A geração Z — formada por jovens nascidos entre 1995 e 2010 (com idades entre 15 e 30 anos completados em 2025) — tem trazido mudanças importantes na forma de encarar o mundo corporativo, especialmente no que diz respeito à saúde mental.
Diferentemente de gerações anteriores, esse grupo tem buscado ambientes de trabalho mais saudáveis, flexíveis e alinhados aos seus valores pessoais, onde o bem-estar psicológico seja levado a sério. De acordo com uma projeção feita pela companhia de seguros Zurich Insurance, a Geração Z deve representar cerca de 27% da força de trabalho no mundo até o fim de 2025.
Segundo especialistas, a geração Z tem menos receio de falar abertamente sobre questões como ansiedade, burnout, depressão e esgotamento emocional. Esses jovens estão mais atentos aos próprios limites e demonstram menor tolerância a ambientes tóxicos, jornadas exaustivas ou lideranças autoritárias, o que tem levado muitas empresas a repensar suas práticas internas.
Apesar de mais abertos ao diálogo, os integrantes da geração Z também enfrentam desafios próprios. Por estarem em início de carreira, muitos ainda sentem insegurança, medo de falhar e dificuldade para lidar com pressões e expectativas profissionais, o que pode impactar diretamente na saúde emocional.
Um estudo global feito pela Deloitte em 2024 aponta que 86% desses jovens considera que ter um senso de propósito é imprescindível para a satisfação no trabalho. Além disso, a hiperconectividade — marca dessa geração — pode dificultar a desconexão e favorecer quadros de estresse e ansiedade.
A boa notícia é que o olhar atento para essas questões têm impulsionado debates importantes dentro das empresas. Programas de apoio psicológico, políticas de bem-estar e ambientes mais acolhedores tendem a atrair e reter talentos da geração Z, que priorizam qualidade de vida tanto quanto salário e plano de carreira.