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A Importância do Trabalho

  • Atitude, Comportamento, Principal, Sub-Editoria Atitude
  • 2025-04-30
  • Sem comentários
  • 7 minutos de leitura

O trabalho é uma das atividades mais centrais na vida humana. Vai muito além da simples execução de tarefas para obtenção de renda. Ele ocupa um lugar de destaque porque nele investimos tempo, inteligência, corpo, criatividade e, sobretudo, nossa subjetividade. É por meio do trabalho que transformamos o mundo à nossa volta e também a nós mesmos.

A Psicodinâmica do Trabalho, desenvolvida por Christophe Dejours, nos ajuda a entender o trabalho como uma ação viva e transformadora — o chamado “Trabalho Vivo”. Esse conceito revela que, ao trabalharmos, não apenas produzimos algo externo, mas também enfrentamos desafios, nos desenvolvemos, manifestamos nossas virtudes e moldamos quem somos.

Em um sistema produtivo, o trabalho é a parte que não pode ser automatizada por completo: é o que exige adaptação, julgamento, criatividade e esforço humano real. Ele é aquilo que resta a ser feito mesmo depois que todas as normas e procedimentos estão estabelecidos. Isso significa que o trabalho é, essencialmente, uma atividade viva — uma experiência que envolve o ser humano de forma integral e que tem o poder de nos transformar profundamente.

Dimensão econômica do trabalho

No aspecto econômico, o trabalho é fundamental para a sobrevivência dos indivíduos e o funcionamento das sociedades. É por meio dele que conquistamos nosso sustento, geramos riqueza e movimentamos a economia. Um emprego não garante apenas o pagamento de contas, mas também acesso à dignidade, à segurança e à possibilidade de realização de projetos de vida.

A ausência de trabalho — seja por desemprego ou aposentadoria sem planejamento — pode afetar não apenas o bolso, mas também a saúde mental e emocional. Não se trata apenas de uma perda financeira, mas de uma ruptura com a sensação de utilidade e com o reconhecimento das próprias capacidades.

Trabalhar quase sempre envolve interação com outras pessoas: colegas, clientes, gestores. Esses vínculos ajudam a construir nossa identidade profissional e a reforçar nossa autoestima. O ambiente de trabalho é também um espaço de validação — onde somos reconhecidos, elogiados, criticados e desafiados.

Além disso, o trabalho favorece o sentimento de pertencimento. Participar de uma equipe, contribuir com um projeto coletivo, receber e oferecer apoio… tudo isso reforça laços sociais e fortalece o senso de comunidade, tão essencial ao bem-estar humano.

Dimensão subjetiva do trabalho

O sentido pessoal do trabalho — sua dimensão subjetiva — é igualmente importante. Quando nos vemos realizando uma atividade com propósito, que desafia nossas habilidades e se alinha com nossos valores, o impacto vai muito além do resultado final. Sentimo-nos vivos, úteis, em crescimento constante.

Por outro lado, quando o trabalho é repetitivo, vazio ou desconectado de nossas aspirações, pode surgir a alienação, o desengajamento e até o sofrimento psíquico. O sentido do trabalho está diretamente ligado ao nosso desejo de contribuir para o mundo e de ser reconhecido por isso.

O trabalho é muito mais do que um meio de sobrevivência. Ele é uma dimensão fundamental da experiência humana, onde se entrelaçam necessidades econômicas, relações sociais e anseios subjetivos. Compreender essa complexidade é essencial para criar ambientes de trabalho mais saudáveis, inclusivos e significativos. Em última instância, é no trabalho que muitos de nós encontram sentido, pertencimento e oportunidade de transformação — não apenas do mundo, mas também de nós mesmos.

História do Trabalho

De utensílios rudimentares nas mãos de homens e mulheres nas cavernas às tecnologias de automação da era digital, o trabalho sempre ocupou o centro da organização das sociedades.

A palavra “trabalho” deriva do latim tripalium, instrumento de tortura feito com três estacas de madeira. A etimologia evidencia o caráter penoso historicamente atribuído ao ato de trabalhar. Ainda hoje, em muitos contextos, o trabalho é visto como um sacrifício, uma obrigação. No entanto, essa concepção varia conforme a cultura e o momento histórico.

De maneira geral, o trabalho está ligado à produção da vida material e à satisfação das necessidades humanas. Mais do que garantir a sobrevivência, ele participa da construção de identidades, da organização das sociedades e da formação de subjetividades.

