Museu dedicado à primeira santa brasileira passou por ampla requalificação em seu espaço físico e expográfico
O novo Memorial Santa Dulce dos Pobres, espaço dedicado à preservação da história e obra da primeira santa brasileira, já tem data de reabertura para visitação. A partir de 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, o público poderá conferir a nova estrutura do museu, que passou por uma ampla requalificação, com atualização de sua expografia, modernização e ampliação da acessibilidade para diferentes perfis de público – infantojuvenil, idosos e pessoas com deficiência. A data da reabertura foi anunciada na manhã desta sexta-feira (25), durante evento de pré-lançamento. Localizado em Salvador, na Avenida Dendezeiros do Bonfim, ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), o Memorial estará disponível para visitação em novembro de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita até o final do ano.
Fundado em 1993, o museu reúne peças que ajudam a preservar e a contar a trajetória da santa conhecida como a Mãe dos Pobres. O hábito usado por ela, fotografias, documentos e objetos pessoais podem ser vistos no novo Memorial, que ainda preserva, intacto, o quarto de Santa Dulce dos Pobres, onde está a cadeira na qual ela dormiu por quase trinta anos. Destaque também para um novo roteiro de visitação, que terá início no antigo galinheiro ocupado pelo Anjo Bom em 1949 para acolher os primeiros doentes, episódio que deu início à formação da OSID, instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito.
“Através de fotografias inéditas, elementos multimídia, obras de arte e outras linguagens, os visitantes poderão conhecer a história de Santa Dulce e de suas Obras Sociais seguindo a cronologia dos fatos que vão do seu nascimento até a sua Canonização”, explica a líder do museu, Carla Silva. Viabilizado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o projeto de requalificação do Memorial Santa Dulce dos Pobres foi executado a partir do apoio das empresas Ferbasa, Global Participações, PetroReconcavo, Cielo e Larco. Agora, o espaço segue em processo de captação de recursos com o Plano Plurianual, também via Lei Federal, para garantir a sua sustentabilidade.
Imersão no legado – A partir do dia 5 de novembro, visitantes do Brasil e do exterior encontrarão no novo Memorial um espaço totalmente requalificado, com novos recursos que convidam diferentes públicos a uma verdadeira viagem pela história de Irmã Dulce. Entre as novidades, está um corredor lúdico, inteiramente voltado às crianças, que narra a trajetória do Anjo Bom através de brincadeiras e atividades recreativas. Destaque também para um espaço que retrata a devoção de Santa Dulce a Santo Antônio, incluindo objetos, esculturas e relatos inusitados que testemunham essa relação. Novos recursos de acessibilidade, como rampas, elevadores, corrimões, monitores bilíngues e de libras também foram incorporados ao museu.
De acordo com a superintendente da OSID e sobrinha de Santa Dulce dos Pobres, Maria Rita Pontes, a nova estrutura garantirá uma imersão ainda mais completa na vida e obra do Anjo Bom. “Queremos que o visitante se sinta parte de uma das mais impressionantes histórias de amor à humanidade, e que, através dessa sensação de pertencimento, possa ser também um multiplicador do exemplo que ela nos deixou”, ressalta.
Irmã Dulce, a freira baiana que dedicou sua vida aos mais necessitados, foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira santa brasileira. Os últimos cinco anos desde a histórica cerimônia no Vaticano vêm sendo marcados por um significativo crescimento na devoção à Mãe dos Pobres pelo Brasil. Atualmente, são 600 mil visitas anuais ao Complexo Santuário dedicado a Santa Dulce dos Pobres na capital baiana. Hoje, também há 83 locais pelo país dedicados ao Anjo Bom, entre paróquias, igrejas e capelas.