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A Gripe Aviária está aí. Quais os sintomas em humanos e o risco de levar à morte?

  • Principal, Saúde, Sub-Editoria Vitalidade, Vitalidade
  • 2025-05-23
  • Sem comentários
  • 5 minutos de leitura

Da Redação

A confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil reacendeu um alerta global sobre o vírus influenza H5N1 — uma cepa considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos patógenos com maior potencial de causar a próxima pandemia. Detectado pela primeira vez em 1996, na China, o H5N1 já circula entre aves e mamíferos ao redor do mundo, e, ocasionalmente, dá o salto para seres humanos. Embora os casos humanos ainda sejam raros e esporádicos, a elevada taxa de mortalidade e o crescente número de espécies infectadas colocam a comunidade científica em estado de vigilância permanente.

O que é a gripe aviária?

A gripe aviária é uma infecção causada por subtipos do vírus influenza A que circulam, principalmente, entre aves. O H5N1 é o subtipo mais conhecido e preocupante por sua capacidade de provocar doenças graves, tanto em aves quanto em humanos. Ele se dissemina rapidamente entre animais por meio de secreções respiratórias ou contato com fezes contaminadas. A transmissão para humanos ocorre geralmente por meio do contato direto com animais infectados ou superfícies contaminadas — como ocorre em granjas ou em atividades de abate e manipulação de carcaças.

Sintomas em humanos: do leve ao potencialmente letal

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, os sintomas da gripe aviária em humanos podem variar amplamente, dividindo-se entre manifestações leves e quadros graves.

Sintomas leves a moderados:

·         Conjuntivite (vermelhidão e irritação nos olhos);

·         Febre moderada (acima de 37,8 °C);

·         Tosse, dor de garganta e nariz entupido ou escorrendo;

·         Dores musculares e de cabeça;

·         Fadiga;

·         Diarreia, náuseas e vômitos (em casos menos comuns).

A conjuntivite tem sido um dos sintomas mais comuns nos casos recentes dos EUA. Já os sintomas mais graves incluem:

Sintomas graves:

·         Febre alta persistente;

·         Dificuldade respiratória;

·         Alterações de consciência e convulsões;

·         Pneumonia, insuficiência respiratória, falência renal aguda;

·         Sepse e meningoencefalite (inflamação do cérebro e membranas nervosas);

·         Falência múltipla de órgãos.

Segundo o virologista Fernando Spilki, professor da Universidade Feevale, essa variação nos sintomas está ligada à lenta introdução do vírus na espécie humana. Ele destaca que já houve casos humanos que apresentaram apenas conjuntivite, enquanto outros evoluíram rapidamente para quadros respiratórios severos.

Como a doença evolui?

O período de incubação da gripe aviária em humanos costuma ser de 2 a 7 dias, sendo a média de três. Os sintomas oculares, como a vermelhidão nos olhos, podem surgir em apenas um ou dois dias após o contato com o vírus. A duração dos sintomas leves varia entre poucos dias a duas semanas. Já as manifestações graves podem durar várias semanas e deixar sequelas permanentes.

Embora não tenha sido confirmada a transmissão entre pessoas, o CDC aponta que os indivíduos infectados, especialmente os hospitalizados, podem apresentar uma alta carga viral e, em tese, seriam capazes de transmitir o vírus por algumas semanas.

Como ocorre a transmissão?

A principal via de transmissão entre aves é o contato direto com fezes, secreções e superfícies contaminadas, incluindo água. Mamíferos podem se infectar ao ingerir aves doentes ou por contato com excreções. Para os humanos, os principais riscos envolvem:

·         Inalação de partículas durante a manipulação de animais contaminados;

·         Contato com superfícies infectadas;

·         Consumo de aves, ovos ou leite não pasteurizados provenientes de animais doentes.

Cozinhar bem alimentos de origem animal (principalmente carne de aves e ovos) ou consumir leite pasteurizado elimina o risco de infecção.

Existe tratamento?

