Ir para o conteúdo
  • Envelhescência
  • Ribalta
    • Música
    • Teatro
    • Circo
    • Dança
  • Saia de Casa
    • Agenda
    • Calendário
  • Palavras
    • Literatura
    • História e Patrimônio
    • Educação
    • Balbúrdia
  • Tela
    • Audiovisual
    • Artes Visuais
    • Decoração
  • Banquete
    • Comida
    • Bebida
  • Atitude
    • Beleza
    • Moda
    • Comportamento
  • Vitalidade
    • Saúde
    • Bem Estar
  • Envelhescência
  • Ribalta
    • Música
    • Teatro
    • Circo
    • Dança
  • Saia de Casa
    • Agenda
    • Calendário
  • Palavras
    • Literatura
    • História e Patrimônio
    • Educação
    • Balbúrdia
  • Tela
    • Audiovisual
    • Artes Visuais
    • Decoração
  • Banquete
    • Comida
    • Bebida
  • Atitude
    • Beleza
    • Moda
    • Comportamento
  • Vitalidade
    • Saúde
    • Bem Estar
Facebook Instagram

A importância da Inteligência Artificial no ensino fundamental e médio

  • Educação, Palavras, Principal, Sub-Editoria Palavras
  • 2025-05-19
  • Sem comentários
  • 4 minutos de leitura

Foto: Adobe Firefly

The Conversation
Marcus F. Oliveira – Professor Titular do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Renato Cordeiro – Professor Emérito, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

A inserção da Inteligência Artificial (IA) como componente curricular no ensino fundamental e médio é um passo essencial para o Brasil acompanhar os avanços e desafios do século XXI. Vivemos em uma era em que a tecnologia permeia todos os aspectos da vida – do trabalho à saúde, da educação à comunicação – e a IA assume um papel central nessa transformação.

O mercado de trabalho passa por uma transformação vertiginosa: profissões tradicionais são automatizadas, enquanto novas oportunidades surgem, exigindo competências digitais, criatividade e adaptabilidade. Estudantes expostos à IA desde cedo desenvolvem competências essenciais, como pensamento crítico, resolução de problemas e colaboração, além de estimular empreendedorismo e inovação para desafios reais de suas comunidades.

No entanto, para que esses benefícios sejam democratizados, é crucial universalizar o acesso ao ensino de IA, tanto em escolas públicas quanto privadas de modo a reduzir as desigualdades sociais e digitais. Caso contrário, o domínio dessa tecnologia ficará restrito a uma minoria, ampliando ainda mais o abismo de oportunidades. Em outras palavras, ensinar IA a todos democratiza o acesso ao conhecimento, preparando alunos para serem protagonistas — e não apenas consumidores — da inovação.

O uso das ferramentas de IA deve ser racional e cuidadoso reconhecendo que estas não são neutras. Ela pode reproduzir vieses, disseminar desinformação ou ser empregada de modo antiético — como vimos recentemente no uso de fake news, inclusive contra as vacinas. Incluir a IA no currículo escolar permite criar um espaço para reflexão sobre ética, privacidade, uso consciente da tecnologia e os impactos sociais da automação, formando cidadãos mais críticos e responsáveis.

Enquanto países do Norte Global já incluem a IA em seus currículos, o Brasil corre o risco de ficar para trás. Se não prepararmos as novas gerações para dialogar, competir e colaborar nesse campo, aprofundaremos nosso atraso educacional e tecnológico. Para evitar que o país fique ainda mais distante da revolução tecnológica, é urgente que governos e gestores priorizem o ensino de IA nas escolas. Sem políticas públicas consistentes e investimentos estratégicos, perderemos a chance de capacitar os jovens para os desafios da era digital.

Ética digital e pensamento computacional

Para que esse potencial se concretize, o Brasil precisa superar três desafios fundamentais, além de seguir as recomendações e propostas apresentadas em documentos recentes do governo federal: infraestrutura básica, formação docente contextualizada e currículos flexíveis que incluam IA, ética digital e pensamento computacional, adaptando as particularidades de cada faixa etária. O objetivo deve ser claro: ao concluir o ensino médio, todos os estudantes brasileiros devem ter compreensão básica sobre IA, suas aplicações, limitações e implicações éticas e sociais.

