Formação gratuita aborda os fundamentos da inteligência artificial as repercussões da tecnologia na cultura e nas profissões criativas
Com o objetivo de abordar conceitos fundamentais, aplicações práticas, desafios éticos e regulatórios do uso de inteligência artificial (IA) e implicações para profissionais do setor cultural, a Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultural (Escult) lança, nesta quarta-feira (25), o curso gratuito de Inteligência Artificial e Cultura. A formação foi desenvolvida pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em parceria com o Ministério da Cultura (MinC).
As inscrições podem ser realizadas até 27 de agosto no site da Escult. O curso é realizado na modalidade à distância e com carga horária de 60 horas.
De acordo com a professora e gestora cultural Beth Ponte, a formação foi desenvolvida pensando em um público amplo, que vai de artistas e produtores a gestores e outros agentes culturais. “Para aqueles que ainda estão começando a explorar o tema, o curso oferece uma base sólida para entender o que é a inteligência artificial e como ela já é aplicada na cultura e no patrimônio, além de trazer dicas de como fazer um uso mais informado e mais seguro. Já para os profissionais que utilizam essas ferramentas no dia a dia, o curso aprofunda o conhecimento, ajudando na discussão sobre direitos autorais e IA, e apresentando múltiplos estudos de caso e exemplos de ferramentas e sistemas, além de dicas práticas de como incorporar a IA na gestão de projetos culturais”, explica. Ponte também participou do desenvolvimento da iniciativa formativa.
O curso também discute segurança no uso das ferramentas e apresenta dicas de como utilizar IAs generativas de texto de forma mais eficiente, com instruções para a criação dos prompts (comando). O conteúdo é dividido em quatro unidades temáticas e apresenta dos fundamentos da inteligência artificial a repercussões da IA na cultura e nas profissões criativas.
Além disso, a atividade formativa da Escult foi desenvolvida alinhada à diretriz central da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Destacada na publicação “Recomendações para a ética da Inteligência Artificial”, de 2021, o documento orienta países a promoverem a capacitação em IA voltada para profissionais da cultura. A iniciativa também busca engajar o setor cultural no debate sobre o desenvolvimento da inteligência artificial, incentivando uma abordagem crítica e construtiva. Ao mesmo tempo, destaca as possibilidades de uso das novas tecnologias em benefício da cultura, sem deixar de lado os riscos e os dilemas éticos envolvidos.
Escult
A Escult foi desenvolvida pela Diretoria de Políticas para Trabalhadores da Cultura (Dtrac), da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic), juntamente com o Instituto Federal de Goiás (IFG) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Ela integra o Programa de Formação e Qualificação para o Mundo do Trabalho em Cultura. Em acordo com o Plano Nacional de Cultura (PNC), a proposta é oferecer cursos livres, de Formação Inicial e Continuada (FIC) e de pós-graduação.
Mais informações no site da Escult.