Por Liliana Peixinho
Quando a sociedade se apodera de expressões para massificar discursos distantes da prática, conceitos como “sustentável” e “mudanças climáticas”, por exemplo, são usados de forma criminosa e fortalece, por outro lado, expressões como “greenwashing”
(pintado de verde).
Ainda pouco assimilado, o Greenwashing começa a se destacar em pesquisas acadêmicas, Brasil afora.
Entre 2010/2013, como aluna Facom/UFBa, do Curso de Especialização em Jornalismo Científico, Cultura e Meio Ambiente, meu trabalho acadêmico
” Proativismo Jornalístico Socioambiental X Discurso Marketeiro Insustentável- Greenwashing” abriu o debate. Que segue em pauta permanente, nesse cenário onde a vida cotidiana é engolida por um Mercado onde até a cor verde, como símbolo de esperança, perde perspectivas de mudanças.
Imersões jornalísticas feitas de forma independente, orgânica, na trilha dos fatos, sem recursos de produção, como as que são realizadas por Movimentos independentes, ativistas, o proativismo em campo aberto é minado em desafios. Reportar fatos com a seriedade exigida pelo jornalismo investigativo é andar na contramão de estruturas poderosas em dar visibilidade ao marketing pintado de verde.
Entre o que se publica, fala, propaga, registra como imagem “sustentável” ; e o que, de fato, esse discurso promove, de criminoso, falta coragem, compromisso, discernimento para entender os efeitos gerados entre publicidade enganosa e jornalismo sério.
Quando agentes do Estado, ou representantes empresariais, institucionais, se aliam nesse processo de mascarar os resultados impactantes da ação humana no ambiente vida, e ignora os alertas da Ciência, em seus diversos campos de interação, a vida fica negligenciada e a morte banalizada. Não é morrer. É como morre!
O estado das coisas, no mundo, transborda tristeza, indignação, pessimismo, impotência. E quem ainda tem saúde e compromisso social para continuar na luta sabe que os desafios se agigantam em países onde fome e ostentação alimentam sistemas demasiadamente desumanos .
Liliana Peixinho é jornalista, ativista humanitária. Especialização em Jornalismo Científico, Meio Ambiente e Cultura. Fundadora de mídias e grupos ativistas humanitários. Colaboradora de mídias especializadas em meio ambiente, saúde e sustentabilidade.