A Fama da Ilha de Itaparica vai a Portugal
Quando retornei na outra semana, eles já tinham voltado no dia anterior e o entusiasmo do primo pela região era tão grande que ele chegou a dizer que quando se aposentasse viria para morar lá e também falou do convite que fizera a Bete para voltar com ele, largando tudo aqui.
Eles passaram toda a semana circulando pelas praias de Aratuba, Berlinque e Cacha Prego. Hospedaram-se em uma Pousada em Aratuba de propriedade de uma senhora bem atenciosa e conhecedora da região que lhes contou inúmeras histórias do local.
As observações e a avaliação do português me foram muito gratificantes porque casavam com tudo aquilo que sempre eu falei sobre as belezas de nosso Estado. E partidas de um experiente profissional da área de turismo e de um outro país, ainda melhor.
– Primo, disse ele – o que eu vou lhe dizer é com bastante experiência que tenho de viagens. Vocês têm aqui um tesouro de valor inestimável. As praias que conheci nesta ilha não devem nada em beleza às praias mais famosas do mundo. As do Caribe só ganham pela cor da água. As da Europa perdem pela temperatura da água e pelo tipo de areia e as mais famosas são cheias de edifícios que sombreiam a praia. As praias daqui têm uma vegetação belíssima e conservam a singeleza das construções que não violentam o local. Agora falta uma coisa muito importante: o investimento dos poderes públicos para melhoria do acesso e facilidade na locomoção.
– Concordo plenamente. Eu sempre reclamo disso. – Falei.
– E tem mais – continuou ele – se aqui tivesse agências para transfer, city tour, apoio ao turista, etc., eu venderia pacotes turísticos para essa ilha com a maior facilidade. Necessário se faz de uma política voltada para o turismo daqui.
Em um outro momento quando encontrei Bete a sós, perguntei-lhe sobre o convite que o primo tinha feito e se ela iria mesmo mudar-se para Portugal. Ela me respondeu que estava decidida a ir.
– Refleti bastante e tomei a decisão de ir com ele. Não é uma atitude irresponsável e irrefletida não. Eu gosto muito de viajar e será ótimo eu trabalhar com turismo. Quanto a viver com o seu primo, estou certa de que nos daremos muito bem, pois foi o que aconteceu nessa semana que estivemos juntos.
Interessante como, quando estávamos os 3 juntos, eles me contaram, sem nenhum constrangimento, como foi a íntima semana deles. Ela disse que percebeu a grande ansiedade dele numa demonstração do atraso em que estava em um relacionamento sexual. Mas, apesar dessa sede, ele não cometeu nenhum ato precipitado e tratou-a todo o tempo com o maior carinho e compreensão, esperando que ela superasse a timidez natural. Ele, por sua vez relatou que manter aquele corpo quente entre os seus braços, apertando-a o quanto ela suportasse, já era suficiente, e que aguentaria uma espera por mais prolongada que fosse para um relacionamento íntimo.
Contaram, ainda que, quando na intimidade do quarto da Pousada em Aratuba, superaram todas as barreiras, participaram de um convívio dos dois corpos nus, em uma longa noite de prazer, os mais diversificados atos que possam ser praticados entre um homem e uma mulher sedentos de desejos. Beijos, abraços, afagos, penetrações, ejaculações, foram uma constante por toda a noite.
O lusitano estava tão surpreso com a sua performance que acabou admitindo que a partir de agora acreditava em todas as magias que eu sempre relatava acerca da ilha.
– Oh Pa! Eu não sabia que existia mulher tão quente assim. Ela é um forno permanentemente aceso. Bem disse um amigo meu que levou uma mulher daqui e largou a de lá: “Estou trocando uma geladeira por um fogão”.