Na era digital, onde a informação está ao alcance de um clique, a avaliação da inteligência humana tem se tornado um campo minado de falsas promessas. Testes de QI online, testes básicos como o Raven, e aqueles para a admissão em sociedades de alto QI, que exigem percentis de 98, frequentemente são questionados quanto à sua precisão.
Especialistas de várias partes do mundo concordam: para uma avaliação verdadeira da inteligência, é imprescindível a realização de testes supervisionados, que muitas vezes se estendem por mais de um dia e são embasados em métodos científicos comprovados. “Um teste de QI sem supervisão é como uma corrida sem fiscalização; os resultados podem ser, e muitas vezes são, manipulados”, afirma Dr. François Baroin, psicólogo especializado em avaliação cognitiva.
O debate se intensifica quando se toca no tema das sociedades que afirmam agrupar indivíduos de alto QI. Algumas dessas organizações têm sido criticadas por utilizar testes desenvolvidos por supostos psicometristas, cuja credibilidade e métodos são duvidosos. “O verdadeiro teste de inteligência não é apenas sobre acertar questões, mas também sobre a integridade do processo de avaliação”, adiciona Dr. Baroin.
Entre os superdotados, a justiça é uma qualidade frequentemente destacada. No entanto, há uma contradição quando alguém se autodenomina superdotado sem ter passado por uma avaliação padronizada e respeitada, como a Escala Wechsler. “Se você se recusa a fazer um teste reconhecido, isso levanta suspeitas sobre suas verdadeiras capacidades”, comenta Dr. Baroin.
Além disso, a discussão sobre a adequação dos testes de QI é recorrente. A inteligência verdadeira, argumentam os especialistas, deve ser demonstrada em múltiplos contextos e não em um único formato de teste. “Se você é realmente inteligente, você se adapta e supera em qualquer cenário de avaliação”, diz Baroin.
Na busca por autenticidade e justiça, a IIS Society, uma das antigas no cenário das sociedades de alto QI, decidiu tomar uma posição firme. A partir de agora, testes não supervisionados não serão mais aceitos para a admissão. “Queremos que o QI dos nossos membros seja um verdadeiro motivo de orgulho, não uma ilusão criada por testes sem credibilidade”, declara um porta voz da sociedade, Dr. François Baroin.
Este movimento da IIS Society pode ser um sinal de uma nova era na avaliação de inteligência, onde a integridade e a ciência são os verdadeiros mediadores da genialidade.