Famosas como Bruna Gonçalves e Graciele Lacerda provaram que é possível manter-se ativa e saudável na gravidez com exercícios de resistência adaptados
Se antes a gravidez era associada a um período de descanso e cuidados limitados, hoje ela é vista como uma fase em que o bem-estar e a saúde da mulher estão no centro das atenções. Nesse contexto, o treino resistido, popularmente conhecido como musculação, se torna um exercício cada vez mais praticado pelas grávidas. Não à toa, Bruna Gonçalves, esposa de Ludmila e Graciele Lacerda, casada com Zezé di Camargo, compartilharam recentemente suas rotinas de treino resistido e outros exercícios durante a gestação. A modelo Graciele Lacerda, que mantem uma rotina de atividades físicas durante a gravidez, destacou em suas redes sociais que manter sua rotina de treinos tem ajudado a não sentir certos incômodos, comuns no período gestacional.
De acordo com Igne Pena, coordenador de educação física da Academia Silva Gym, no Rio de Janeiro, elas mostraram ao mundo que o exercício, especialmente o treino de resistência, pode ser uma excelente forma de garantir uma gravidez saudável, manter o condicionamento físico e até mesmo preparar o corpo para o parto e para o período de recuperação.
Além dos benefícios físicos, a musculação durante a gestação também contribui para o equilíbrio emocional das futuras mães. No Guia de Atividade Física para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde, a musculação é apontada como um dos exercícios recomendados. O coordenador da Academia Silva Gym explica que a musculação pode fortalecer músculos específicos, como os da região pélvica e a lombar, prevenindo dores e melhorando a postura e a flexibilidade.
“O treino resistido, também conhecido como musculação, é ideal para fortalecer o corpo e ajudar a gestante a se adaptar às mudanças corporais. As grávidas costumam sentir dor na região lombar, devido ao peso adicional da barriga, e o treino resistido fortalece a região abdominal e ameniza os de desconfortos gerados pela gravidez”, explica Igne Pena.
Adaptações para cada fase da gestação
A cada trimestre, o corpo da gestante passa por novas adaptações, e a musculação pode – e deve – ser ajustado para acompanhar essas mudanças de forma segura. “A princípio, a frequência deve ser a mesma que a gestante já estava habituada a treinar, podendo ser reduzida ao longo da gestação. Altas intensidades de carga devem ser evitadas nos primeiros meses e completamente abolidos nos meses finais” pontua o treinador.
Além do físico: bem-estar emocional e autoestima
Para muitas gestantes, manter uma rotina de treino resistido não traz apenas benefícios físicos, mas também emocionais. “O exercício promove a liberação de endorfinas, ajudando a reduzir o estresse e melhorando o humor”, explica Igne. Essa prática também contribui para a autoestima, uma vez que as mulheres se sentem mais fortes e conectadas com o próprio corpo durante a gravidez.
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