Segundo um estudo de acompanhamento realizado durante 20 anos e publicado recentemente no periódico científico JAMA Women’s Health, mulheres com menos de 60 anos têm taxas mais baixas de efeitos adversos e uma relação de benefício-risco mais favorável da terapia hormonal do que mulheres que iniciam o tratamento na pós-menopausa.
O documento aponta que a terapia hormonal deve se iniciar na pré-menopausa para o tratamento de ondas de calor moderadas a graves, suores noturnos e outros sintomas da menopausa, uma indicação também aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana.
Como se preparar para a menopausa de forma saudável? Para Izabelle Gindri, cientista, doutora em Engenharia Biomédica, farmacêutica e cofundadora e CEO da bio meds Brasil, fabricante de implantes absorvíveis é possível passar por este período com tranquilidade e resiliência.
Com a queda progressiva dos hormônios, começam a surgir sintomas mais vagos, que confundem-se com outras condições médicas. Fisicamente, são frequentes a sensação física de cansaço, a falta de energia e disposição, os problemas do sono, como a dificuldade de dormir e insônia, o ressecamento da pele e a flacidez. A saúde psicológica e cognitiva também sofre impacto.
Os principais exames que mostram a aproximação da menopausa é a dosagem do FSH (Hormônio Folículo Estimulante) e do Estradiol. Conforme esta fase se aproxima os ovários se tornam menos responsivos ao FSH, e seus níveis aumentam na tentativa de promover o equilíbrio hormonal.
“Atualmente é reconhecido que a principal estratégia para aliviar os sintomas do climatério consiste na adoção de hábitos saudáveis aliados com a terapia de reposição hormonal. A reposição hormonal visa equilibrar os níveis de hormônios diminuídos nesse período, sendo o Estradiol e a Progesterona os principais hormônios utilizados”, diz Izabelle Gindri.
A literatura científica também tem evidenciado diversos benefícios na saúde física, psicológica e sexual com a reposição da Testosterona em mulheres que apresentam níveis baixos desse hormônio. No Brasil a utilização dessas substâncias já está consolidada nas formas de pílulas, géis, adesivos e injetáveis. Recentemente, muito se tem discutido sobre a terapia hormonal com implantes subcutâneos que são aplicados sob a pele da paciente. A forma de reposição via implantes subcutâneos tem se demonstrado eficaz e segura, sendo utilizada há mais de 50 anos nos Estados Unidos e Europa.
Por meio da via de aplicação característica dos implantes subcutâneos, as substâncias são liberadas na corrente sanguínea de forma gradual e controlada desde o momento da implantação, podendo manter a terapia de reposição continuamente de 3 e 6 meses sem nenhuma intervenção médica adicional. Dessa forma, os níveis hormonais podem ser mantidos dentro dos limites fisiológicos, sem a variação da dose que ocorre quando se tem que aplicar ou ingerir a substância de forma recorrente todos os dias.
O principal benefício desse efeito é a diminuição dos efeitos colaterais envolvidos com a utilização dos hormônios, os quais ocorrem quando a dose passa do limite costumeiramente reconhecido pelo organismo da mulher. A aplicação dos implantes subcutâneos é um procedimento ambulatorial feito por profissionais médicos treinados e capacitados para uma implantação segura. Após a aplicação, não é necessário realizar a remoção dos implantes, pois eles são completamente absorvidos pelo organismo.