Por Ildo Simões
Desde que me entendo por gente, escuto esta expressão e não vinha dando importância, até que me conscientizei de que estava tomando um grande prejuízo. Ora, se “tempo é dinheiro” porque não vendi meu tempo nesta quase centena de quilômetros rodados?
– Tio, onde fica a rua Sussuarana?
– Vai pagar no dinheiro ou no cartão?
É verdade que a maioria desiste da informação, mas quando a pergunta é complicada, terminam por pagar.
– Moço, onde é o endereço daquela “gostosona” que passa todo dia aqui na sua porta?
Dependendo da pergunta só recebo em dinheiro, porque a moça pode ser comprometida e eu passei uma informação para quem tem segundas intenções.
Outro dia fui à Delegacia ser testemunha de um caso de briga de vizinho e de tanto eu ficar calado o sacripanta do Delegado queria a informação tintim por tintim. Estufei o peito, torci a ponta do bigode, que cresce mesmo nas crises econômicas e pandemias e tasquei alto e bom som?
– AI DONTE NÔI ! Because time is money.
No que o Delegado chamou o segurança e ordenou:
– Devolve esta testemunha. Não diz coisa com coisa.
Agora comigo vai ser assim: escreveu não leu, volta pra escola, porque time is money, alea jacta est e focinho de porco não é tomada.