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Itaú Cultural Play estreia “Entrenegro”, mostra que discute raça e cinema negro brasileiro

  • Audiovisual, Destaque 2-tela, Tela
  • 2025-08-29
  • Sem comentários
  • 7 minutos de leitura

Mostra exibe 10 produções de realizadores negros, brancos e indígenas, de diferentes épocas e estados, investigando a multiplicidade que marca a formação e a delimitação das negritudes no país. A curadoria é da INDETERMINAÇÕES, plataforma de crítica e cinema negro brasileiro criada pelos pesquisadores Lorenna Rocha e Gabriel Araújo

Seria possível imaginar um lugar entre o que convencionalmente é chamado de cinema brasileiro e o cinema negro brasileiro? Essa é a proposta de Entrenegro, nova mostra da Itaú Cultural Play, plataforma de streaming gratuita do cinema brasileiro. Com estreia marcada para 29 de agosto, a seleção tem curadoria da INDETERMINAÇÕES, plataforma de crítica e cinema negro brasileiro fundada pela historiadora, programadora e crítica cinematográfica pernambucana Lorenna Rocha e pelo jornalista, crítico e curador mineiro Gabriel Araújo.

A mostra reúne 10 filmes de diferentes lugares do Brasil e épocas — da década de 1960 a 2025 —, realizados por cineastas negros, brancos e indígenas, que ressoam as multiplicidades e disputas que caracterizam a formação e a delimitação das negritudes no país. Ao destacar tensões e ambiguidades, as produções desafiam visões essencialistas sobre raça e questionam os pressupostos a respeito do que seria um cinema negro brasileiro. Organizados em eixos que abordam temas como religiosidade, memória e identidades, os filmes de Entrenegro foram pensados pela curadoria para serem assistidos em pares, de modo a friccionar e provocar reflexões entre as obras.

O acesso à Itaú Cultural Play é gratuito, disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG, Android TV e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast. Você também pode encontrar conteúdo da IC Play nas plataformas Claro TV+ e Watch Brasil.

Fricções que geram significado

A mostra Entrenegro começa com o documentário Viramundo (São Paulo, 1965), primeira direção do baiano Geraldo Sarno (1938-2022). Na década de 1960, a capital paulista recebia a cada ano mais de 100 mil migrantes, de várias partes do Brasil, em especial do Nordeste. Nesse contexto de efervescência cultural, Sarno registra depoimentos dessas pessoas, que contam seus sonhos por melhores condições de vida e demonstram a força das religiosidades em meio ao desemprego, à baixa remuneração e à fome. Lançado quase cinco décadas depois, o curta-metragem experimental Terremoto Santo (Pernambuco, 2017) também se volta às relações entre a religião, o corpo e o canto, e, por isso, a curadoria recomenda que seja visto junto a Viramundo.

Realizado em colaboração com grupos locais, Terremoto Santo observa jovens da Zona da Mata pernambucana que encontram, na liturgia evangélica e nos cantos de louvor, possíveis espaços de pertencimento e criação artística em meio ao trabalho. No filme, a dupla de diretores Bárbara Wagner e Benjamin de Burca sublinha aspectos estéticos e sociais do neopentecostalismo, ressaltando as “oralituras” que esses corpos carregam consigo enquanto professam sua fé.

As tensões entre memória e território aparecem em Curió (Ceará, 2022), curta-metragem documental de Priscila Smiths e P.H. Diaz que observa o cotidiano do bairro homônimo em Fortaleza, capital cearense, repercutindo a história das três décadas de sua formação. O registro dessa vida e as falas dos moradores revelam histórias de resistência e esperança em um espaço marcado por violência, mas também por laços comunitários.

Em diálogo com esse filme, o também documentário cearense Alegoria dos autômatos (2021), de Josy Macedo e Clébson Francisco, desconstrói, a partir de trechos de filmes, programas de televisão, propagandas, ilustrações e outras fontes, o mito da democracia racial no Brasil, denunciando as violências e apagamentos que atravessam a história do país.

