Com 60% dos músicos utilizando IA em seus projetos, a ferramenta impulsiona a produção musical e promete um futuro que respeita os direitos dos artistas na era digital
A inteligência artificial está transformando a indústria musical, impactando desde a criação e produção de músicas até a distribuição e proteção dos direitos autorais. O relatório “Editor’s Choice: AI in Music Industry” apontou que, em 2024, 60% dos músicos utilizam ferramentas de IA em seus projetos. Segundo o material, o mercado de IA na música, atualmente avaliado em US$2,9 bilhões, deve atingir US$38,71 bilhões até 2033, impulsionado pelo crescimento da produção automatizada e recomendações baseadas em IA. Apesar das questões éticas e legais, artistas e produtores famosos têm utilizado essa ferramenta em seus trabalhos. Além disso, soluções que contam com inteligência artificial agora fazem parte de outros cenários de grandes eventos como o carnaval brasileiro, seja para auxiliar pessoas, criar obras artísticas, proporcionar informações e etc.
Um exemplo do uso dessa tecnologia no cenário musical brasileiro é um nome muito conhecido, principalmente em época de Carnaval: Leo Santana. Durante a produção de seu álbum “Paggodin”, o cantor enfrentou dificuldades para ir ao estúdio finalizar os vocais, devido a sua agenda lotada. Seu produtor musical Testa recorreu à tecnologia de clonagem de voz baseada em IA disponibilizada pelo app Moises. Assim, através de áudios enviados por Santana via WhatsApp, a ferramenta conseguiu replicar sua voz, permitindo a conclusão das faixas sem comprometer a qualidade ou a autenticidade do trabalho.
Estudos como o “The Impact of Artificial Intelligence on Music: A Review“, realizado pela Universidade de Cornell, apontaram que essa tecnologia tem sido utilizada para gerar composições e automatizar processos de mixagem e masterização, além de melhorar recomendações em plataformas de streaming. Ferramentas como o Spotify DJ usam IA generativa para recomendar músicas e interagir com usuários, enquanto algumas startups oferecem diferentes soluções para os mais diversos desafios para composição, treino e produção musical. A Moises, plataforma de inteligência artificial e música, é um exemplo que vem se destacando, sendo premiada como melhor app do ano para iPad pela AppStore em 2024. O app permite aos usuários separar, mixar e masterizar músicas de forma automatizada, otimizando o processo de produção musical. Geraldo Ramos, CEO e Fundador do app, afirma:
“Apesar de grandes debates terem surgido acerca da IA na música, vários artistas e seus produtores têm utilizado as diferentes funções da nossa plataforma, que atua como uma co-produtora. Nós, da Moises, não apoiamos a substituição de artistas e produtores, mas acreditamos que ferramentas de IA podem potencializar a eficiência de seus projetos profissionais. Nomes como Charles Gavin, Eloy Casagrande, Kevin O Chris, Luana Carvalho e diversos outros já utilizaram Moises em suas criações.”
Outro nome que já vem utilizando a IA e esteve presente no pré-carnaval paulista deste ano, com mais de 120 mil pessoas acompanhando o trio elétrico, de acordo com a sua equipe, é a cantora e compositora Luísa Sonza. Mas, nesse caso, a tecnologia utilizada por ela foi incluída na parte visual de seu último álbum “Escândalo Íntimo”. A artista russa Olga Fedorova criou a capa e contracapa do álbum com técnicas que combinaram pintura manual e pós-produção digital, com auxílio de IA. A iniciativa gerou debates entre os fãs, mas foi considerada uma inovação no cenário musical brasileiro.
Para o carnaval de 2025, além da música, a IA foi utilizada de diferentes maneiras: o Governo do Maranhão criou uma IA chamada ‘Ju na Folia’, que escuta áudios e responde por voz e texto no WhatsApp, fornecendo informações sobre atrações, horários e localização de postos policiais e hospitais de campanha. O próprio WhastApp lançou o “Whatsfolia”, com bot que utiliza IA, onde os usuários poderão consultar a programação dos blocos de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, além de informações como a previsão do tempo, locais úteis, playlists, receitas de drinks e mais. O fotógrafo Pedro Garcia de Moura utilizou a tecnologia para produzir imagens do carnaval carioca; além de empresas de beleza que já utilizaram IA para destacar tendências carnavalescas.
“A utilização da IA deve ser encarada como uma ferramenta de apoio que complementa o trabalho humano, e não como um substituto. Todas as plataformas e desenvolvedores devem adotar práticas éticas, garantindo que os artistas sejam devidamente remunerados e que suas criações não sejam exploradas sem consentimento. Dessa forma asseguramos que a evolução da música na era digital ocorra de forma justa e harmoniosa, beneficiando tanto os criadores quanto os apreciadores da arte”, finaliza Ramos.
Sobre a Music.AI
A Music.AI é uma fornecedora líder de soluções de IA focadas em áudio e música, confiada por gravadoras, agências, empresas de tecnologia e desenvolvedores. Mais de 50 milhões de usuários utilizam as ferramentas da plataforma Music.AI, processando mais de 2,5 milhões de minutos de áudio diariamente. A empresa é criadora do Moises, o principal aplicativo de criação musical impulsionado por IA, que revoluciona a forma como os artistas trazem suas ideias musicais à vida.