Trabalho Primitivo: cooperação e subsistência

Nas comunidades pré-históricas, o trabalho estava voltado à subsistência imediata. Caçar, coletar, pescar e fabricar ferramentas com ossos, pedras e madeira eram as principais atividades. Nessa fase, havia pouca ou nenhuma hierarquia social, e o trabalho era majoritariamente coletivo. A divisão sexual das tarefas – homens caçadores, mulheres coletoras e cuidadoras – foi um dos primeiros traços de diferenciação social no exercício do trabalho (Engels, 1884).

Trabalho Escravo: dominação e propriedade

Com a constituição das primeiras civilizações, como Egito, Grécia e Roma, o trabalho passou a ser desempenhado por escravizados. A escravidão era uma instituição legitimada pelo poder político e religioso. Na Grécia Antiga, filósofos como Aristóteles viam a escravidão como natural. Para ele, o ócio criativo era prerrogativa dos cidadãos, e isso só seria possível com a presença de escravizados para realizar os trabalhos manuais. No Brasil, a escravidão foi uma das bases do sistema colonial e perdurou por mais de três séculos, sendo formalmente abolida apenas em 1888, com a assinatura da Lei Áurea.

Trabalho Feudal: servidão e dever religioso

Durante a Idade Média, o trabalho escravo foi gradualmente substituído pela servidão. O servo não era propriedade de seu senhor, mas estava preso à terra, à qual devia obrigações como pagamento em produtos e trabalho. A sociedade feudal era rigidamente estratificada entre clero, nobreza e servos. Os camponeses trabalhavam em troca de proteção e do direito de viver na terra. A Igreja Católica legitimava esse sistema, dizendo que a ordem social era vontade divina (Le Goff, 1990). Surgiram também as corporações de ofício nas cidades, que regulavam o trabalho dos artesãos e protegiam seus interesses econômicos e profissionais.

Trabalho Capitalista: salário e exploração

Com o fim da Idade Média e a ascensão do comércio, surgiu o capitalismo. As Grandes Navegações e a Revolução Comercial abriram caminho para a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII. Nesse novo modelo, o trabalho tornou-se assalariado. Trabalhadores passaram a vender sua força de trabalho em troca de um salário. As fábricas exigiam jornadas de até 18 horas por dia, sem direitos trabalhistas e em condições insalubres. Karl Marx e Friedrich Engels denunciaram essa exploração em obras como O Capital (1867) e O Manifesto Comunista (1848), e deram origem ao pensamento socialista.

Trabalho Socialista: igualdade e coletivização

Em contraposição ao modelo capitalista, o socialismo propôs a coletivização dos meios de produção e o fim da exploração do trabalhador. Na teoria marxista, a alienação do trabalho seria superada com o fim da divisão entre capitalistas e proletários. Na União Soviética, a partir de 1917, o trabalho foi reorganizado com base nos princípios socialistas. O ideal era garantir emprego, redistribuir renda e valorizar a contribuição de cada trabalhador à coletividade. Contudo, na prática, regimes socialistas enfrentaram desafios como burocratização e perda de liberdade individual, o que gerou críticas mesmo entre simpatizantes da esquerda.

O Trabalho nas Sociedades Contemporâneas

Hoje, o trabalho continua em transformação. Com a globalização, a informatização e o avanço das inteligências artificiais, surgem novas formas de organização do trabalho, como o home office, o trabalho híbrido e o emprego por plataformas (como Uber e iFood).

Ao mesmo tempo, cresce a precarização das relações laborais, com aumento do trabalho informal, da terceirização e da perda de direitos conquistados ao longo do século XX. Fenômenos como o “burnout” e a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional têm pautado debates sobre saúde mental no trabalho.

No Brasil, a reforma trabalhista de 2017 alterou significativamente a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), flexibilizando relações e reduzindo a atuação dos sindicatos – tema ainda controverso entre especialistas e trabalhadores.

O Trabalho como Espelho da Humanidade

Cada fase histórica do trabalho revela aspectos profundos das sociedades que o organizam. Do trabalho como castigo divino à busca atual por propósito e qualidade de vida, as representações sobre o trabalho estão sempre ligadas a ideologias, sistemas econômicos e estruturas de poder. Compreender a história do trabalho é compreender também como se constituem as desigualdades, os direitos e os desafios enfrentados pelos trabalhadores em cada tempo.

Fontes e Referências

  • MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. O Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010.
  • ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Boitempo, 2014.
  • LE GOFF, Jacques. Os Intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
  • ANTUNES, Ricardo. O Privilégio da Servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.
  • FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006.
  • IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. “Panorama do Trabalho no Brasil Contemporâneo”. Brasília, 2022.

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