80% dos entrevistados acreditam ser possível se preparar para envelhecer mais e melhor, mas apenas 4% das pessoas relatam que sempre se planejaram para isso, enquanto 9% mudou hábitos recentemente;
Intitulada de Permanência da Impermanência, análise é feita de forma autoral e exclusiva pela Neura, curadoria de estudos comportamentais e porquês;
Entender a realidade em questão ajuda a refletir sobre como é possível impactar pessoas, marcas e negócios para um amanhã menos resistente a mudanças
Pensando em garantir um amanhã menos resistente à mudanças é que a Neura, curadoria de estudos comportamentais e porquês, lança A Permanência da Impermanência. Em parceria com a PiniOn, plataforma de pesquisa com mais de 3 milhões de usuários, o estudo traz análises e reflexões sobre o desafio de diminuir a influência de termos perenes, como envelhecimento e longevidade, e oferece novas possibilidades para pessoas, negócios e marcas por meio do conceito da impermanência. Com uma metodologia proprietária que une pesquisas de mercado com a tecnologia da neurociência, a Neura busca ajudar marcas e negócios a compreenderem as decisões emocionais – os códigos não ditos – que estão no subconsciente e inconsciente das pessoas, para decisões mais assertivas.
“A vida não é uma linha contínua, mas sim uma jornada. Além disso, a morte não é apenas o nosso ponto de chegada. Somos diferentes, impermanentes e flexíveis e, por isso, precisamos nos permitir viver o momento e aceitar as mudanças. As únicas três permanências que temos na vida são: o nascimento, a morte e a impermanência. Por meio desse último conceito, propomos reflexões sobre a relação com a passagem do tempo e demais condicionantes que sejam capazes de provocar uma nova maneira de enxergar a vida, a sociedade e a forma como consumimos”, afirma Andre Cruz, fundador e CEO da Neura e expert em Neurociência e Comportamento.
Levantamento de dados:
De acordo com a análise, 80% dos entrevistados acreditam ser possível se preparar para envelhecer melhor, mas apenas 4% relata que sempre se planejou para isso e 9% que já mudou hábitos recentemente pensando nessa questão. Outro comportamento observado é que as mudanças de rotinas acontecem com o aumento da idade. Além disso, a maioria das pessoas respondentes (71%) entende alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e os cuidados com a saúde mental como os principais pontos para a melhora na qualidade de vida.
Na pesquisa não foi encontrado incômodo (apenas 12,8%) em falar sobre o tema de envelhecimento, mas, das faixas etárias, os jovens são os que mais possuem tabus sobre o assunto. Em geral, também não há grande ressalva em falar sobre idade (74,5% das pessoas não ligam), mostrando que a etiqueta social de não levantar essas questões em público encontra pouca ressonância no real incômodo de fornecer uma resposta. Porém, o estudo revela que as classes sociais mais altas se incomodam mais em falar sobre a idade e, além disso, as mulheres (17%) se preocupam duas vezes mais com termos como ‘idosa’, ‘senhora’ e ‘velhice’, do que os homens.
O que guia o estudo:
De acordo com a análise, a impermanência é uma interação com o tempo e o reconhecimento de que mudanças são necessárias para o crescimento. Essa ideia se reflete em várias esferas da vida, incluindo sociedade e cultura, onde tendências surgem e desaparecem rapidamente, mas sempre trazem novas formas de continuidade.
“Enquanto o envelhecimento é uma visão linear e fatalista, a impermanência oferece uma perspectiva mais flexível e adaptativa à vida. É preciso levar em conta as vivências pessoais, histórico sociocultural e a jornada de cada um para tangibilizar as verdadeiras necessidades e anseios”, completa Cruz.
Fatores influenciadores:
De acordo com o conteúdo, as vidas permanentes são influenciadas por questões como predisposição genética, propósito imutável e planejamentos pensados a longo prazo. Já na impermanência, é necessário analisar a realidade sociodemográfica, além de manter o aprendizado contínuo e um planejamento sempre revisitado de acordo com as mudanças e necessidades.
Para lidar com os desafios que as vidas longas podem trazer, o estudo reforça a importância de garantir um envelhecimento saudável, maior independência pessoal, resiliência e planejamento financeiro, além de aumentar a representatividade e diversidade na sociedade. No levantamento, foi constatado que a questão de se programar para o futuro tem mais relação com três fatores principais: classe social, se as pessoas se consideram mais ou menos tradicionais e a possibilidade delas acharem que o melhor da vida está no passado ou no futuro. Na Classe A, apenas 7,9% não se prepara para o futuro, enquanto na DE, o número sobe para 32,3%.
“Nós não temos todos as mesmas 24 horas por dia. As mulheres sofrem mais com a passagem do tempo, por exemplo, e já as pessoas pretas vivem menos. Também analisamos que as minorias sobrevivem por além desta passagem. Por isso, entendemos que nós não temos todos a mesma existência e muito menos a mesma concepção de tempo e espaço”, Zed, Coordenador de conceito criativo do estudo e pesquisador da Neura.
