A terça-feira (4 de novembro) promete ser de muita energia, música e celebração da ancestralidade em Salvador. Da percussão feminina no Pelourinho às jams no Rio Vermelho, a capital baiana será palco de encontros potentes que unem arte, militância e cultura negra, em diálogo direto com a Segunda Conferência Global de Artivismo, que acontece na cidade.
A Mulherada, Didá e Maracatu Ventos de Ouro
A partir das 18h, o Largo do Pelourinho será tomado pela batida das alfaias e dos tambores femininos. O grupo A Mulherada convida Didá e Maracatu Ventos de Ouro para um grande cortejo até o Cruzeiro de São Francisco. Um espetáculo gratuito e a céu aberto, que celebra a força das mulheres na percussão, suas cores, ritmos e ancestralidades — marcas desses três coletivos que simbolizam resistência e poder feminino em Salvador.
Afrocidade no MUNCAB
Mais tarde, o Afrocidade sobe ao palco na abertura da exposição internacional “Memória: relatos de uma outra história”, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB). A mostra, com curadoria de Nadine Hounkpatin e Jamile Coelho, faz parte da Temporada França-Brasil 2025 e reúne artistas negras da África e da diáspora, propondo um potente diálogo entre arte e decolonialidade.
Ministereo Público e Celia Sampaio no Largo Tereza Batista
No Largo Tereza Batista, o público vai dançar ao som do Ministereo Público Sound System e da Rainha do Reggae Brasileiro, Celia Sampaio, diretamente de São Luís do Maranhão, a Jamaica Brasileira. A noite conta ainda com o Daspu Fashion Show, DJ Cavem (EUA) e Slam das Minas, a partir das 19h, com entrada gratuita.
IFÁ leva o afrobeat ao Largo Quincas Berro D’Água
A banda IFÁ, referência do afrobeat baiano, também marca presença no Global Artivism com show no Largo Quincas Berro D’Água, a partir das 19h. O grupo mistura influências africanas, reggae, funk, dub e ijexá, reafirmando sua trajetória ligada à música independente e à pulsação dos blocos afro e afoxés.
Encerrando a noite: Ubuntu Session – Black Jam
A programação segue até o Rio Vermelho, onde, às 21h, a Ubuntu Session – Black Jam toma conta da Só Shape (Rua João Gomes, 25, sobreloja). A noite é dedicada à improvisação instrumental com base no jazz e na black music, encerrando com o som do Niti Seletor. A entrada também é gratuita.
Com cortejos, tambores, reggae, afrobeat e jazz, Salvador vive hoje uma verdadeira celebração da diversidade e da potência criativa negra, afirmando-se como uma das capitais mais vibrantes do artivismo no mundo.















