A partir de 03 de setembro, terça-feira, estão abertas as inscrições para o 1º Festival Os Filmes Que Eu Não Vi, uma realização da Água Doce Produções. Idealizado por Solange Souza Lima Moraes, o festival tem como objetivo dar visibilidade a filmes de todo território nacional que foram produzidos, mas não foram distribuídos, que circularam apenas em festivais de cinema, sem jamais chegar a uma janela de exibição, seja na TV, no Cinema ou no VOD – vídeo por demanda.
Para tanto, o 1º Festival Os Filmes Que Eu Não Vi será realizado em dezembro, na Sala Walter da Silveira, em Salvador, com exibições, mesas de debate, fóruns e premiações dos filmes selecionados. Em seguida, ao longo dos meses de janeiro a maio de 2025, a programação de exibição será contínua na Sala Walter da Silveira e na plataforma online CINEBRASILJÁ.
As inscrições serão realizadas exclusivamente de forma digital pelo site www.osfilmesqueeunaovi.org
O 1º Festival Os Filmes Que Eu Não Vi surgiu quando sua criadora, Sol Moraes, ainda presidenta da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta Metragistas – ABD Nacional, presenciou os inúmeros filmes que circulavam apenas em festivais de cinema, sem jamais chegar a uma janela de exibição, seja na TV, no Cinema ou no VOD.
“Ver nascer o projeto Os Filmes Que Eu Não Vi, através da Água Doce Produções é um presente duplo. Primeiro porque é a realização de um sonho de mais de 15 anos, desde que comecei a circular pelo Brasil e interior da Bahia e ver que filmes rodados não chegavam a 80 % da população brasileira. Segundo porque ser contemplado exatamente pela empresa da minha sobrinha, Amanda Lima, que me ajuda a concretizar esse sonho é muito simbólico, pois ela hoje é também do Cinema e fica como uma passagem de saber para ela e para Silvia, também minha sobrinha, que estão no projeto”, afirma Solange Moraes.
“Os Filmes Que Eu Não Vi fala sobre muito além do que revelar filmes, pois eles revelam identidades, histórias, mas também as locações onde foram rodados. É muito importante para nós saber os bastidores que deram vida a essas histórias, como estão essas equipes hoje, como eles impactaram ou não nessas cidades. O Cinema nos abre um leque de ações, desde a contação das histórias, até apreensão no tempo/espaço de momentos que se eternizam para levar para além das nossas fronteiras, não só as nossas histórias, mas também a nossa forma de viver, nossa cultura, nossa identidade. São caleidoscópios eternizando música, poesia, literatura, artistas, arquiteturas, matas, rios, pássaros. Você assiste um filme, dez anos depois você vê a mudança cultural de um lugar, da nossa gente.
Por isso nossa frase é “Nosso Cinema, Nossa Identidade”, completa.
O 1º Festival Os Filmes Que Eu Não Vi foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.
Quem pode participar – Poderão se inscrever no Festival Os Filmes Que Eu Não Vi, filmes de todos os gêneros (ficcionais ou não, de qualquer parte do Brasil) desde que atendam às seguintes condições:
Tenham sido finalizados antes de janeiro de 2017;
Tenham sido produzidos no Brasil por realizador brasileiro. No caso de realizador estrangeiro, é necessário comprovação de residência há mais de 2 (dois) anos no país;
Possuam cópia de exibição em arquivo digital;
Não tenham sido exibidos na TV, nos cinemas e em plataformas de VOD;
Possuam CPB (Certificado de Produto Brasileiro).
Não há restrições quanto ao formato de captação, tampouco quanto ao gênero em que os filmes se enquadrem (ficção, documentário, animação, experimental ou infantil), mas todos os filmes falados ou não em língua portuguesa devem estar legendados. O limite de inscrição é de 3 (três) filmes por representante, desde que não tenham sido distribuídos em nenhuma hipótese.
Os filmes deverão ser disponibilizados através de um link hospedado nas plataformas Vimeo ou YouTube. Não serão aceitos links de transferência de arquivos como WeTransfer, Dropbox, SendSpace, ou qualquer outra ferramenta de alocação de dados que tenha prazo de expiração do link gerado. Não serão aceitas cópias em mídia física para a inscrição.
As Categorias – Os filmes podem ser inscritos em quatro categorias : “Longa Metragem”, com filmes com duração de no mínimo 75 minutos; “Média Metragem”, com filmes de até 52 minutos; “Curta Metragem”, com filmes com duração máxima de 15 minutos e 59 segundos; e “Produção Regional” para filmes que além de enquadrarem-se nas categorias anteriores, tem seu produtor ou parte significativa de sua equipe residentes no estado da Bahia.
Premiação – O 1º Festival Os Filmes Que Eu Não Vi realizará sua cerimônia de premiação em 21 de dezembro de 2024 em formato híbrido (presencial com transmissão ao vivo). Os filmes serão premiados com troféus e menções honrosas nas seguintes categorias:
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Filme de Longa Metragem”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Filme de Média Metragem”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Filme de Curta Metragem”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Direção”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Direção de Fotografia”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Trilha Original”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Filme Regional”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Maquiagem”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Som”;
Troféu Os Filmes Que Eu Não Vi para “Melhor Produção – Júri Popular”,
Certificados de Menções Honrosas por indicação de comissão de análise.
Os prêmios “Melhor Direção”, “Melhor Direção de Fotografia” e “Melhor Trilha Original” estendem-se a todos os filmes inscritos (Média Metragem, Curta Metragem e Cinema Regional).
A avaliação dos filmes inscritos estará a cargo da comissão de análise formada pelo 1º Festival Os Filmes Que Eu Não Vi, com a participação de nomes de notório saber do setor audiovisual. Além de premiação por indicação da comissão de análise, haverá também a premiação específica por júri popular.
Exibição – Os filmes finalistas serão exibidos na Sala Walter da Silveira, de forma presencial, em Salvador, em dezembro de 2024. Os filmes selecionados serão exibidos gratuitamente no circuito DIMAS/FUNCEB, logo após o festival, ao longo dos meses de janeiro a maio de 2025, para um público que não acessa os cinemas convencionais.