As marcas e as pessoas nessa nova sociedade:
Além de analisar as condições das vidas impermanentes, é preciso levar em conta como são as marcas e os consumidores nessa nova forma de olhar o mundo. Adaptabilidade, empatia, inteligência emocional e resiliência são alguns dos condicionantes das pessoas impermanentes. Dos respondentes, 35% afirmou que sente a necessidade de novos produtos que ajudem e representem os esforços de uma vida longeva e qualitativa.
“É importante que as indústrias e marcas auxiliem no desejo de envelhecer com qualidade e se adaptem ao conceito de impermanência da sociedade atual. Para levantar todos esses pontos, juntamos cinco metodologias que foram essenciais nesse processo: desk research, Associação Implícita de Atributos (IAT), entrevistas e as pesquisas qualitativas e quantitativas”, afirma Carolina Dantas, Co-CEO da PiniOn.
Como é a vida impermanente?
Ainda para o estudo, viver uma vida impermanente não é sobre sair da zona de conforto, mas sim se permitir aproveitar o conforto necessário, no momento oportuno, pela duração que for possível e nos aspectos da vida que são pertinentes. “Por fim, também fizemos uma análise da impermanência em alguns mercados como esportes, beleza, imóveis e moda. Levantamos que a inclusão, auto aceitação, coletividade, personalização e autoconhecimento são pontos importantes para o funcionamento desse novo modelo. O futuro impermanente é único, diverso e está em constante construção. É preciso se permitir viver o presente e mudar para o futuro”, finaliza Bruno Stassburger, pesquisador de cultura e comportamento da Neura.
Sobre a Neura:
A Neura é uma curadoria de estudos comportamentais e porquês. Foi fundada por Andre Cruz, Expert em Neurociência e Comportamento e pioneiro em aplicar a tecnologia da Neurociência na estratégia e na pesquisa comportamental. A Neura mapeia dinâmicas culturais para traduzir informações em conhecimento. Sua metodologia proprietária une pesquisas de mercado com a tecnologia da neurociência para obter dados que ajudam a compreender as decisões emocionais – os códigos não ditos – que estão no subconsciente e inconsciente das pessoas. Com cases de sucesso com empresas como Itaú, Boticário, Premier PET, Unilever e Linea Alimentos. a Neura realiza levantamentos e mapeamentos relacionados com temas como novos hábitos, comportamento de compra, clima organizacional, experiência do colaborador, consumidor e usuário, cultura e estilos de vida. Mais informações basta acessar o site da organização.
Metodologias usadas:
1. DESK RESEARCH
A desk research (pesquisa secundária) foi desenvolvida em duas fases. A primeira fase ocorreu ao longo do primeiro semestre de 2024 e servirá para a alimentação das redes sociais e a produção de materiais internos da NEURA. A segunda fase foi realizada entre julho e setembro de 2024, e os materiais gerados durante esse período foram utilizados para o desenvolvimento do estudo aqui compartilhado. A base para a discussão do estudo pode ser considerada proveniente de estudos, livros, relatórios, jornais, portais, blogs, sites, vídeos, áudios e outras classificações de materiais que possam ter sido utilizados, citados nas referências.
2. ASSOCIAÇÃO IMPLÍCITA DE ATRIBUTOS (IAT)
O teste de Associação Implícita de Atributos (IAT) consiste em um teste psicométrico cujo objetivo é avaliar, através da velocidade de resposta, o nível de aderência da atributos de interesse ao produto. No caso, as crenças avaliadas. Para isso, se utilizou um “jogo” dentro de uma plataforma virtual cuja primeira parte era um questionário tradicional e a segunda etapa era uma avaliação através do IAT, composta pelas temáticas do questionamento da longevidade e do envelhecimento.
O IAT foi utilizado de forma pontual e interna, com amostra reduzida e mais voltado ao Sudeste, para auxiliar na escolha de alguns questionamentos finais a serem abordados no estudo como forma de complemento ao que foi relevante na fase de desk research. Portanto, pedimos que considerem o exercício de neurociência, fator secundário.
3. ENTREVISTAS
Contamos com a colaboração de profissionais especialistas, multidisciplinares, que nos auxiliaram no entendimento aplicado de assuntos que impactam direta e indiretamente a temática do estudo.
4. PESQUISA QUALITATIVA
No início de outubro de 2024 contamos as soluções da plataforma PiniOn, por meio de uma amostra de 523 respondentes de todo o Brasil entre 18-84 anos, que contribuíram através de interações em áudio, posteriormente analisados.
5. PESQUISA QUANTITATIVA
Aplicada entre a segunda e terceira semana de outubro de 2024, nossa pesquisa quantitativa contou com uma amostra de 1.538 respondentes de todo o Brasil, desenvolvida conjuntamente com a plataforma PiniOn.
A PiniOn possui mais de 3 milhões de usuários na plataforma, mas não foram todos eles que responderam a pesquisa.
Margem de erro:
– Pesquisa quali não tem margem de erro.
– A pesquisa quanti teve 2,53% de margem de erro.