Em uma sociedade cada vez mais longeva, a saúde sexual na terceira idade é um tema de grande relevância. Pesquisas recentes, como as publicadas no Journal of Gerontology, Series B: Psychological and Social Sciences, evidenciam uma ligação direta entre a atividade sexual e a saúde cognitiva em idosos. Questões como disfunção erétil, diminuição do desejo sexual e redução dos níveis de testosterona são desafios recorrentes que afetam a qualidade de vida e o bem-estar emocional dos homens mais velhos. Além disso, fatores psicológicos, como ansiedade e baixa autoestima, e biológicos, como doenças crônicas, podem agravar ainda mais esses problemas. O estudo aponta ainda que pessoas entre 62 e 90 anos que mantêm uma vida sexual ativa tendem a apresentar avanços significativos em memória e atenção.
Com a condição afetando 45% dos homens brasileiros, de acordo com o Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) é essencial discutir estratégias eficazes para enfrentar esses desafios. A combinação de mudanças no estilo de vida, tratamentos farmacológicos e terapias psicológicas tem mostrado resultados promissores. Além disso, a educação e o apoio psicológico são fundamentais para ajudar os homens a superar barreiras emocionais e redefinir uma vida sexual satisfatória na terceira idade, promovendo um envelhecimento mais saudável e pleno.
“Embora a disfunção erétil e outros problemas sexuais sejam comuns na terceira idade, eles não devem ser encarados como um destino inevitável. Existem inúmeras opções de tratamento que podem melhorar não apenas a vida sexual, mas também a autoestima e a saúde geral dos homens mais velhos. Promover um diálogo aberto sobre o tema é o primeiro passo para desmistificar tabus e garantir que essa parcela da população receba os cuidados que merece”, explica o Dr. Hilton Monteiro, urologista e andrologista com mais de 10 anos de experiência no tratamento de questões sexuais e reprodutivas masculinas.