Médica explica os benefícios da creatina, um dos suplementos que podem melhorar a saúde muscular e a qualidade de vida nessa fase
Um estudo recente publicado na Nacional Library of Medicine traz os benefícios da creatina para mulheres na pós-menopausa, apontando que o suplemento, em associação com o treinamento resistido, é uma arma eficaz contra a perda muscular e óssea relacionada à idade.
A menopausa, marcada pela queda na produção de estrogênio, é um processo natural que traz consigo diversos desafios à saúde feminina. Entre os mais preocupantes estão a perda de massa muscular e óssea, que podem levar à fraqueza, osteoporose e maior risco de quedas.“Nesse contexto, a suplementação com creatina surge como uma alternativa promissora para combater esses efeitos e promover o bem-estar feminino”, explica a médica Larissa Raso Hammes, ginecologista e obstetra do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS.
O estudo explorou os efeitos da creatina, um suplemento nutricional e também um um substrato energético para a contração muscular conhecido por seus benefícios no desempenho atlético. A suplementação em si visa aumentar os níveis de fosfocreatina e creatina livre nos músculos, retardando a fadiga e melhorando o desempenho esportivo e o ganho de massa magra.
Embora os estudos com creatina em mulheres na pós-menopausa ainda sejam relativamente novos, os resultados sugerem que o suplemento pode ser uma ferramenta valiosa para combater os efeitos negativos da menopausa na saúde musculoesquelética.
Combate à perda muscular
De acordo com a médica, quando combinada com o treinamento de força, a creatina é eficaz na prevenção de perda muscular e no ganho de massa muscular, combatendo a sarcopenia — e com uma boa massa muscular, somada ao exercício físico resistido, amplifica a proteção da massa óssea e, consequentemente, da osteoporose.
“A suplementação com creatina beneficia o desempenho em exercícios de alta intensidade, como musculação e corrida, otimizando a capacidade do corpo de gerar energia durante os treinos”, conta Larissa. “Isso se traduz em mais força, resistência e explosão muscular, potencializando os resultados das atividades físicas”, complementa.
Além da creatina, outras medidas também podem ajudar as mulheres na pós-menopausa a manterem uma melhor saúde muscular e óssea, como exercícios físicos regulares e uma dieta rica em cálcio e vitamina D, nutrientes essenciais para a saúde óssea.
Larissa também recomenda evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, já que esses hábitos prejudicam a saúde dos ossos e dos músculos. “Ao combinar essas medidas com a suplementação de creatina, quando indicada, as mulheres na pós-menopausa podem ter melhor qualidade de vida e envelhecer de forma saudável”, ressalta a médica.