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TEA ou tela? O desafio de diagnosticar infâncias hiperconectadas

  • Destaque 1-palavras, Educação, Palavras, Sub-Editoria Palavras
  • 2025-06-06
  • Sem comentários
  • 2 minutos de leitura

Por Sheron Mendes

Nunca se falou tanto em autismo. Em 2023, o Censo Demográfico revelou que 2,4 milhões de brasileiros declararam ter diagnóstico de TEA. Ao mesmo tempo, o Brasil também é um dos países com maior tempo de exposição digital infantil. Crianças de seis anos já acumulam, em média, 5,5 horas diárias diante das telas, tempo superior ao de sono REM, leitura compartilhada e brincadeiras ao ar livre. Coincidência? 

Pesquisas recentes em neuropsicologia apontam que não. As funções executivas, como atenção, autocontrole e memória de trabalho, são profundamente sensíveis ao tipo de ambiente em que a criança se desenvolve. Quando o vínculo afetivo, o brincar simbólico e a escuta empática são substituídos por estímulos digitais rápidos, o cérebro da criança reorganiza sua arquitetura. E o que isso significa? Significa que muitos dos sinais hoje atribuídos ao espectro autista, falta de fixação no olhar, vocabulário algumas vezes empobrecidos e estereotipias motoras, também podem surgir como efeitos de um ambiente empobrecido e superconectado às telas. 

Essa sobreposição gera um dilema ético e clínico. Ao invés de um diagnóstico estruturado e cuidadoso, podemos indagar a tendência de rotular comportamentos sem considerar o contexto digital, visto que, o vício em telas é novo e não muito debatido. O risco é claro: medicalizar reações adaptativas e negligenciar o papel das relações humanas no desenvolvimento. 

Esse alerta não é uma negação do autismo, muito menos uma deslegitimação de diagnósticos sérios. Trata-se de um convite a reabrir o diálogo entre a neurociência, a educação e a clínica, assumindo que o cenário atual exige mais escuta, mais observação, mais presença. Precisamos substituir a pressa diagnóstica pela paciência do vínculo. Precisamos de escolas que conheçam o repertório digital dos seus alunos, e de profissionais da saúde que perguntem, antes de medicar: como essa criança brinca? Com quem ela se relaciona? O que ela assiste? Por quanto tempo? 

Há muito mais entre o tablet e o transtorno do que se supõe nos protocolos apressados. O diagnóstico de TEA exige critérios bem fundamentados, mas também exige humanidade. E isso se aprende no olhar, na pausa, na escuta e principalmente, nos estudos científicos. Talvez, o que falte a muitas crianças não seja um rótulo, mas alguém que as veja fora da tela. 

*Sheron Mendes é Bióloga, especialista em Neurociência do Comportamento e professora dos cursos de pós-graduação em Educação na UNINTER. 

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