Marcos Uzel, fruto da sua atuação como pesquisador e professor do PPGAC-UFBA. Está ligado ao Grupo de teatro Minotauro, com o qual levou à cena os textos de sua autoria Maldita Seja (2022), Os dias lindos de Celina Bonsucesso (2004) e, agora, O trem que nos leva, com direção de Marcio Meirelles.
SOBRE MARCIO MEIRELLES
Fundador do grupo Avelãz e Avestruz (1976-1989), criador e diretor do Espaço Cultural A Fábrica (1982) e diretor de um dos maiores centros culturais do Brasil – o Teatro Castro Alves (1987-1991). Em 1990 criou juntamente com Chica Carelli o Bando do Teatro Olodum. Revitalizou o Teatro Vila Velha e assumiu sua direção artística em 1994. Entre seus trabalhos no teatro, destacam-se: o espetáculo “Ó Pai Ó!”, com o Bando de Teatro Olodum; “Candaces – A Reconstrução do Fogo” (2003), do grupo carioca Companhia dos Comuns, que virou samba enredo do Salgueiro no carnaval de 2007.
Também co-dirigiu, com Werner Herzog, o espetáculo “Sonhos de uma Noite de Verão”, no Rio de Janeiro, para a ECO 92. Dirigiu, para o Bando, nova versão da comédia de Shakespeare, premiada como melhor espetáculo pelo Prêmio Braskem, em 2006. Foi Secretário de Cultura do Estado da Bahia (2007-2010) e, em junho de 2011, assumiu novamente a direção do Teatro Vila Velha, onde criou em 2013 a universidade LIVRE de teatro vila velha. Em 2019, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. “Josefina” é seu 125o espetáculo, entre realizações no Brasil, na Europa e na África.















