Cenário de colapso na saúde do país americano anima médicos do Brasil que veem a chance de mudança gastando menos tempo e dinheiro
Uma carreira consolidada de médico no Brasil requer anos de formação, mais anos de residência, constantes especializações, incontáveis plantões, abdicação do tempo com a família e fazer parte do sistema público de saúde, de convênios médicos, hospitais particulares ou abrir seu consultório.
Parte dessa realidade é o momento de carreira do médico Rafael Duarte, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), anestesiologista pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e profissional numa grande rede de hospitais particulares na capital carioca. Mas, encarando a rotina e as perspectivas, no longo prazo da sua carreira e acompanhando as notícias de que os Estados Unidos estão cada vez mais à procura de médicos estrangeiros, decidiu iniciar seu processo de validação do diploma para ingressar no sistema de medicina americano.
Para quem sabe um pouco do assunto, esse processo costuma ser solitário, demorado e oneroso, além de afetar o sistema emocional diante de tantos desafios. Foi aí que Rafael sentiu a necessidade de compartilhar os aprendizados no seu processo oferecendo mentoria completa para médicos brasileiros que desejam sair do Brasil rumo aos EUA.
“Muitos imigrantes formados como médicos, cirurgiões, enfermeiros e dentistas extremamente qualificados não conseguem revalidar sua educação internacional nos EUA por conta das muitas barreiras e do processo longo e caro. Então ao criar a RD Medicine que conta com mais de 20 professores bilíngues e já validados, mais de 2 mil alunos e um faturamento de 15 milhões de reais, onde toda a trajetória é realizada com o apoio, suporte dos profissionais da Escola são três etapas: mentoria, escola de inglês e estudo para a prova, o aluno absorve todo o conteúdo necessário e realiza todas as atividades para que ao final dos 2 anos, ele receba o diploma validado para os EUA e já possa aplicar para o sistema de saúde americano. Então, muitos médicos residentes no Brasil estão enxergando essa possibilidade de fazer as provas e já entrar numa vaga de trabalho sem precisar refazer a residência, além da diferença salarial, em média salarial de US$ 32.177 por mês, o equivalente a cerca de R$ 160 mil, contrastando com a média salarial de R$30 mil dos brasileiros”, explica Rafael Duarte.
Essa projeção de escassez dos profissionais de saúde nos EUA traz um cenário de colapso para o país, que tem cerca de 40% dos médicos atuantes, em sua maioria estão na fase de aposentadoria (55 anos) com patrimônio líquido de US$ 2 milhões de dólares, por isso diversos estados americanos, como a Flórida, estão, aprovando um novo pacote de lei conhecido por “Live Healthy” que promete atrair médicos estrangeiros para o estado americano. O Tennessee foi pioneiro em reconhecer a importância de integrar rapidamente médicos estrangeiros ao sistema de saúde para combater a falta de profissionais. Agora, a Flórida está seguindo esse exemplo e, com a nova legislação, beneficia especialmente os brasileiros, eliminando a necessidade de repetir a residência nos EUA.
A escassez de médicos se dá por diversos fatores como: a quantidade de faculdades de medicina é insuficiente e as vagas são limitadas, o custo altíssimo dos cursos superiores nos Estados Unidos que são um dos mais caros no mundo, e não existem faculdades gratuitas como no sistema brasileiro; a falta de profissionais também sobrecarrega os que estão ativos no mercado, e a concentração nos grandes centros deixa a população rural desassistida e o envelhecimento da população que necessita de cuidados médicos. Além de médicos, outros profissionais da saúde também são procurados como enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais técnicos em radiologia, entre outros.
Diante disso, outro médico brasileiro e também gestor em saúde, Neymar Lima identificou a oportunidade e desenvolveu o projeto inédito MedStation – hub internacional de cuidados com a saúde, o jeito de atender brasileiro com a infraestrutura americana – que atende cerca de 300 a 450 pacientes por dia em regiões de Pompano, Sunny Isles, Weston, Orlando e os planos são abrir uma MedStation para cada 10 mil brasileiros em solo americano. A MedStation possui profissionais trilíngues, espanhol, português e inglês, atendimento por telemedicina, laboratórios que entregam resultados no mesmo dia, mas o foco é atender a família brasileira, porque o modelo americano de saúde possui o hospital (urgências), o urgent care (clínicas sintomáticas) e os consultórios. “Não há um lugar nos EUA no qual você consegue consultas, procedimentos estéticos, exames preventivos, de laboratório, clínicos, ultrassom, reposição hormonal, emagrecimento, nosso horário é das 07am às 07pm para atender o público, tudo isso só é possível na MedStation”, explica o gestor.
Como médico do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil por mas de 15 anos e visão de gestor em saúde, Neymar Lima é fundador do instituto ortopédico de Palmas (TO), fundador da sociedade brasileira de ortopedia de Tocantins, membro da academia americana de ortopedia, membro da academia americana de medicina regenerativa e CEO da MedStation.
Rafael Duarte e Neymar Lima estarão no Brasil nos dias 2 e 3 de novembro como, dois dos 30 palestrantes do IMIGRE AMÉRICA, evento inédito e exclusivo com público esperado de cerca de 1200 pessoas presentes e mais 5 mil ao vivo online.
Idealizado pelo Bruno Corano, economista, empresário, investidor, host do Wall Street Cast e um dos integrantes do Manhattan Connection, o evento será na sede da Câmara de Comércio Americano (AMCHAM) em São Paulo, para aqueles que sonham em começar uma nova vida na América. Os renomados especialistas de diversas áreas irão fornecer dicas valiosas, informações detalhadas sobre o processo de imigração, adaptação e sucesso nos Estados Unidos.