A terceira dupla é composta pelos documentários Maria Piauí (Ceará, 2025), dirigido por Juma Pariri e pela Coletiva Maria Piauí, e A baiana (Bahia e Rio de Janeiro, 1973), de Moisés Kendler. Os filmes se complementam por oposição: enquanto o primeiro registra a construção, por um grupo de jovens indígenas, de um busto de barro da líder indígena cearense Maria Piauí, o segundo revisita a representação da baiana, considerada um símbolo da cultura brasileira, dando vazão à vida que escapa mesmo em imaginários construídos com base em estereótipos racistas. A cópia de A baiana foi cedida pelo Centro Técnico Audiovisual (CTAv).

A dupla composta pelo curta-metragem documental Waldir Onofre (Rio de Janeiro, 1979), de Tininho Fonseca, e pelo longa-metragem de ficção Mugunzá (Bahia, 2022), de Ary Rosa e Glenda Nicácio, estabelece um contato entre dois momentos específicos da cinematografia negra brasileira. O filme de Fonseca resgata a trajetória do cineasta, ator e roteirista Waldir Onofre (1934-2015), um dos cineastas que marcaram a produção negra brasileira da década de 70 com obras ousadas e populares. Já Mugunzá mistura teatro, cinema e música para contar a trajetória de Arlete, vivida pela atriz Arlete Dias, que busca se reerguer após perder seu amor, seu filho e sua casa. A cópia de Waldir Onofre também foi cedida pelo CTAv.

Fechando a seleção, duas produções contemporâneas aproximam arte e ancestralidade. No curta-metragem documental Mborairapé (São Paulo, 2023), Roney Freitas propõe um imbricamento entre as culturas negras e indígenas quando filma jovens rappers Guarani, da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, que transformam música em afirmação e luta por terra e existência. Já o longa-metragem Cavalo (Alagoas, 2020), de Rafhael Barbosa e Werner Salles, é um híbrido entre ficção, documentário e experimentação que convoca sete jovens dançarinos a mergulhar nos movimentos do corpo para se reconectar com suas origens e espiritualidade.

Sobre a INDETERMINAÇÕES

Plataforma fundada pela historiadora, programadora e crítica cinematográfica pernambucana Lorenna Rocha e pelo jornalista, crítico e curador mineiro Gabriel Araújo, que dedica-se a construir espaços públicos de discussão para pôr em conjunção e enfrentamento os pensamentos que permeiam e extrapolam o campo cinematográfico negro no Brasil. Em atividade desde 2021, realizou o projeto de pesquisa Mapeamento do Corpo Crítico Cinematográfico Negro Brasileiro, o seminário internacional Práticas Críticas do Pensamento Negro e a publicação Trajetórias Críticas. Em 2023, realizou a curadoria da oficina Memórias Pretas em Movimento, idealizada pelo Instituto Moreira Salles e correalizada pelo Instituto Nicho 54, e ministrou a oficina Corpo Crítico, do Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FestCurtasBH). Em 2024, estreou a faixa de programação Sessão INDETERMINAÇÕES, em parceria com o IMS Paulista. Recentemente, também tem atuado com ações de preservação, tendo correalizado as restaurações do longa-metragem Um É Pouco, Dois É Bom (Odilon Lopez, 1970) e do curta Colagem (David Neves, 1968).

Para saber mais, acesse: www.indeterminacoes.com.

Sobre a Itaú Cultural Play

A IC Play é gratuita e está disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG, Android TV e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast, além das interfaces Claro TV+ e Watch Brasil. A plataforma de streaming foi criada em 2021 no dia da celebração do cinema brasileiro, 19 de junho. Iniciado com 135 filmes, atualmente o catálogo apresenta mais de 500, entre longas e curtas-metragens, séries, documentários, animações, filmes infantis e obras de ficção, filmes clássicos e contemporâneos – todos exclusivamente de produção nacional. Ali se encontram, ainda, filmes com recursos acessíveis (Libras, legendas e audiodescrição) e coleções e títulos com teor educativo, voltados para professores e alunos. Até hoje, já passaram pela plataforma mais de 1.500 produções. 

Ficha dos filmes

Viramundo

De Geraldo Sarno (40 min, São Paulo, 1965)

Classificação indicativa: AL – livre (Temas sensíveis e drogas lícitas)

Sinopse: A cidade de São Paulo da década de 1960 recebeu mais de 100 mil migrantes a cada ano — pessoas provenientes das mais diversas regiões do país, sobretudo do nordeste brasileiro. Nesse polo de efervescência cultural, depoimentos contam os sonhos por melhores condições de vida e sublinham a força das religiosidades em meio ao desemprego, à baixa remuneração e à fome.

