Em um mundo onde o amor ainda é sonho e busca para muitos, os santos casamenteiros continuam sendo figuras queridas na devoção popular. De norte a sul do Brasil, nomes como Santo Antônio, São Gonçalo de Amarante e Santa Rita de Cássia são lembrados com fé e esperança por aqueles que desejam encontrar um companheiro ou restaurar um relacionamento. Mas eles não estão sozinhos: outros santos também se tornaram intercessores nos assuntos do coração, cada um com suas particularidades, histórias e promessas.
Santo Antônio: o mais popular dos casamenteiros
Nascido em Lisboa, em 1191, Santo Antônio é conhecido como o “santo casamenteiro” por excelência. Sua fama vem de séculos de orações fervorosas feitas, especialmente por mulheres jovens, em busca de um bom casamento. A tradição é forte em cidades como Barbalha (CE), que promove uma das maiores festas do santo, e Osasco (SP), onde ele é padroeiro. A data litúrgica de Santo Antônio é celebrada em 13 de junho.
São Gonçalo de Amarante: aliado das mais maduras
Comemorado no calendário litúrgico em 10 de janeiro, São Gonçalo nasceu em 1187 em Portugal e ganhou fama como santo casamenteiro das mulheres mais velhas. A devoção ao santo se fortaleceu no Brasil desde o século 18, com destaque para o baile que ocorre no Piauí entre 22 de dezembro e 1º de janeiro.
São João: alegria, fogueira e casamentos
O nascimento de João Batista é celebrado em 24 de junho, em meio às tradicionais festas juninas. Diz a sabedoria popular que o orvalho da madrugada de São João tem poder de atrair casamentos felizes, especialmente para mulheres entre 25 e 50 anos.
São Pedro: casamentos tardios e bênçãos aos viúvos
Apóstolo e primeiro papa, São Pedro é festejado em 29 de junho. Além de padroeiro dos pescadores, ele também é invocado por aqueles que buscam um novo amor após os 50 anos, especialmente viúvos e viúvas.
São Valentim: o santo dos namorados
Embora sua celebração oficial tenha sido retirada do calendário litúrgico desde 1969, São Valentim ainda é amplamente reconhecido como padroeiro dos namorados, sendo o símbolo do Dia dos Namorados em países como Estados Unidos, França e Inglaterra. Sua data é 14 de fevereiro.
São José: fidelidade e proteção à família
Pai adotivo de Jesus, São José é padroeiro da Igreja e das famílias. Celebrado em 19 de março, é também considerado casamenteiro por representar a figura do homem fiel e protetor. Em festas dedicadas a ele, como em algumas cidades do interior, encontrar uma aliança no bolo é sinal de casamento próximo.
São Judas Tadeu e Santo Expedito: reconciliação e urgência no amor
Embora não sejam tradicionalmente santos casamenteiros, São Judas Tadeu (28 de outubro) e Santo Expedito (19 de abril) são muito procurados por quem deseja reconciliações amorosas, reencontros e soluções rápidas para o sofrimento do coração.
Santa Ana e Santa Mônica: esperança para viúvas e mães
Santa Ana (26 de julho), avó de Jesus, é padroeira das viúvas que ainda sonham com um novo amor. Já Santa Mônica (24 de janeiro), marcada por um casamento difícil, é símbolo de resiliência e devoção — procurada por mães que rezam por seus filhos e por quem busca forças no amor.
Santa Rita de Cássia: a santa dos impossíveis
A história de Santa Rita (22 de maio) é marcada por um casamento difícil e doloroso, mas sua fé a tornou símbolo de esperança para causas impossíveis, inclusive no amor. Muitos fiéis recorrem a ela para pedir paz no casamento ou encontrar um amor verdadeiro.
Santa Catarina e Santa Marta: sabedoria e união
Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro) é padroeira dos estudantes e invocada na França como santa casamenteira. Já Santa Marta (29 de julho), conhecida por sua hospitalidade e acolhimento, é procurada por quem busca sabedoria e harmonia nos relacionamentos.
Santa Helena: revelações e sinais de amor
Santa Helena (18 de agosto) foi responsável pela descoberta da cruz de Cristo, guiada por visões. Por isso, é procurada por fiéis que desejam revelações sobre o amor — muitas vezes em sonhos e sinais.
Nossa Senhora Desatadora dos Nós: para amores enrolados
Com origem na Alemanha do século 18, a devoção a Nossa Senhora Desatadora dos Nós tem crescido pelo mundo. Famosa por ajudar a resolver questões complexas, é invocada por aqueles que enfrentam relacionamentos difíceis, confusos ou cheios de obstáculos.