A ABRASORVETE estima que atualmente 98% dos sorvetes a base de leite utilizam na sua formulação o leite em pó como uma alternativa segura que garante a nutrição dos sorvetes, por isso a água precisa entrar sempre no rótulo. Especialistas apontam que não há diferença do ponto de vista nutricional e que a medida preserva a qualidade e segurança da matéria-prima
Um queridinho do sabor que pode ser composto por frutas, fibras, outros sólidos e, o principal: o leite. Fluído ou rehidratado, ele é a base da sobremesa preferida da mesa de milhares de brasileiros e de onde vem a principal de fonte de suas proteínas. Sorvetes que não são feitos apenas à base de água levam esse componente em grande medida. Contudo, alguns consumidores estranham ao se deparar com a água como sendo o primeiro dos ingredientes de um sorvete.
A surpresa, no entanto, não significa que o produto que está sendo adquirido tenha integridade duvidosa, pelo contrário. A questão é que a água faz parte de pelo menos 87% da composição do leite que, quando desidratado, precisa ser recomposto. E transportá-lo em pó é a forma mais segura de fazer sua conservação e transporte, explica Roque Dalcin, vice-presidente da Abrasorvete, Associação Brasileira do Sorvete e outros gelados comestíveis.
Para quem tem alguma dúvida ainda, basta lembrar que o leite que é servido nas mamadeiras para bebês e crianças é um leite que, para assegurar de forma mais rigorosa possível que ele não corra o risco de se contaminar, o fornecimento é todo feito em pó. Na recomposição, a água acaba ficando como primeiro ingrediente porque, além de ajudar a retomar o estado do leite in natura, compõe todo o restante da receita, controlada em porcentagens de forma absolutamente rigorosa e estipuladas na legislação.
“Há um pouco de desconhecimento do consumidor com relação aos processos. Mesmo que fizéssemos um sorvete à base de leite em casa, se pudéssemos separar as porcentagens de cada componente dos ingredientes, a água seria a maior porcentagem. Mas um processo industrial precisa de grandesquantidades e não faz sentido armazenar os ingredientes da mesma forma, inclusive em nome da segurança alimentar”, explica o professor Raul Amaral, engenheiro de alimentos pela Unicamp e especialista no setor.
Não somente o leite, mas alguns ingredientes podem passar por processos de transformação para que possam entrar de forma segura na receita. Os processos são eleitos de modo a garantir preservação de nutrientes, aromas e texturas originais. Essas tecnologias já fazem parte da produção do sorvete há muito tempo, o que possibilita que mais pessoas possam consumir com segurança para a saúde e padronização de qualidade de sabores e nutrientes desses ingredientes.
Do ponto de vista nutricional, não há diferença entre diversos dos nutrientes de uma receita sejam eles feitos de forma artesanal, seja industrial. “O sorvete é um alimento muito rico do ponto de vista nutricional e pode ser sim muito nutritivo, complementa o professor Raul Amaral, autor de vários estudos no setor de alimentos. “Ele é um excelente veículo para lácteos, cereais, frutas, vegetais. Dependendo da formulação, carrega uma série de benefícios para a alimentação”, diz. Já é comprovado que o sorvete à base de leite é um alimento rico em nutrientes, contendo proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas A, B1, B2, B6, C, D, K, Cálcio, fósforo e outros minerais e que compõe, respeitados os limites de consumo junto a outros alimentos, uma dieta balanceada.
O importante é o consumidor ficar atento ao rótulo, pois ali estará explícito quais os ingredientes, sejam portadores de fibras e de nutrientes, são empregados. “Hoje há sorvetes com essências feitas naturalmente e mesmo sorvetes feitos com grandes quantidades da própria fruta”, completa o professor Amaral.
Sobre a ABRASORVETE
A ABRASORVETE (Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis) foi fundada em 2020 e é hoje a voz oficial do mercado de sorvetes no Brasil. Por sua representatividade nacional, tornou-se referência na consolidação de dados e informações do setor, posicionando-se como uma entidade que entende as necessidades e potencialidades dos empresários para, através da comunicação, união e cooperatividade, estar presente e atuante na defesa dos interesses de todos os atores da cadeia produtiva do sorvete e outros gelados comestíveis. Dentre os quatro principais objetivos da Campanha 50 em 10, da ABRASORVETE, estão: 1) Redução da carga tributária de toda cadeia produtiva; 2) Elevação do consumo per capita de sorvetes no Brasil; 3) Valorização do produto e da indústria brasileira de sorvetes e 4) Fortalecimento e representatividade devida ao setor junto às autoridades e órgãos competentes. Saiba mais em www.abrasorvete.com.br e @abrasorveteoficial.