As propostas de inovação educacional precisam enfrentar desafios complexos. Dentre os diversos aspectos, deve ser considerado a enorme aversão dos docentes à mudança curriculares ou pedagógicas. Esta resistência docente é totalmente compreensível e vai além do conservadorismo ou desvalorização profissional, mas que na verdade reflete condições estruturais precárias: falta de formação digital, currículos rígidos, infraestrutura deficiente (energia instável, acesso à internet limitado, além da falta de equipamentos) que inviabilizam experimentações com IA.

Nas cidades, transporte precário, violência e superlotação esgotam os professores. Por outro lado, na zona rural, a ausência de infraestrutura básica torna a IA uma abstração. Essa desconexão entre políticas públicas e a realidade escolar faz com que os educadores, já sobrecarregados, vejam a tecnologia mais como um obstáculo, e não como uma ferramenta valiosa de ensino. O resultado é um ciclo vicioso: sem recursos, os professores mantêm métodos tradicionais; os alunos se acostumam ao ensino estático; e o ecossistema educacional fica cada vez mais defasado.

A urgência de preparar nossos jovens para o futuro exige que a educação acompanhe as transformações tecnológicas — e isso só será possível se a IA ocupar o lugar de destaque que merece no currículo escolar.

Flexibilização curricular

A transformação necessária passa, antes de tudo, por garantir condições mínimas de funcionamento: todas as escolas precisam ter acesso de qualidade à energia elétrica, internet e dispositivos tecnológicos. Não há como falar em IA quando muitas instituições sequer contam com infraestrutura elementar. Paralelamente, é crucial desenvolver programas de formação docente que realmente dialoguem com as diferentes realidades das salas de aula brasileiras – desde as escolas urbanas com turmas superlotadas até as unidades rurais com acesso limitado a recursos.

Outro eixo fundamental é a flexibilização curricular, permitindo que cada escola adapte as inovações tecnológicas às suas possibilidades concretas, sem engessamento burocrático. Essa adaptação só será efetiva se contar com a participação ativa das comunidades escolares – professores, alunos, gestores e famílias – no desenho das políticas, abandonando a lógica ultrapassada de soluções prontas impostas verticalmente.

Sem abordar essas questões de forma integrada, qualquer discurso sobre transformação digital na educação continuará sendo apenas retórica vazia, incapaz de romper o ciclo de exclusão que, ironicamente, reforça o próprio conservadorismo que se pretende superar. O tempo é curto, e os prejuízos de não agir agora serão sentidos por décadas na formação dos brasileiros e na competitividade do país.

O futuro já está acontecendo – e para evitar que se confirme o célebre aforismo de Millôr Fernandes (“O Brasil tem um enorme passado pela frente”), é preciso agir, e rápido.

Relacionado

Gostou do conteúdo?
Compartilhe:

PrevAnteriorO que você precisa saber sobre a doença celíaca 
PróximoHi Barbie™! G-Shock lança relógio rosa em collab com a boneca mais icônica do mundoNext
Picture of Iven

Iven

Postagens Recentes

The Latvian reposiciona o luxo corporativo com experiências exclusivas

17 de junho de 2025

Neurocirurgia sem mitos. O que você realmente precisa saber antes e depois da cirurgia

18 de junho de 2025

Perfumar a casa pode fazer mal? Saiba qual é a “medida certa” para evitar crises alérgicas

18 de junho de 2025

Procedimento oferece nova alternativa no controle da hipertensão resistente

18 de junho de 2025
Ver mais

Jornalista que gosta muito do que faz e que quer dar espaço para quem quer mudar o mundo para melhor.

Icon-facebook Instagram

Postagens Recentes

Neurocirurgia sem mitos. O que você realmente precisa saber antes e depois da cirurgia

Perfumar a casa pode fazer mal? Saiba qual é a “medida certa” para evitar crises alérgicas

Victorio & Lucchino lança quatro novas fragrâncias em edições limitadas

Conheça Doris e Equipe

Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.

  • Política e Privacidade
  • Contato
  • Anuncie aqui