Belta e Projeto Semear celebram entrega da 3ª bolsa de estudos, levando jovem para vivência internacional na África do Sul

A Cidade do Cabo, na África do Sul, vem conquistando cada vez mais espaço entre os brasileiros que buscam aprender inglês fora do país sem enfrentar longos processos burocráticos. Além da qualidade das escolas e do custo-benefício em comparação a destinos tradicionais como Estados Unidos e Reino Unido, um dos principais atrativos é que não há necessidade de visto para estadias de até 90 dias, o que facilita a experiência de estudantes e turistas. 

Com paisagens que unem praias paradisíacas, a famosa Table Mountain e uma diversidade cultural única, a cidade oferece uma vivência completa que vai além da sala de aula. 

“A Cidade do Cabo representa exatamente o que muitos brasileiros procuram hoje em um intercâmbio: qualidade no ensino do inglês, contato direto com uma cultura vibrante e a possibilidade de viajar sem burocracia de visto. É um destino que combina aprendizado e experiência de vida”, destaca Alexandre Argenta, presidente da Belta. 

De acordo com a Pesquisa Selo Belta 2025, os cursos de inglês continuam sendo os mais procurados pelos brasileiros que optam por intercâmbio, representando a maior parte da demanda. O estudo também mostrou que o setor cresceu 15% em 2024 em comparação ao ano anterior e deve registrar um aumento ainda maior em 2025, impulsionado pela busca por opções mais acessíveis e práticas, perfil que se encaixa no que a África do Sul oferece. 

Educação internacional como ferramenta de transformação social

É nesse cenário que se insere a parceria entre a Associação Brasileira de Intercâmbio (Belta) e o Projeto Semear, organização que há mais de 10 anos atua para garantir que jovens de baixa renda consigam concluir o ensino superior. A iniciativa prevê a concessão de cinco bolsas de estudo internacionais para estudantes do projeto. 

Duas bolsas já foram entregues a universitários selecionados e, no próximo sábado, dia 13 de setembro, acontecerá a cerimônia de entrega da terceira bolsa de estudos. A jovem contemplada terá a oportunidade de estudar inglês justamente na Cidade do Cabo, na África do Sul, vivenciando a imersão cultural e educacional que torna o destino tão especial. O cronograma dos programas prevê ainda mais oportunidades: em outubro de 2025, dois alunos seguem para a África do Sul, e em fevereiro de 2026 outro estudante embarca para o mesmo destino. Já entre março e maio de 2026, dois alunos participarão de intercâmbio na Irlanda. 

Entre os jovens já selecionados estão histórias que traduzem a força transformadora da educação. Renan Gutemberg, nascido na Bahia e criado na periferia de São Paulo, encontrou no estudo um caminho de ascensão. Aluno da USP com apoio do Instituto Semear, hoje devolve o que recebeu coordenando cursos preparatórios e inspirando estudantes da rede pública. Beatriz Valente, recém-formada em Direito, decidiu direcionar sua carreira ao impacto social e atua na captação de recursos do Instituto Semear, ajudando a ampliar o acesso ao ensino superior para jovens de baixa renda. 

A terceira vencedora, Giovanna Maria, conhecida como “Mariá,” é apaixonada pela combinação de ciência e tecnologia. Apesar de desafios como bullying e recursos financeiros limitados, conseguiu ingressar no curso de Ciências Biológicas na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru. Hoje, ela contribui com projetos de extensão e atua como professora de redação no curso preparatório Ferradura, ajudando outros jovens a conquistarem o ingresso na universidade dos seus sonhos. Para ela, a frase “reescrevi minha história para que outros não precisem começar pela dor, mas pela inspiração” define sua trajetória.

Mais do que um marco individual, cada bolsa simboliza o poder transformador da educação internacional como ferramenta de inclusão e mobilidade social. A parceria entre Belta e Projeto Semear também se conecta a outras iniciativas de empregabilidade e formação, como a Feira de Empregabilidade promovida pela Plataforma iSemear, que aproxima jovens universitários de empresas e oportunidades profissionais, ampliando ainda mais o horizonte daqueles que buscam construir novas trajetórias. 

“Com essa parceria, a Belta reafirma seu compromisso de ampliar as fronteiras da educação internacional. Ao levar uma estudante do Projeto Semear para a Cidade do Cabo, queremos mostrar que aprender inglês e viver uma experiência intercultural pode ser uma possibilidade para todos os jovens brasileiros, independentemente de sua condição socioeconômica”, afirma Alexandre Argenta.

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