Dados da FIDI revelam que mulheres representam 68% dos casos com achados compatíveis com EM entre 2019 e 2025

Entre janeiro de 2019 e julho de 2025, a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) analisou milhares de ressonâncias magnéticas realizadas em suas unidades e identificou que mulheres concentram 68% dos achados compatíveis com Esclerose Múltipla (EM).  Só em 2024, foram registrados 148 casos no público feminino contra 69 em homens. O levantamento revelou um aumento expressivo em relação a 2023, quando foram detectados 91 achados em mulheres e 45 em homens. Na comparação com 2022 (104 em mulheres e 38 em homens), o crescimento também se manteve.  
 
Já no primeiro semestre de 2025, os dados parciais, até julho, apontam 83 achados em mulheres e 48 em homens, o que indica que, caso o ritmo se mantenha, os números podem superar novamente os registros do ano anterior.  Esses dados reforçam uma tendência mundial: a doença é de três a quatro vezes mais frequente em mulheres e costuma se manifestar entre os 20 e 40 anos, período de maior atividade pessoal e profissional1. 

A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune e crônica que afeta o sistema nervoso central e compromete a vida de milhares de brasileiros em idade produtiva. O Dia Nacional de Conscientização sobre a EM, celebrado em 30 de agosto, destaca a importância do diagnóstico precoce, do tratamento contínuo e do apoio aos pacientes. 

Nesse contexto, a Ressonância Magnética (RM) é considerada exame fundamental para a detecção e o acompanhamento da doença. Em 2024, a FIDI realizou mais de 5 milhões de exames de imagem no Brasil, incluindo 20,4 mil ressonâncias magnéticas relacionadas à EM. “A FIDI nasceu com o propósito de salvar vidas e transformar a saúde. Acreditamos que exames preventivos são essenciais para o diagnóstico precoce de doenças e, por isso, nos empenhamos diariamente para ampliar o acesso à população”, afirma Simone Vicente, CEO da Fundação. 

Padrão-ouro no diagnóstico. Dentre os exames de imagem, a ressonância magnética é considerada o exame de excelência por ser a mais sensível para detectar as lesões inflamatórias e desmielinizantes características que caracterizam a EM. O exame permite visualizar a localização, a quantidade e a evolução das placas, além de identificar se são novas ou antigas, fator essencial tanto no diagnóstico inicial quanto no monitoramento da doença. Segundo a CEO da FIDI, entre os principais exames oferecidos pela instituição destacam-se: 

• RM Crânio: fundamental para identificar lesões cerebrais, presentes na maioria dos pacientes. 
• RM Coluna Cervical: crucial para avaliar lesões na medula espinhal, associadas a sintomas como fraqueza muscular. 
• RM Órbitas: utilizada em casos de suspeita de neurite óptica, um dos sinais iniciais mais comuns da EM. 

Outros exames, como a AngioRM Crânio Arterial e Venosa e a RM Crânio Sequência Fiesta/Ciss, também são utilizados quando há necessidade de descartar condições associadas ou aprofundar a investigação de sintomas específicos. “Todo esse portfólio nos permite prestar um serviço capaz de detectar e acompanhar a evolução da EM, ajudando médicos a definirem o melhor tratamento e oferecendo mais qualidade de vida aos pacientes”, reforça a executiva. 

Embora a proporção de achados ainda seja baixa em relação ao total de exames realizados pela FIDI (entre 0,45% e 1,06% das RMs), os números absolutos crescem ano a ano, refletindo a alta demanda da população por diagnósticos de precisão e a confiança nos serviços da Fundação. Os dados da FIDI também trazem registros de achados em crianças e idosos, evidenciando que, apesar da predominância entre adultos jovens, a doença pode se manifestar em qualquer idade. 

Mais do que confirmar a doença, a RM possibilita o acompanhamento regular da evolução da EM. O mapeamento de novas lesões permite ajustar tratamentos, monitorar respostas às terapias e oferecer melhores condições de vida ao paciente. “O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento antes que a doença cause incapacidades mais severas, enquanto o monitoramento constante garante decisões clínicas mais seguras e maior previsibilidade sobre a evolução da EM”, explica Dr. Harley de Nicola, superintendente médico da FIDI. 

Com presença em mais de 90 unidades de saúde distribuídas em São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a FIDI alia tecnologia de ponta e expertise médica para oferecer diagnósticos assertivos e acessíveis.  “Nosso compromisso é ampliar o acesso e contribuir para que a esclerose múltipla seja tratada de forma mais eficaz, devolvendo qualidade de vida e esperança aos pacientes e suas famílias”, conclui Simone Vicente. 

Referência: 

[1] Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde. Dia Mundial da Esclerose Múltipla. https://bvsms.saude.gov.br/eu-me-conecto-nos-nos-conectamos-30-5-dia-mundial-da-esclerose-multipla