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Morre Sebastião Salgado

  • Artes Visuais, Secundário 1, Sub-Editoria Tela, Tela
  • 2025-05-23
  • Sem comentários
  • 4 minutos de leitura

O mundo perdeu um de seus maiores fotógrafos nesta sexta-feira, 23 de maio. Sebastião Salgado morreu aos 81 anos. A notícia foi confirmada pelo Instituto Terra, organização fundada por ele e sua esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado. Salgado deixa um legado de mais de cinco décadas de imagens que cruzaram fronteiras, denunciaram injustiças e celebraram a humanidade.

Mineiro de Aimorés, nascido em 1944, Sebastião Ribeiro Salgado Júnior foi um mestre na arte de retratar a alma humana e a complexidade do planeta em preto e branco. Embora tenha se formado em economia, foi com a câmera fotográfica que encontrou seu verdadeiro chamado em 1973, trocando uma carreira promissora por uma missão de vida: testemunhar o mundo e compartilhá-lo com sensibilidade, rigor e compromisso ético.

Salgado percorreu mais de 120 países para construir uma obra monumental e profundamente humanista. Projetos como “Trabalhadores”, “Êxodos” e “Gênesis” revelaram com intensidade a dignidade dos povos marginalizados, as lutas dos migrantes e refugiados, a beleza bruta da natureza e os impactos devastadores da ação humana sobre o planeta. Sua série sobre Serra Pelada, na década de 1980, tem algumas das imagens mais icônicas da fotografia documental.

Aos 80 anos, em 2024, Salgado anunciou sua aposentadoria do trabalho de campo, após anos enfrentando um distúrbio sanguíneo causado por malária contraída na Indonésia. Na época, afirmou que seu corpo já sentia “os impactos de anos de trabalho em ambientes hostis e desafiadores”, mas seguia ativo em outras frentes de atuação.

Uma dessas frentes era o Instituto Terra, fundado em 1998 ao lado de Lélia. O projeto tornou-se referência mundial em restauração ambiental, replantando milhões de árvores e recuperando áreas degradadas da Mata Atlântica. Para Salgado, o ato de reflorestar era uma forma de reencontro com a vida: “A restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade”, dizia.

Na despedida, o Instituto Terra exaltou sua trajetória: “Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, semeou esperança onde havia devastação. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora.”

Em entrevista no fim de 2024, ao fazer um balanço de sua trajetória, Salgado disse não se preocupar com como seria lembrado: “É minha vida que está nas fotos e nada mais.”

Sebastião Salgado deixa esposa, dois filhos, milhões de admiradores e uma obra eterna. Seu olhar segue presente — revelando, provocando e inspirando gerações.

“Exodos”

O Olhar Humanista da Fotografia

Sebastião Ribeiro Salgado Júnior (1944–2025) foi mais do que um fotógrafo: foi um cronista visual das dores e da resistência humanas, um artista que dedicou sua lente a denunciar injustiças e revelar a dignidade em meio ao sofrimento. Considerado um dos maiores fotógrafos documentais da história, sua obra atravessa fronteiras geográficas e emocionais, eternizando rostos, gestos e cenários que o mundo, por vezes, preferia ignorar.

Nascido em Aimorés, no interior de Minas Gerais, no dia 8 de fevereiro de 1944, Salgado cresceu na Fazenda Bulcão, onde começou a desenvolver sua sensibilidade para a paisagem e o humano. Formou-se em Economia pela Universidade do Espírito Santo em 1967, seguindo para São Paulo, onde concluiu o mestrado no ano seguinte. Foi também em 1968 que se casou com a arquiteta e futura parceira de vida e de projetos, Lélia Wanick Salgado.

Perseguido pela ditadura militar, exilou-se na França em 1969, onde iniciou seu doutorado em economia. Mas seria uma viagem de trabalho à África, como economista da Organização Internacional do Café, que mudaria sua trajetória. Ao fotografar, como passatempo, a realidade angolana, descobriu sua verdadeira vocação.

A Imagem como Testemunho

A carreira profissional começou em 1973, em Paris, com passagens pelas agências Gamma, Sygma e a prestigiada Magnum Photos. Seus primeiros trabalhos cobriram eventos históricos como a Revolução dos Cravos, em Portugal, e conflitos na América Latina. Em 1981, ganhou destaque internacional ao ser o único fotógrafo a registrar o atentado ao então presidente dos EUA, Ronald Reagan.

A partir dos anos 1980, Salgado consolidou um estilo profundamente humanista, sempre em preto e branco, retratando as faces da desigualdade, do trabalho e do deslocamento humano. Obras como Outras Américas (1986), Sahel: O Homem em Agonia (1986), Trabalhadores (1993) e Êxodos (2000) tornaram-se referências mundiais da fotografia documental.

Serra Pelada e a força do real

Entre suas imagens mais icônicas estão as de Serra Pelada, onde, em 1986, retratou a exploração de milhares de garimpeiros no Pará. Os corpos cobertos de lama, o formigueiro humano escavando a terra à mão, tornaram-se metáforas visuais poderosas sobre a luta pela sobrevivência.

O Grito da Terra

A partir dos anos 2000, com o projeto Gênesis (2013), Salgado voltou seu olhar para o planeta em estado bruto — paisagens intocadas e comunidades isoladas. Foi uma ode à beleza natural e à sabedoria ancestral dos povos originários. Paralelamente, fundou com Lélia o Instituto Terra, voltado à recuperação da Mata Atlântica na antiga Fazenda Bulcão, um gesto que combinava imagem, ação e esperança.

O trabalho do Instituto ganhou ainda mais relevância após o desastre ambiental de Mariana, em 2015, quando o casal se envolveu ativamente na recuperação do Rio Doce.

Reconhecimento e legado

Sebastião Salgado foi agraciado com diversos prêmios, como o Eugene Smith de Fotografia Humanitária (1982), o Príncipe de Astúrias (1998), o World Press Photo e o Prêmio da Paz do Comércio Livreiro Alemão (2019). Em 2014, teve sua trajetória celebrada no documentário O Sal da Terra, dirigido por seu filho Juliano Salgado e por Wim Wenders, indicado ao Oscar em 2015.

Ao longo da carreira, publicou obras que marcaram época e contribuíram com instituições como UNICEF, ACNUR, OMS, Médicos sem Fronteiras e Anistia Internacional, tornando-se uma referência ética, estética e social no campo da fotografia.

Principais obras publicadas

  • Outras Américas (1986)
  • Sahel: O Homem em Agonia (1986)
  • Trabalhadores (1993)
  • Êxodos (2000)
  • Gênesis (2013)
  • Amazônia (2021)

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