Como parte da celebração dos 25 anos de carreira, a cantora Virgínia Rodrigues lançou “Poesia e Nobreza”, em que traz repertório de canções de compositores negros de duas gerações distintas do Brasil: Paulinho da Viola, que completou 80 anos em 2022, e Tiganá Santana, que também festejou seus 40 anos no mesmo ano.
Com sua vivência artística já entrelaçada com esses dois criadores, Virgínia mergulha em novas interpretações de temas já conhecidos e outros inéditos. O sétimo álbum de carreira da artista, e primeiro ao vivo, tem canções em línguas africanas, obras instrumentais ressaltando a voz da intérprete e sambas com arranjos próprios que realçam a singularidade de Virgínia.
A sonoridade foi elaborada em torno de um piano e um quarteto de cordas (violino, viola, violoncelo e baixo acústico), enriquecida com a presença fundamental de outros corpos femininos, muitos deles negros, desafiando a expectativa tradicional de uma instrumentação eurocentrada da música de concerto.
Esse projeto especial representa uma homenagem à riqueza cultural e ao legado dos compositores negros do Brasil, destacando sua influência e contribuição para a música brasileira. Com a voz inconfundível de Virgínia Rodrigues, o álbum “POESIA E NOBREZA” é um marco significativo na cena musical, enaltecendo a diversidade e o talento artístico que permeia o país. “Uma das mais impressionantes cantoras que surgiu do Brasil nos últimos anos”. Foi assim que o jornal The New York Times definiu Virgínia Rodrigues.
Nascida em Salvador, é conhecida por sua voz única e poderosa, que se destaca pela profundidade emocional e pela habilidade de interpretar diversas vertentes musicais. Seu disco de estreia, “SOL NEGRO” (1997), contou com as participações de Gil, Milton Nascimento e Djavan. O álbum teve direção artística de Caetano Veloso e rendeu a primeira turnê internacional da artista, lançando-a do Brasil para o mundo. Seu segundo álbum, gravado em 1999, “NÓS”, homenageia os blocos afro de Salvador e também contou o olhar de Caetano Veloso na direção artística. A parceria com Caetano continuou e Virgínia chegou ao 3º disco, “MARES PROFUNDOS”, coroada pelo sucesso no exterior, em 2001. Em 2008, lançou “RECOMEÇO”.
Em 2015, Virgínia lançou seu quinto disco, “MAMA KALUNGA” e, em 2016, a cantora fez turnê em Marrocos (Fez Festival) e em Paris (New Morning) e ainda foi a vencedora do 27º Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantora. Em 2018, se apresentou em diversas capitais brasileiras, além de Paris, no Museu Quai Branly, e em Bordeaux, no Théâtre La Roche De Palmer. Em 2019, lançou “CADA VOZ É UMA MULHER”, em que constrói diálogos entre compositoras de países de língua portuguesa.
Como atriz, já atuou nos filmes “Jenipapo” (1997), “Ó Paí Ó” (2007), ambos com direção de Monique Gardenberg, e em “Jardim das Folhas Sagradas” (2011), de Pola Ribeiro.
Virgínia Rodrigues em ‘Poesia e Nobreza’
Sábado, 16 de novembro, 20 horas
Teatro Sesc Casa do Comércio – Av. Tancredo Neves,1109, Caminho das Árvores
Ingressos entre R$ 30,00 e R$ 60,00
Vendas: Sympla