Terremoto santo

De Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (20 min, Pernambuco, 2017)

Classificação indicativa: AL – livre

Sinopse: Em Palmares, cidade da Zona da Mata, em Pernambuco, marcada pela história da exploração de mão de obra e cana-de-açúcar, jovens encontram-se com a fé e com trabalho por meio da liturgia evangélica e dos cantos de louvor. Aspectos estéticos e sociais do neopentecostalismo, ainda pouco explorados na filmografia brasileira, emergem sem análises sociológicas ou etnográficas.

Curió

De Priscila Smiths e P.H. Diaz (20 min, Ceará, 2022)

Classificação indicativa: A12 – Drogas lícitas

Sinopse: Os quase trinta anos do processo de formação do bairro Curió, em Fortaleza. Por meio da observação cotidiana e dos depoimentos de moradores que construíram essa comunidade, conhecemos mais dessa memória urbana, a relação dos habitantes com o território e as esperanças de quem, apesar da violência, segue existindo.

Alegoria dos autômatos

De Josy Macedo e Clébson Francisco (15 min, Ceará, 2021)

Classificação indicativa: A14 – Temas sensíveis e violência

Sinopse: A partir de trechos de filmes, programas de televisão, propagandas, ilustrações e outras fontes, o filme desconstrói a retórica do racismo à brasileira, enquanto manifesta: “Nós somos o Brasil. Independência é a gente que faz.”

Com legendas descritivas.

Maria Piauí

De Juma Pariri e Coletiva Maria Piauí (13 min, Ceará, 2025)

Classificação indicativa: A10 – Drogas lícitas

Sinopse: Jovens da Serra do Catolé, no Ceará, dispõe de uma série de referências para erguer um retrato de Maria Piauí, matriarca do povoado do Sítio Leite, em Juazeiro do Norte.

Com legendas descritivas.

A baiana

De Moisés Kendler (10 min, Bahia e Rio de Janeiro, 1973)

Classificação indicativa: AL – livre

Sinopse: A figura da baiana, por vezes construída de forma exotizada e racista e por anos reiterada como uma das manifestações mais autênticas da cultura popular brasileira, reflete os estereótipos com os quais pessoas negras foram e são registradas. O filme revela as contradições entre a beleza e a violência que permeiam a história dos símbolos que remetem ao legado africano no país.

Mugunzá

De Ary Rosa e Glenda Nicácio (101 min, Bahia, 2022)

Classificação indicativa: 14 – Linguagem imprópria

Sinopse: Arlete está totalmente dilacerada — perdeu um amor, seu filho e sua casa. Enredada em um contexto de opressão, ela encontra formas de desafiar o patriarcado, o machismo e o preconceito, numa constante busca por compaixão, dignidade e justiça.

Waldir Onofre

De Tininho Fonseca (32 min, Rio de Janeiro, 1979)

Classificação indicativa: A12 – Violência e drogas lícitas

Sinopse: Tininho Fonseca apresenta a vida, os desafios e a visão de mundo do roteirista, ator e diretor de “As aventuras amorosas de um padeiro”, que lança um chamado do cinema negro brasileiro ao inconformismo. Originalmente veiculado no Programa Cinemateca nº 123, foi também exibido como curta-metragem. O material encontra-se no acervo do Centro Técnico Audiovisual (CTAv).

Mborairapé

De Roney Freitas (25 min, São Paulo, 2023)

Classificação indicativa: A10 – Drogas lícitas

Sinopse: A música sempre oferece possibilidades para borrar algumas fronteiras. Jovens rappers Guarani que vivem na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, discutem o processo de criação e expressão cultural por meio da música e da oralidade.

Cavalo

De Rafhael Barbosa e Werner Salles (85 min, Alagoas, 2020)

Classificação indicativa: 14 – Drogas lícitas, linguagem imprópria e nudez

Sinopse: Sete jovens são convidados a mergulhar em um processo artístico de criação a partir de seus corpos e seus movimentos, enquanto dançam nas ruas da cidade e se encontram com suas ancestralidades.

SERVIÇO
Mostra Entrenegro, com curadoria da INDETERMINAÇÕES, de Lorenna Rocha e Gabriel Araújo

A partir de 29 de agosto na Itaú Cultural Play

www.itauculturalplay.com.br

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