O que Michelle Obama, Angélica, Luiza Brunet e Serena Williams têm em comum? Todas são mulheres que usaram sua fama e influência para falar sobre um assunto que ainda é tabu na sociedade: a menopausa e como esse momento da vida têm grande impacto na autoestima. No Brasil, o tema começa, aos poucos, a ganhar força e “sair do armário” e muitas pessoas se sentem cada vez mais livres e confiantes para falar sobre suas vivências nesse período da maturidade que chegam às mudanças fisiológicas e emocionais que impactam a autoestima.
Fato é que parar de menstruar vem sendo tratado como um marco do envelhecimento, especialmente em uma sociedade onde juventude e beleza são supervalorizadas. Mudanças no corpo, sintomas desconfortáveis e inseguranças em relação à sexualidade são apenas alguns dos desafios enfrentados pela maior parte delas, uma vez que, segundo uma publicação da Revista Brasileira Análises Clínicas (RBAC), 70% das mulheres quando entram nessa fase experimentam sintomas desagradáveis decorrentes da redução dos níveis hormonais. Co-fundadora da Plenapausa, empresa que visa levar informação, cuidado e tratamento para mulheres 40+ a partir da menopausa, Carla Moussalli destaca a importância de compreender que, nesse momento que marca o fim da sua vida reprodutiva, é necessário reforçar a importância do autocuidado, acolhimento e autoamor como parte essencial para o bem-estar.
“É um momento de transição único e delicado, no qual esses elementos são fundamentais para promover o equilíbrio emocional e físico. A prática do autocuidado permite que nós, mulheres, nos reconectemos mais com nós mesmas, cuidando da saúde mental e física com mais atenção e carinho. O acolhimento, tanto por parte de profissionais de saúde quanto da rede de apoio familiar e social, oferece suporte emocional e compreensão durante essa fase de mudança. O autoamor se torna um aliado poderoso, incentivando as mulheres a se tratarem com gentileza, aceitação e amor próprio, promovendo uma relação mais positiva consigo mesmas e com seus corpos. Esses aspectos são essenciais para enfrentar os desafios da menopausa com sabedoria e bem-estar emocional,” diz.
Dicas para melhorar a autoestima na menopausa
Aceite e celebre suas mudanças: a menopausa é uma fase natural e deve ser vista como uma oportunidade para se reconectar consigo mesma e abraçar a vida que você já viveu e tudo mais que ainda está por vir. Ao invés de se concentrar apenas nos aspectos negativos que derrubam a autoestima na menopausa, procure valorizar suas experiências, conquistas e sabedoria acumulada ao longo dos anos. A autoaceitação e a celebração das mudanças podem contribuir para uma maior autoestima e bem-estar emocional durante essa nova fase da vida.
Priorize o autocuidado: dedique tempo para cuidar de si mesma. Isso pode incluir atividades como exercícios físicos, meditação, yoga ou simplesmente reservar um momento tranquilo para relaxar. Além disso, buscar apoio emocional, seja através de conversas com amigos próximos ou terapia, pode ser fundamental para lidar com as mudanças emocionais que podem ocorrer durante a menopausa.
Adote uma alimentação saudável: uma dieta equilibrada pode ajudar a melhorar os sintomas da menopausa, como os fogachos e a irritabilidade. Priorize alimentos ricos em cálcio (para a saúde óssea), vitamina D, fibras e ácidos graxos ômega-3. Também é importante consumir alimentos ricos em fitoestrógenos, como soja e linhaça, que podem ajudar a regular os níveis hormonais.
Alivie os sintomas da menopausa: existem diversas opções de produtos no mercado que podem ajudar a aliviar os sintomas desconfortáveis da menopausa, como os fogachos e a secura vaginal. Produtos à base de suplementos de isoflavonas de soja ou cremes vaginais hidratantes, podem oferecer alívio.
Invista na reposição de colágeno: com a idade e a chegada da menopausa, a produção de colágeno pela pele diminui, o que pode levar a rugas e perda de firmeza. A suplementação de colágeno pode ajudar a melhorar a elasticidade da pele, reduzir rugas e, assim, melhorar a autoestima.
Moussalli também fala da necessidade de se olhar o envelhecimento com lentes atuais, afinal, ter 40, 50 ou 60 anos nos dias de hoje não é como há décadas atrás. “Com movimentos e pautas sobre longevidade tomando cada vez mais força, muitas mulheres ‘têm trazido para mesa’ também a questão da inclusão para todas as idades. As gerações mais novas estão testemunhando os efeitos prejudiciais dos estereótipos estéticos e, por conseguinte, demandam uma representação abrangente. Em um contexto cultural centrado na juventude, as empresas devem revisar sua abordagem em relação ao envelhecimento, e valorizar todas as faixas etárias com as benesses que só o tempo e experiências de vida são capazes de prover”, afirma.
Plenapausa
Primeira Femtech no Brasil com foco na saúde da mulher a partir da menopausa. Entendendo que hoje, no Brasil, são cerca de 35 milhões de mulheres em idade menopausal e 85% delas sentem os sintomas em maior ou menor grau. Ainda que parte do público feminino desconheça os sintomas, a Plenapausa tem como missão gerar informação, cuidado e tratamento às mulheres durante essa fase, que a partir de pesquisas e dados, busca constantemente criar soluções efetivas para esse público. A femtech recebeu aceleração da Matter, maior hub de inovação em saúde dos Estados Unidos.