Procedimento comum e seguro pode exigir adaptações alimentares no início, mas melhora a qualidade de vida da maioria dos pacientes
A remoção da vesícula biliar — cirurgia conhecida como colecistectomia — é um procedimento cada vez mais comum, indicado para tratar condições como cálculos biliares, colecistite crônica e outras doenças que causam dor, inflamação e prejuízos à digestão.
Embora a vesícula tenha o papel de armazenar e liberar a bile, líquido produzido pelo fígado essencial para a digestão das gorduras, sua retirada raramente provoca consequências sérias no organismo. O fígado continua a produzir bile normalmente, mas agora ela é liberada diretamente no intestino delgado, em fluxo contínuo.
A maioria dos pacientes se adapta rapidamente à ausência da vesícula. Mas, nos primeiros meses, é comum notar algumas alterações digestivas que exigem pequenos ajustes na alimentação – Explica o Dr. Ernesto Alarcon, cirurgião geral com especialização em videolaparoscopia.
Alterações comuns:
Maior sensibilidade a alimentos gordurosos:
Com a bile sendo liberada continuamente, e não em momentos estratégicos, algumas pessoas sentem inchaço, diarreia ou desconforto abdominal após ingerirem frituras, carnes gordurosas ou laticínios mais pesados.
Alterações intestinais leves e temporárias:
Alguns pacientes relatam fezes mais soltas ou aumento na frequência das evacuações, principalmente nas primeiras semanas pós-cirurgia. Em geral, esses efeitos diminuem com o tempo.
Melhora significativa nos sintomas anteriores:
Pacientes que sofriam com dores causadas por cálculos biliares ou inflamação crônica costumam sentir alívio imediato e uma digestão mais eficiente após a cirurgia.
Dr. Ernesto Alarcon
Cirurgião Geral especialista em videolaparoscopia e atuação com enfase em Cirurgia Geral e Digestiva. Clinica em SPCirurgias de hérnias, vesículas,vasectomia,Bariátrica, entre outros.
Coordenador e Chefe de Equipes Médicas em Alguns Hospitais em São Paulo.