Sim. O tratamento envolve principalmente antivirais como oseltamivir e zanamivir, que reduzem a gravidade dos sintomas e previnem complicações, segundo o NHS britânico. Além disso, o manejo clínico pode incluir:

·         Repouso;

·         Isolamento hospitalar ou domiciliar;

·         Hidratação adequada;

·         Medicação para alívio sintomático (como antitérmicos e analgésicos).

O sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce e do início imediato da medicação.

Qual é o risco de morte?

É elevado. Desde 2003, a OMS registrou 973 casos confirmados em humanos, com 470 mortes — o que representa uma taxa de mortalidade de 48,3%. Para comparação, a taxa de mortalidade da covid-19 gira em torno de 1%.

De acordo com o virologista Edison Luiz Durigon, da USP, o H5N1 atinge órgãos vitais além dos pulmões — como cérebro, fígado, rins e coração —, o que explica a gravidade dos quadros e a descrição frequente de “falência múltipla de órgãos” nos atestados de óbito.

Felizmente, até o momento, todos os casos humanos estão ligados ao contato com animais infectados. Não há, até agora, transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

O Brasil e o risco pandêmico

Em maio de 2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, no Rio Grande do Sul. O surto envolveu uma unidade de produção de ovos férteis. Antes disso, o vírus havia sido detectado apenas em aves silvestres.

A descoberta resultou em impactos econômicos imediatos. Países como China, União Europeia e Argentina suspenderam temporariamente as importações de carne de frango brasileira.

A chegada do vírus à cadeia produtiva comercial no Brasil exige vigilância sanitária rigorosa. Ainda mais porque a gripe aviária já atingiu todos os continentes, exceto a Oceania, e foi registrada até em espécies como pinguins na Antártida e camelos no Oriente Médio.

A gripe aviária será a próxima pandemia?

A possibilidade existe — e preocupa cientistas. Segundo a epidemiologista Caitlin Rivers, da Universidade Johns Hopkins, os EUA podem já ter ultrapassado o “ponto de virada” silencioso, devido à vigilância falha e à falta de uma resposta coordenada entre os estados.

O que mais preocupa os especialistas são três fatores:

1.    A rápida adaptação do vírus a novas espécies, incluindo mamíferos como raposas, gatos domésticos, ursos e gado leiteiro.

2.    A explosão de casos em rebanhos bovinos — que têm contato direto e constante com humanos.

3.    A instabilidade em políticas de saúde pública, como ocorreu com o desmonte de programas de vigilância em agências americanas.

A infectologista alerta que “quanto mais o vírus circular, mais oportunidades terá de sofrer mutações ou recombinar-se com outros tipos de influenza”, aumentando as chances de transmissão entre humanos.

Existe vacina contra a gripe aviária?

Sim, mas com limitações. Diversos países vêm desenvolvendo ou estocando vacinas específicas para o H5N1, destinadas especialmente a trabalhadores de risco. O Brasil, por meio do Instituto Butantan, aguarda autorização da Anvisa para iniciar testes clínicos com 700 voluntários de uma vacina voltada especificamente contra essa cepa.

Nos EUA, o Departamento de Agricultura (USDA) aprovou recentemente, de forma condicional, uma nova vacina para aves. Já a União Europeia estuda diretrizes para permitir a vacinação em massa. A França, por exemplo, vacinou patos e viu queda acentuada na circulação viral.

Para humanos, existem vacinas armazenadas, mas o uso em larga escala dependeria da emergência de uma pandemia.

A gripe aviária deixou de ser apenas um problema das aves. Com o avanço do H5N1 sobre novas espécies e sua presença crescente em ambientes produtivos, os riscos de uma adaptação viral que permita a transmissão entre humanos são reais.

Embora ainda não estejamos diante de uma pandemia, a ciência e os sistemas de saúde estão em estado de alerta. O Brasil, assim como o resto do mundo, precisa redobrar a vigilância sanitária, reforçar os protocolos de segurança nas granjas e preparar-se para um eventual cenário pandêmico.

A história recente da covid-19 mostrou o quanto a preparação pode salvar vidas. Com a gripe aviária, talvez tenhamos a chance de estar um passo à frente.

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