Instituto Mãe Stella de Oxóssi será lançado no dia em que Ialorixá, imortal da ALB, completaria 100 anos
Os imortais da ALB Aramis Ribeiro, Edivaldo Boaventura, José Carlos Capinan, Luis Antonio Cajazeira Ramos, Myriam Fraga, Paulo Costa Lima, Aleilton Fonseca, Glaucia Lemos, Yeda Pessoa e Mãe Stella no dia da eleição da Ialorixá (foto: Bruno Lopes do Rosário/Arquivo ALB)
A memória de Mãe Stella de Oxóssi será celebrada no Palacete Góes Calmon, sede da Academia de Letras da Bahia, no dia em que completaria 100 anos – 2 de maio de 2025, sexta-feira.
A partir das 18h, acontece o lançamento do Instituto Mãe Stella de Oxóssi e a assinatura do Protocolo de Intenções com a ALB, visando firmar parceria entre as instituições. O evento é aberto ao público.
De acordo com Adriano Azevedo, presidente da organização, a nova entidade pretende desenvolver atividades culturais, desportivas, recreativas e de saúde; prestar serviços de assistência social para mulheres, jovens e crianças, vítimas de abuso e assédio sexual; desenvolver e executar projetos objetivando fortalecer, proteger e melhorar as condições de vida do nosso público alvo que são crianças, adolescentes, mulheres, idosos e famílias em situação de vulnerabilidade; e capacitar e qualificar essas pessoas através de cursos.
“A educação será sempre a premissa do Instituto, pois era o que minha tia primava! Os demais objetivos, seguiremos em busca de apoio para pôr tudo isso em prática”, destaca ele, que é sobrinho de Mãe Stella, e um dos guardiões de seu legado.
Ialorixá do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, Mãe Stella de Oxóssi foi a primeira Ialorixá do Brasil a integrar uma academia de letras. Ela foi eleita imortal da ALB em 25 de abril de 2013. Em 12 de setembro do mesmo ano, passou a ocupar a cadeira 33, cujo patrono era Castro Alves e, na época, pertencia ao professor e historiador Ubiratan Castro, falecido em janeiro de 2013.
Para o presidente da ALB, o Centenário da acadêmica Maria Stella de Azevedo Santos reveste-se de profundos significados: “É a celebração da memória de uma grande líder comunitária e cultural, e escritora cuja obra literária representa a linguagem, a tradição, o imaginário, a identidade, a narrativa e a poesia das culturas de matriz africana que estão na base da formação do nosso povo”, destaca Aleilton Fonseca